Polícia

FAMÍLIA UNIDA

Família Iunes, que comanda Corumbá, é alvo novamente de operação da Polícia Federal

Polícia visitou nesta manhã o prefeito Marcelo Iunes, seu irmão João Batista Iunes e a primeira-dama Amanda Iunes

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Prefeito de Corumbá e candidato a reeleição, Marcelo Iunes (PSDB), primeira-dama, Amanda Balancieri Iunes, e o irmão do prefeito, João Batista Aguilar Iunes foram alvos da Polícia Federal de Corumbá em operação deflagrada nesta terça-feira (10).

É a segunda vez em menos de dois meses que pessoas ligadas ao atual prefeito do município são investigadas. João Batista Iunes foi alvo da Operação Offset em outubro, junto com um assessor da prefeitura, Edson Panes, e o secretário Ricardo Ametlla.

Procurada pela reportagem, a Polícia Federal alegou que a ação acontece em sigilo absoluto por determinação do Tribunal Regional Federal e que não estão autorizados a divulgarem informações.

Contudo, como apurado pelo jornal local, Diário Corumbaense, os policiais foram cumprir mandados de busca e apreensão, em viaturas descaracterizadas, na Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos, comandada pela primeira-dama e no Citolab Laboratório, cujo sócio é o irmão do prefeito Marcelo Iunes.

Os agentes também estiveram no apartamento do prefeito, localizado no centro comercial da cidade.

Amanda Iunes já foi sócia do Citolab, que hoje é comandado por João Batista. Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, determinou a suspensão imediata do contrato entre a Prefeitura de Corumbá e o laboratório, que não possuía licitação.

Desde o dia 31 de outubro candidatos às eleições 2020 não podem ser presos ou detidos, a não ser em casos de flagrante.

Segundo o Código Eleitoral, a imunidade para os concorrentes começa a valer 15 dias antes da eleição. A regra vale até 48 horas antes depois do término do primeiro turno.

Corumbá na mira da PF

No início do mês de outubro a PF deflagrou a Operação Offset onde foram investigados Márcio Iunes e o assessor da prefeitura do município, Edson Panes de Oliveira Filhos, que também é ex-secretário municipal de Segurança Pública.  

Além do secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Corumbá, engenheiro Ricardo Ametlla. Foram apreendidos R$25 mil reais na casa de dois investigados e mais R$ 19 mil em uma conveniência do município.

A investigação teve início após o recebimento de denúncias apontando a ocorrência sistemática de desvios de recursos públicos no Poder Executivo Municipal. 

O dinheiro, proveniente de repasse de recursos federais, era direcionado aos servidores e empresários envolvidos.

Nove dias após a Operação Offset, a PF deflagrou a Operação Cornucópia II, onde é investigado um esquema de desvios de recursos públicos, em mais de R$60 milhões, executado dentro da prefeitura do município entre 2008 e 2013.

Não foram divulgados os nomes dos alvos, mas policiais estimam que a equipe tenha alcançado ilegalmente a quantia de R$ 60.608.424,58.

TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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