Polícia

OPERAÇÃO CORNUCÓPIA II

Polícia Federal investiga mais de R$60 milhões desviados da prefeitura de Corumbá

Operação acontece nove dias após "Offset", que investiga autoridades ligadas à prefeitura

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (15), mais uma operação em Corumbá. É investigado um esquema de desvios de recursos públicos, em mais de R$60 milhões, executado dentro da prefeitura do município entre 2008 e 2013.

O esquema criminoso consistia no aumento ilegal da folha de pagamento de servidores aliados, com consequente aumento na margem para contratação de empréstimos consignados.  

Depois disso, os empréstimos eram aprovados e os valores eram repassados à organização criminosa, gerando prejuízo aos cofres públicos. Policiais estimam que a equipe tenha alcançado ilegalmente a quantia de R$ 60.608.424,58.

A Operação Cornucópia II, como foi batizada, acontece somente nove dias após a Operação Offset, deflagrada contra autoridades de Corumbá, como Márcio Iunes, irmão do prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), e o assessor da prefeitura do município, Edson Panes de Oliveira Filhos, que também é ex-secretário municipal de Segurança Pública.

Além do secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Corumbá, engenheiro Ricardo Ametlla.

Se confirmado os desvios, o crime se deu na gestão de Ruiter Cunha de Oliveira, eleito prefeito do município em 2004 e reeleito em 2008. Ele faleceu em 2017.  

Em 23 de novembro 2013, na primeira fase da operação Cornucópia, realizada pela PF e Ministério Público Estadual após um ano de investigação, quem estava no comando da pasta era Paulo Duarte, que concorre novamente ao carno neste ano, pelo MDB.

O atual prefeito e também candidato em 2020, Marcelo Iunes – irmão do indiciado na Operação Offset- foi eleito vereador de Corumbá no período que se dá as investigações, em 2008 e 2012. Já entre 2013 e 2014, ele presidiu a Câmara Municipal do município.

Nesta manhã, cerca de 30 policiais federais cumprem sete mandados de busca, sendo seis em Corumbá e um em Campo Grande. As apreensões são realizadas nas residências dos indiciados que integravam a organização criminosa, as identidades não foram reveladas.

Os alvos da operação responderão pelos crimes de peculato e associação criminosa.

De acordo com a PF, o nome da operação faz alusão à riqueza supostamente obtida pelos envolvidos, além da abundância de recursos públicos disponibilizados de forma ilícita, já que cornucópia é o símbolo da abundância na mitologia grega.

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Primeira fase da Operação Cornucópia

Em 2013, houve prisões preventivas e instaurado a Operação Cornucópia II, com o principal objetivo de sequestrar de bens para ressarcir os recursos públicos e investigar outros 101 servidores ligados à organização criminosa, todos indiciados na segunda fase.

Na Cornucópia I, foram desviados cerca de R$ 15 milhões.

Operação Offset

Na operação deflagrada no dia 6 de outubro, a Polícia Federal apreendeu R$25 mil reais na casa de dois investigados e mais R$ 19 mil em uma conveniência em Corumbá.  

A investigação teve início após o recebimento de denúncias apontando a ocorrência sistemática de desvios de recursos públicos no Poder Executivo Municipal, cujas irregularidades seriam decorrentes de contratos de prestação de serviços entre a Prefeitura de Corumbá e uma empresa de engenharia sediada em Campo Grande.

O dinheiro desviado seria direcionado aos servidores e empresários envolvidos. As investigações também indicaram que parte da verba destinada ao pagamento dos contratos é proveniente de repasse de recursos federais.

TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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