Na mira do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o Delegado -geral da Polícia Civil Adriano Geraldo Garcia, deve ser investigado por improbidade administrativa, referente ao envolvimento da própria autoridade no esquema que protege o jogo do bicho na Capital.
De segunda-feira (9) para terça-feira (10), o Ministério Público chegou a registrar solicitações de investigações contra Garcia e ainda a exigência de que o delegado seja afastado e deixe a cadeira que ocupa como líder.
O requerimento designado ao Ministério Público pede ainda, que a cúpula da Polícia Civil também seja alvo de investigação na operação.
Conforme nota emitida pelo gabinete, assim que o ofício tomou conhecimento do caso, encaminhou à Supervisão das Promotorias de Justiça Especializadas para distribuição a uma das Promotorias de Justiça especializada na área do Patrimônio Público e Social.
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Em posição de repúdio, o vereador Thiago vargas (PSD), enviou nota à a toda imprensa enfatizando que também foi atrás do Ministério Público e também da Sejusp. Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). " O Delegado Adriano Geraldo não tem condições éticas e morais para estar à frente da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul” declarou.
Procurada pela equipe de reportagem do Correio do Estado, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), a secretaria alegou que as férias do delegado se trata de um direito do servidor e que a não recebeu nenhum documento do Ministério Público.
"Com relação as férias do Delegado-Geral da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo, são referentes ao período 2018/2019 e, trata-se de direito do servidor, que resolveu pedir, num momento em que as apurações estão sendo conduzidas pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil.
Durante as férias do delegado Adriano, a adjunta Rozeman Rodrigues de Paula fica à frente da DGPC, como normalmente ocorre.
Durante as férias do Delegado-Geral, os procedimentos correrão normalmente.
A Sejusp não recebeu nenhum documento oficial do Ministério Público e, por este motivo não pode se manifestar sobre suposta denúncia, até porque não conhece o teor desta.
Porém, caso a denúncia aporte nesta Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, todas as providências necessárias serão adotadas", declarou.
Entenda o caso
As suspeitas vieram à tona, depois de uma discussão entre o Garcia e a delegada Daniela Kades. Acontece que, Daniela não quis revelar informações sobre os criminosos que estão sob investigações da Operação Omertà. Na ocasião, ela revelou que não confiava na polícia.
Depois da delação, Kades foi chamada para prestar depoimento ao Dracco(Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e passou a responder um inquérito sob "insubordinação grave em serviço".
*Matéria atualizada às 13h36 para acréscimo de informações