Polícia

TRÁFICO POSTAL

Traficantes usam Correios para envio de drogas

Polícia Federal investiga envio de maconha e cocaína pelo Correios que saia de Mato Grosso do Sul para São Paulo, Nordeste e até para a Suíça

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Não é só no comércio lícito de produtos que a venda remota de mercadorias vem ganhando espaço. 

Entre os traficantes, a remessa de pacotes com drogas para outros estados brasileiros, também vem ganhando força e, Mato Grosso do Sul, por estar estrategicamente localizado perto da fronteira do Paraguai, tem sido um dos grande remetentes de maconha pelos Correios, mas também há envio de cocaína, para outros países, inclusive.  

Os equipamentos de rastreio e raio-x da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos já flagraram pelo menos sete remessas de maconha para São Paulo (SP), e para estados de Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Pará e Amapá nos últimos meses. 

Também há uma remessa de pouco mais de 1 quilo de cocaína para a Suíça.  

Na remessa que tinha a capital paulista como destino, a compra - conforme indicam os documentos - foi feita pelo “market place” (plataforma de negócios, na tradução livre) Mercado Livre.

Todos estes casos viraram inquéritos que tramitam na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Campo Grande.

 Em um deles, já mais avançado, os agentes trabalham para identificar não somente a pessoa responsável pela encomenda, mas toda a quadrilha responsável por enviar as caixas com maconha para outros estados.  

MERCADO LIVRE?

A apreensão de 1.092 quilos de maconha em julho do ano passado, também na Central dos Correios de Campo Grande, resultou na abertura de inquérito policial na Polícia Federal. Neste caso específíco, a encomenda tinha como remetente um endereço de Ponta Porã, e o destinatário, um apartamento em São Paulo (SP).  

O produto foi identificado como “lúpulo a granel”.  

O remetente era um homem identificado como “Flávio Franco”, de Ponta Porã, e a destinatária, uma mulher identificada como “Júlia Mendes”.  

COCAÍNA

A partir de um remetente da cidade de Corumbá, os Correios, a Receita Federal e a Polícia Federal flagraram, no ano passado, uma encomenda de 1 quilo de cocaína para Genebra, na Suíça.  

Assim como as encomendas com maconha, a droga foi identificada pelos cães farejadores da Polícia Federal, em um único dia de inspeção na Central dos Correios de Campo Grande.  

PORTAL CAIOBÁ

Das encomendas encontradas pelos cães farejadores, três delas tinham o mesmo endereço, do Portal Caoibá, em Campo Grande, como remententes. Eram caixas com maconha enviadas para Macapá (AP), Mossoró (RN) e Santana do Araguaia (PA). Os volumes totalizaram 5 quilos.  

NORDESTE

Só neste ano, foram três objetivos despachados para as cidades de Recife (PE) e Salvador (BA), a partir da agência franqueada dos Correios da Rua Pedro Celestino, em Campo Grande.  

O Correio do Estado teve acesso à investigação, mas não informará os endereços dos destinatários para não prejudicar o trabalho trabalho da Polícia Federal. 

O destino da droga remetida por meio de caixas, devidamente embrulhadas como se fosse uma compra de uma grande loja do comércio on-line, são apartamentos em bairros nobres destas capitais nordestinas.  

Os policiais federais já estão com as imagens do rapaz que enviou pelo menos dois pacotes, fornecidas pelos Correios. Ele foi identificado, e o fato de o cartão de débito ter sido rejeitado ao remeter as encomendas, fez com que a atendente se recordasse do autor do crime.  

Nas caixas, ele usou um nome falso: “José Pedro”. Para Recife, foram enviadas duas caixas, uma com 482 gramas de maconha, e outra com 380 gramas. Para Salvador, a encomenda já era mais pesada: 1,26 quilos da droga. 

APREENSÕES

Pelo menos 9 quilos de drogas, destes, 1 quilo de cocaína, foram encontrados pelo sistema de raio-x e também por cães farejadores na central dos Correios de Campo Grande. 

CORREIOS

Os Correios, informou que trabalha em parceria com os órgãos de segurança pública para prevenir o tráfico de drogas e demais itens proibidos. 

“Quando algum objeto proibido e/ou ilícito é detectado, os Correios acionam os órgãos competentes. Muitas das operações policiais começam por apreensões realizadas pela fiscalização dos Correios. 

Por se tratar de assunto relacionado à segurança, os Correios não detalham informações das ocorrências, para não interferir em eventuais investigações”, informou a empresa estatal.

 

TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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