Política

eleições 2024

A seis meses do prazo, pré-candidatos começam a desistir em Campo Grande

O deputado estadual Coronel David é o primeiro a sair da disputa, e o próximo deve ser o deputado estadual Lucas de Lima

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A seis meses do prazo final para que os partidos registrem os nomes dos candidatos à Prefeitura de Campo Grande na Justiça Eleitoral – 15 de agosto –, os primeiros pré-candidatos já começaram a desistir de concorrer ao pleito do dia 6 de outubro. Na manhã de ontem, o deputado estadual Coronel David (PL) anunciou, durante sessão na Assembleia Legislativa, que não é mais pré-candidato a prefeito da Capital.

Além dele, o Correio do Estado apurou que o próximo a seguir o mesmo caminho será o também deputado estadual Lucas de Lima (PDT), enquanto nos meses seguintes deveremos ter novas desistências.

Uma delas pode ser a da deputada federal Camila Jara (PT), que, apesar de estar disposta a enfrentar a aprovação das urnas, tem pela frente a resistência dos dois principais caciques do partido no Estado, o deputado federal Vander Loubet e o deputado estadual Zeca do PT.

A reportagem também investigou que é dada como certa a desistência do vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, o qual não será mais pré-candidato a prefeito. 

O próprio presidente estadual do partido, Paulo Duarte, confirmou que a sigla tem o desejo de se aliar ao PSDB na Capital.

 Outra legenda que estuda a possibilidade de não lançar candidato a prefeito de Campo Grande é o MDB, do ex-governador André Puccinelli, pois atualmente ainda não há nenhuma garantia de que ele mesmo deve concorrer.

Para o público externo, Puccinelli bate o pé que é sim pré-candidato, porém, nos bastidores, o presidente estadual do partido, ex-senador Waldemir Moka, e o próprio ex-governador estariam conversando com Reinaldo Azambuja sobre uma provável aliança na Capital.

Procurado pela reportagem, o deputado estadual Lucas de Lima disse que ainda segue firme com sua pré-candidatura. “Não procede que eu tenha acertado a minha desistência. Estou pré-candidato a prefeito [de Campo Grande]”, garantiu.

ANÚNCIO

Por enquanto, na prática, apenas o deputado estadual Coronel David tornou oficial sua desistência, e o motivo foi o fato de o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) ter declarado durante uma entrevista de rádio seu apoio ao deputado estadual João Henrique Catan (PL), provável pré-candidato do partido a prefeito de Campo Grande.

Ao Correio do Estado, Coronel David afirmou que não está mais na disputa e que seguirá o que for definido por Bolsonaro.

“Respeito a decisão do presidente Bolsonaro, entretanto, chamou atenção a participação na decisão dele alguém que não pertencia ao partido e que pelo jeito teve influência na decisão, não se sabe com qual argumento, inclusive passando por cima da direção nacional, fazendo essa escolha”, declarou, referindo-se ao ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB).

Coronel David explicou que, no dia em que Bolsonaro fez a declaração no programa de rádio, recebeu dos militantes da direita em Campo Grande e no interior de MS várias manifestações de apoio, reforçando que o ex-presidente esqueceu do nome mais forte do PL no Estado.

“Minha vida vai seguir, vou continuar sendo deputado, trabalhando naquilo que acredito. Só estranhei um ‘objeto estranho’ ao partido, em decisão que julgo muito importante para o futuro do PL”, declarou, acrescentando que muitos bolsonaristas chegaram a criticar a decisão do ex-presidente.

Nas redes sociais, alguns bolsonaristas chegaram a classificar a decisão de Bolsonaro como ingratidão, uma vez que Coronel David foi um dos primeiros apoiadores dele em Mato Grosso do Sul, quando ainda não estava em seus planos disputar a Presidência da República.

NOVA MUDANÇA

O Correio do Estado apurou com lideranças do PL em Mato Grosso do Sul que não é improvável que Bolsonaro recue e decida declarar apoio à reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP).
Há até a possibilidade de a senadora Tereza Cristina (PP) ter uma reunião nesta semana com Bolsonaro e com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para assegurar essa aliança.

Afinal, como ela já foi ministra da Pasta da Agricultura e Pecuária no governo de Bolsonaro, o ex-presidente costuma levar muito em consideração a opinião de Tereza Cristina.

Além disso, Tenente Portela, outro amigo próximo a Bolsonaro, atual presidente municipal do PL em Campo Grande e assessor especial da Defesa Civil do município, também é favorável à aliança com o PP na Capital.

IMPULSIONAMENTO

Rose, Beto e Adriane são os que mais gastaram com Facebook e Instagram

Nos últimos 90 dias, os três candidatos a prefeito de Campo Grande já investiram quase R$ 80 mil nas duas redes sociais

23/08/2024 08h00

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Com o início para valer da campanha eleitoral para o cargo de prefeito de Campo Grande, o Correio do Estado consultou a Meta para verificar quais dos seis postulantes à cadeira de chefe do Executivo mais gastaram nos últimos 90 dias com impulsionamento no Facebook e no Instagram.

Pelo levantamento realizado pela reportagem, os três candidatos que mais gastaram até agora com as duas redes sociais foram a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), o deputado federal Beto Pereira (PSDB) e a prefeita Adriane Lopes (PP), que, juntos, investiram quase R$ 80 mil nessa modalidade de mídia paga.

Até o momento, a campeã de gastos é Rose Modesto, que, em 90 dias, investiu o valor de R$ 44.587,00, depois aparece Beto Pereira, que destinou R$ 15.402,00 no mesmo período, e Adriane Lopes, que reservou R$ 15.357,00 para fins de propaganda.

Já o advogado Beto Figueiró (Novo) aplicou R$ 4.000,00, e a deputada federal Camila Jara (PT) usou R$ 1.735,00, enquanto os candidatos Ubirajara Martins (DC), Luso Queiroz (Psol) e Jorge Batista (PCO), considerados os azarões no pleito do dia 6 de outubro, até o momento não gastaram com impulsionamento nas duas redes sociais nos últimos 90 dias.

De acordo com consultores e especialistas em anúncios digitais ouvidos pelo Correio do Estado, é normal nas campanhas eleitorais que a plataforma de anúncios da Meta, que administra o Facebook e o Instagram, receba uma avalanche de contratações, tanto dos candidatos a prefeito na Capital e nas cidades do interior quanto dos candidatos a vereador.

Para os especialistas, como os candidatos não tinham ainda a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, a saída foi investir nas redes sociais, que não são uma mídia cara.

Além disso, ainda de acordo com os consultores, há um direcionamento preferencial dos candidatos para impulsionar os anúncios nessas duas redes, que têm maior abrangência entre os internautas.

INTERIOR

O Correio do Estado também aproveitou para consultar os dados dos sete candidatos a prefeito de Dourados, e os campeões de investimentos em impulsionamento no Facebook e Instagram foram o atual prefeito Alan Guedes (PP), o professor universitário Tiago Botelho (PP), a empresária Bela Barros (PDT) e o radialista Marçal Filho (PSDB), que, nos últimos 90 dias, gastaram quase R$ 20 mil.

Até o momento, o campeão de gastos é Alan Guedes, que, em 90 dias, investiu o valor de R$ 13.296,00, depois aparecem Bela Barros, que destinou R$ 3.325,00 no mesmo período, Tiago Botelho, que reservou R$ 2.000,00 para fins de propaganda, e Marçal Filho, que usou R$ 962,00.

Já o farmacêutico Racib Harb, que é candidato a prefeito pelo Novo, aplicou R$ 500,00, enquanto os demais – Beto Teles (Psol) e Valderi Garcia (PCO) - até o momento não gastaram com impulsionamento nas duas redes sociais nos últimos 90 dias.

Saiba

Os políticos optam pelo Facebook e o Instagram em virtude da segmentação, ferramenta mais relevante ao se criar uma campanha, sendo possível direcionar a mídia de acordo com o perfil dos usuários. 

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Política

Haddad: não se discutiu canalizar recursos dos fundos para esse ou aquele investimento

Segundo Haddad, os temas regulatórios que envolvem os fundos de pensão estão relacionados a atribuições do Ministério da Fazenda

22/08/2024 23h00

Lula Marques / Agência Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião que ocorreu na quarta-feira, 21, no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presidentes de fundos de pensão não discutiu a canalização de recursos para investimentos, mas sim temas regulatórios.



"Não se discutiu canalizar recursos para esse ou aquele investimento, muito pelo contrário. É um debate de natureza muito técnica e nós explicamos, inclusive, para o presidente Lula e para os presidentes dos fundos o caminho para nós equacionarmos essa questão. Foi um tema regulatório que não tem a ver com o que foi noticiado hoje", disse Haddad, frisando que participou de toda a reunião.



O ministro chamou os jornalistas na sede da Fazenda para explicar sobre este tema e o orçamento de 2025 porque, segundo Haddad, foram veiculadas informações inverídicas sobre os assuntos e o presidente Lula pediu a ele que esclarecesse o que ocorreu.

Segundo Haddad, os temas regulatórios que envolvem os fundos de pensão estão relacionados a atribuições do Ministério da Fazenda, o que justificou sua participação no encontro.

"Nós discutimos temas regulatórios que vão facilitar para os fundos performarem melhor e garantir os cálculos atuariais, que garantem a sustentabilidade dos fundos ao longo do tempo. São investimentos de muito longo prazo", disse.



Na Fazenda, essas discussões estão sendo capitaneadas pelo secretário-executivo, Dario Durigan, e o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto.

Haddad disse que, a depender do entendimento, pode ser necessária a publicação de alguma resolução no âmbito do Conselho Monetário Nacional (CMN). Ele reforçou que o debate gira em torno de facilitar o cumprimento das obrigações atuariais dos fundos.

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