Política

martelo batido

Almoço sacramenta Gerson e Paulo no comando da Assembleia

Deputados estaduais teriam entrado em consenso para que os dois parlamentares assumam os cargos de presidente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul

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O almoço realizado ontem, em Campo Grande (MS), entre o governador Eduardo Riedel (PSDB) e os deputados estaduais serviu para sacramentar os nomes de Gerson Claro (PP) e Paulo Corrêa (PSDB) para ocupar os cargos de presidente e primeiro-secretário, respectivamente, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

Conforme o Correio do Estado já tinha adiantado com exclusividade na edição desta terça-feira, os deputados estaduais presentes no almoço entraram em consenso para que os nomes propostos assumam os dois cargos mais importantes da Mesa Diretora da Alems, que será eleita na manhã de quarta-feira.

Neste sábado, durante a reunião entre o presidente estadual do PSDB, ex-governador Reinaldo Azambuja, e a bancada do partido na Casa de Leis, os nomes de Gerson Claro e Paulo Corrêa serão oficializados, fazendo com que os deputados estaduais Mara Caseiro e Jamilson Name retirem suas respectivas candidaturas aos dois cargos.

Alinhamento

O consenso para a escolha dos deputados estaduais Gerson Claro e Paulo Corrêa teria começado a ser alinhado na semana passada e foi ratificado nesta semana. No voto, conforme apurou a reportagem, dificilmente Paulo Corrêa conseguiria superar Jamilson Name.

Mara Caseiro também não teria sucesso, no voto, contra Gerson Claro, sendo necessária a busca por um consenso para evitar um racha logo no início da nova legislatura, o que poderia afetar a gestão de Eduardo Riedel.

Ainda durante o almoço, as outras candidaturas postas para a presidência da Alems, dos deputados estaduais Lidio Lopes (Patriota) e Rafael Tavares (PRTB), também teriam sido deixadas de lado.

No caso de Lidio Lopes, alguns parlamentares até brincaram que a candidatura teria sido "on-line", pois, no momento de definição, ele estaria na praia, a quilômetros de distância, dando claros sinais de ter abandonado a disputa.

Os excluídos

Segundo apuração do Correio do Estado, os deputados estaduais Mara Caseiro e Jamilson Name devem ser contemplados de outra forma, em razão da exclusão de ambos da disputa pela presidência e a primeira-secretaria da Alems.

Afinal, no caso de Jamilson Name, ele já teria a quantidade de votos necessária para ser eleito primeiro-secretário, enquanto Mara Caseiro apostava no fato de ter sido a parlamentar mais votada nas eleições do ano passado e na inédita possibilidade de ser a primeira mulher a assumir a presidência.

A parlamentar ainda teria investido pesado nas mídias sociais para defender a candidatura, utilizando justamente o fato de poder ser a primeira mulher na presidência da Casa de Leis em 45 anos de Assembleia Legislativa. 

Harmonia

Durante o almoço realizado no receptivo do governo do Estado, no Parque do Prosa, que também serviu como escritório de transição, Eduardo Riedel deu boas-vindas aos deputados estaduais presentes e pediu que a relação entre os Poderes Executivo e Legislativo seja harmoniosa.

Ele ainda agradeceu os parlamentares que apoiaram sua candidatura a governador e assumiu o compromisso de trabalhar em conjunto com os deputados estaduais em prol de projetos que possam ajudar no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.

Para encerrar, Riedel pediu a todos que o consenso prevaleça para que não se tenha racha dentro da Casa de Leis e, desta forma, todos trabalhem pelo progresso do Estado, para que a harmonia possa reinar.

Saiba: No dia 1º de fevereiro, às 9h, serão realizadas a posse dos deputados e a eleição da Mesa Diretora, que dirigirá os trabalhos dos primeiros dois anos da 12ª legislatura. Na ocasião, o compromisso legal dos 24 deputados será tomado e os diplomas serão recolhidos.

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Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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