O americano Alan Gross foi condenado a 15 anos de prisão neste sábado (12), por um tribunal de Cuba acusado de crimes contra o Estado, veredicto que deve provocar nova tensões nas já abaladas relações diplomáticas entre Havana e Washington.
O tribunal afirmou que os promotores provaram que Gross, agora com 61 anos, trabalhava em um "programa subversivo" dos EUA para "derrubar a revolução cubana". A sentença foi proferida uma semana depois do julgamento de dois dias de Gross em Havana.
O americano, nascido em Maryland, foi preso em dezembro de 2009 enquanto trabalhava em um projeto pró-democracia da USAID (organização de ajuda internacional do governo americano). Segundo a família de Gross e o governo, ele trabalhava apenas na melhora do acesso à internet das famílias da comunidade judia de Cuba.
Os promotores, porém, afirmam que o programa no qual Gross trabalhava, parte do planos de democratização dos EUA estimados em US$ 20 milhões, mostra que Washington continua a perseguir o fim do regime comunista dos irmãos Raúl e Fidel Castro na ilha caribenha.
Segundo o tribunal, a evidência "demonstra a participação do contratado americano em um projeto subversivo de Washington que objetiva a destruição da revolução por meio do uso de meios de comunicação que não estão no controle das autoridades".