Política

TROCA PARTIDÁRIA

Apesar de ter negado no início do mês, Soraya Thronicke agora anuncia filiação ao Podemos

A senadora revelou ao Correio do Estado que o motivo para a troca é a ampliação da sua base e ter mais condições para reeleição em 2026

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Apesar de no último dia 11 de junho ter negado ao Correio do Estado que estaria de saída do União Brasil em decorrência de insatisfações, como chegou a ser cogitado em maio, quando a legenda enfrentou uma crise partidária em Mato Grosso do Sul e em outras unidades da Federação, a senadora Soraya Thronicke confirmou, na manhã desta segunda-feira (26), que vai deixar o partido e se filiar ao Podemos na próxima quarta-feira (28). 
 
“O motivo para a troca é ampliação de minha base e condições para reeleição em 2026. Saio do União Brasil grata pelo que lá vivi e em plena harmonia com o partido. Além disso, o meu esposo, César Batista, permanece no União Brasil”, declarou ao Correio do Estado a parlamentar sul-mato-grossense.
 
Ela completou que, infelizmente, terá de deixar a presidência nacional do União Brasil Mulher. “Não há como permanecer, mas, no Podemos terei novas missões”, pontuou.
 
A senadora também revelou que já comunicou sua desfiliação à direção nacional do União Brasil. A filiação dela ao Podemos é um passo a mais para a formação da Federação do partido com o PSDB, o que seria uma nova frente de centro-direita no país.

Outros partidos

Quando no início do mês ela informou ao Correio do Estado que não tinha mais plano de trocar o União Brasil, Soraya Thronicke revelou que chegou a ser procurada por vários partidos quando saíram as primeiras informações de que estaria disposta a deixar a legenda.
 
“Fui e sou procurada por vários partidos, principalmente após a campanha à Presidência da República, mas permaneço no União Brasil”, assegurou na época à reportagem.
 
No entanto, ela disse que está sempre “aberta ao diálogo, inclusive dentro do próprio partido, sempre buscando o alinhamento com as bandeiras que defendo”.
 
Para a senadora, a política é dinâmica, mas não abre mão da sua independência. “Não abro mão da independência dos meus posicionamentos, de acordo com o que acredito ser o certo, e isso sempre tive dentro do União Brasil até agora”, pontuou.
 
Soraya Thronicke declarou que não entende essa insistência de ficarem perguntando se ela sai ou não da legenda. “Eu continuo filiada ao União Brasil e ponto. Não entendo essa insistência nesse assunto”, ponderou.
 
No mês passado, conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, a saída da parlamentar já estaria certa e inclusive a cúpula nacional do União Brasil, formada por Luciano Bivar, Antônio de Rueda e Antônio Carlos Magalhães Neto, teria conhecimento dos planos da senadora sul-mato-grossense de deixar o partido para assumir o comando estadual do Podemos em Mato Grosso do Sul no lugar de Sérgio Murilo, que atualmente comanda a legenda no Estado.
 
Agora, a senadora terá de lidar com o atual presidente do Podemos em Mato Grosso do Sul, Sérgio Murilo, pois ela chega para assumir o partido no Estado. Além disso, Soraya Thronicke terá ainda de aparar as arestas com o único deputado estadual da legenda no Estado, que é Rinaldo Modesto, irmão da superintendente de desenvolvimento do Centro-Oeste, Rose Modesto, com quem a parlamentar não está mais tão próxima.

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FAMÍLIA RAZUK

Um dia após ser condenado a perda do mandato, deputado Neno vota à distância na Assembleia

Com isso, não comparecendo à assembleia, Razuk não correu o risco de ser notificado da condenação ou da perda do mandato

17/12/2025 15h00

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira Marcelo Victor/Correio do Estado

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL) foi condenado ontem (16) pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande a 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por ser indicado como chefe de uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho. 

No entanto, a condenação não impedia o deputado de comparecer à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (17) para a última plenária do ano. Mesmo assim, o parlamentar não compareceu à Casa e participou da votação das cinco propostas aprovadas na ALEMS. 

Mesmo com a sentença, Razuk terá o direito de recorrer à decisão em liberdade. Ao Correio do Estado, o advogado André Borges, da defesa do parlamentar, afirmou que vai recorrer da sentença e que o "processo está longe de encerrar". 

Com o não comparecimento na Assembleia, o deputado não correu risco de ser notificado da condenação e nem prestar esclarecimentos à imprensa. 

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira O voto do deputado apareceu durante as deliberações das propostas na última sessão plenária da ALEMS de 2025 nesta quarta-feira (17) / Fonte: Reprodução

Sentença

A investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apontou que Neno Razuk seria o líder de uma organização criminosa que estaria praticando, de forma intensa, as práticas em Campo Grande após as prisões de Jamil Name e Jamil Name Filho durante a Operação Omertà, deflagradas em 2019 pelo MPMS contra as milícias armadas. 

Segundo as investigações, após as prisões, a família Name teria vendido seus pontos "na marra" e com uso de violência para um grupo de São Paulo, em uma tentativa de roubo a um malote do jogo do bicho que chamou a atenção das autoridades para investigar a situação. 

No documento que decretou 20 prisões preventivas de alvos da quarta fase da Operação Successione e 27 mandados de busca e apreensão, no mês passado, a família Razuk é "conhecida há décadas pela exploração ilegal do jogo do bicho e com expertise nas negociatas relacionadas ao ilícito". 

Além do crime da jogatina ilegal, também foram citados os de "assalto à mão armada e lavagem de dinheiro", especialmente na região de Dourados. 

Nas investigações da Gaeco, o clã da família Razuk tinha o plano de expandir a organização criminosa para o estado de Goiás. 

Segundo a averiguação dos fatos, o grupo realizava estudos com o apoio de organizações do estado goiano, como investidores e figuras influentes, para derrubar a liderança local da jogatina, que era comandado por Carlinhos Cachoeira, um bicheiro local.  

Com um financiamento de R$ 30 milhões de um investidor ainda não identificado, a missão era levar a uma "guerra pelo controle do jogo do bicho que atingiria ambos os Estados", como consta na investigação. 

As penas aplicadas pelo Judiciário somam mais de 100 anos de reclusão e multas que ultrapassam R$ 900.000,00 (novecentos mil reais), além da perda de mandato do deputado estadual Neno Razuk.

Balanço

Com uma sessão a cada 3 dias, ALEMS encerra trabalhos de 2025

De acordo com o balanço anual, foram 119 sessões plenárias e 249 aprovações

17/12/2025 14h00

Balanço geral do ano foi apresentado em última sessão plenária do ano

Balanço geral do ano foi apresentado em última sessão plenária do ano Wagner Guimarães/ALEMS

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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), Gerson Claro (PP) abriu a última sessão plenária do ano nesta quarta-feira (17) com um balanço geral dos trabalhos de 2025. 

Ao todo, foram 119 sessões plenárias realizadas na ALEMS ao longo do ano, resultando em um balanço de uma sessão a cada três dias. 

Segundo os dados levantados pela Secretaria de Assuntos Legislativos e Jurídicos, menos da metade das proposições apresentadas ao longo do ano foram aprovadas nas plenárias. 

Em números, foram 508 proposições, sendo 225 Projetos de Lei (PL), 151 Projetos de Resolução (PR), 18 Projetos de Decreto Legislativo (PDL), 12 Projetos de Lei Complementar (PLC) e duas Emendas à Constituição (PEC). 

Destas, foram 249 aprovações, sendo 94 PLs, 134 PDLs e seis PECs, o que resulta em 49,02% do montante. 

Outros 193 projetos continuam em tramitação para análise no próximo ano e 55 propostas foram rejeitadas. 

Distribuídas entre as sessões plenárias, foram 419 votações e 195 Diários Oficiais do Legislativo publicados. 

Balanço geral do ano foi apresentado em última sessão plenária do anoPara o presidente Gerson Claro, os números representam um sucesso para a Casa. 

“Ano de muito trabalho, quero agradecer o empenho das equipes de gabinetes e dos servidores da ALEMS que tem uma equipe técnica aguerrida, que trabalhou muito durante o ano. Ao pessoal da comunicação, da segurança, do cerimonial, do financeiro, da primeira secretaria, enfim, a todos o nosso agradecimento, sem vocês não conseguiríamos fazer e tocar o Mato Grosso do Sul”, ressaltou.  

Os dados mostram, ainda, outras 4.314 proposições como indicações, moções, requerimentos e emendas, 6.389 ofícios expedidos pela 1ª Secretaria e outros 1.665 ofícios expedidos pela Presidência. 

Gerson Claro também ressaltou que todos os debates na Assembleia foram pautados pelo “respeito e diálogo”. 

“É por isso que pudemos ter números tão expressivos. Nem tudo teve votação unânime, mas respeita-se a democracia e o ambiente de debate é natural de um Parlamento. Várias audiências públicas foram realizadas, homenagens, solenidades, a nossa Corrida dos Poderes, nossa festa junina, um ano para fazer agradecimento a Deus pelo que vivemos e a todos os poderes que trabalharam em harmonia”, finalizou.

O deputado Zeca do PT também elogiou o trabalho dos parlamentares e servidores da ALEMS. 

“Eu gostaria, com muita humildade e respeito à Vossa Excelência, a sua família, aos nobres colegas deputados e seus familiares, aos nossos servidores, a esta Casa um Feliz Natal e um próspero 2026”, desejou.

O deputado Londres Machado (PP) também ressaltou o trabalho da Mesa Diretora e destacou os números promissores do balanço geral. 

“Estamos terminando as votações e enquanto líder do Governo, eu venho agradecer à Vossa Excelência, à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que conduziu muito bem o plenário, seu gabinete esteve sempre aberto aos deputados. O Governo conseguiu aprovar 48 projetos na Casa de Leis. Quero agradecer os líderes de cada bloco e bancada, que votaram os projetos de interesses do Estado”. 

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