Política

ELEIÇÕES 2020

Apoio de Azambuja à reeleição de Trad racha executiva do PSDB

Integrantes da sigla no Estado seriam contra o partido não ter candidatura própria em 2020

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O acordo entre o governador  de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), e o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), para a reeleição do administrador da Capital em 2020 rachou a Executiva Estadual do ninho tucano. Conforme informações obtidas pelo Correio do Estado, cinco dos 16 integrantes são contra manter a aliança. 

Os deputados federais Beto Pereira e Rose Modesto e o deputado estadual Rinaldo Modesto, além do prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina, e do secretário de Saúde, Geraldo Resende, teriam expressado para candidatura própria do PSDB.

Ainda conforme apuração, o motivo principal de não apoiarem é porque o partido tem o maior número de deputados federais, estaduais e vereadores na Câmara Municipal de Campo Grande, além de 45 prefeitos em todo o Estado. Já o motivo secundário seria a falta de apoio de Trad com relação ao governo de Azambuja. 

O tucano tem falado constantemente sobre o seu compromisso com o prefeito de Campo Grande para a reeleição, além de destacar verbas de contrapartida destinadas pela administração estadual para obras estruturais na Capital, porém, conforme os bastidores, Trad só ressalta a parceria quando o secretário especial do Governo do Estado e possível candidato a vice-prefeito, Carlos Alberto Assis, está presente. 

Nos bastidores, o fato de o prefeito não defender as medidas impopulares de Azambuja também tem dividido a Executiva do partido. Conforme uma fonte ouvida pelo Correio do Estado, o prefeito precisa reconhecer que ter o apoio dos vereadores do PSDB no Legislativo municipal é muito importante para o seu mandato, além de emendas dos deputados federais e estaduais, que são destinadas para a Capital. 

“Só na obra da 14 que não teve ajuda do governo, todos as outras obras que a prefeitura está fazendo tem contrapartida do governo”, disse um entrevistado que não será identificado, citando a revitalização da Rua 14 de Julho.

Para alguns, o apoio de Trad na reeleição de Azambuja, em 2018, foi o “pagamento de uma dívida” pela união do governo em tapar os buracos da cidade quando o prefeito assumiu o cargo em 2017.

“Não tem consenso na Executiva, isso não tem mesmo”, disse um membro da cúpula do PSDB-MS.

Os integrantes da Executiva que são contra o apoio a Marcos e favoráveis ao PSDB lançar candidatura própria pontuam ainda, segundo bastidores, que com o fim das coligações um candidato  a prefeito colabora para a eleição de mais vereadores, continuam o fortalecimento das bases e alavancando a campanha de 2022 para os nomes que devem disputar para deputado estadual, federal, senador, governador e presidente do País. O PSDB deve lançar o governador de São Paulo, João Dória, para concorrer a presidência, além  dos possíveis planos de Azambuja de buscar um cargo no Legislativo Federal. 

As executivas estadual e municipal devem se reunir hoje para tratar o assunto.

IMPOSIÇÃO 

O presidente do PSDB-MS, Sérgio de Paula, disse em entrevista que a Resolução 010/2019 emitida pela Executiva Nacional do partido sobre as cidades com mais de 100 mil eleitores terem candidatos a prefeitos é clara e impositiva. O documento pode acabar com o acordo entre o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, e o governador Reinaldo Azambuja para a campanha de 2020.

O governador acredita que o partido vai respeitar o acordo feito na Capital.

EXECUTIVA

A executiva do PSDB em Mato Grosso do Sul é composta por 16 pessoas, porém, 15 têm direito a voto, e o presidente, Sérgio de Paula, vota apenas em caso de empate. Além dos parlamentares já citados no texto, fazem parte do grupo o governador, Reinaldo Azambuja, os deputados estaduais Paulo Corrêa, Marçal Filho, Felipe Orro e Onevan de Matos, a deputada federal Bia Cavassa, Dirceu Lanzarini, Rogelho Massud Junior, Eraldo Jorge Leite e o presidente de honra, Ruben Figueiró, que não tem direito a voto. 

Política

Governo começa a alinhar prioridades para 2025

Eduardo Riedel se reuniu com secretários para avaliar projetos e elaborar estratégias para o ano que vem

21/11/2024 12h52

Álvaro Rezende/Governo do Estado

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O governador do Estado, Eduardo Riedel, já começou a se reunir com secretários estaduais para avaliar projetos em andamento e alinhar as prioridades de cada pasta para 2025.

Um dos temas tratados na última quarta-feira (20) foram as emendas parlamentares federais, que vão contribuir para os investimentos em diferentes setores do Estado.

"Tivemos um dia de reuniões produtivas em grandes áreas do Governo do Estado. São projetos transversais, que complementam o outro em diferentes áreas e políticas públicas. Podemos definir os grandes projetos para 2025", afirmou o governador, ao final das reuniões que ocorreram na quarta-feira (20), no Gabinete do Receptivo.

Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais conseguiu aplicar recursos de emendas de bancada federal em projetos estruturantes e investimentos essenciais, fato ressaltado pelo governador.

"Quando há esta convergência entre Poder Executivo e Legislativo, temos condições de aplicar nos municípios, que é onde as pessoas moram, atendemos melhor o sul-mato-grossense".

O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, participou de todas as reuniões com os demais gestores. Na sua avaliação o Governo do Estado tem uma linha de trabalho voltada para os resultados.

"Importante medirmos e avaliarmos nosso trabalho para garantir que nosso plano de governo esteja sendo cumprido e a população recebendo melhorias em todas as áreas".

Para alinhar os trabalhos e promover um planejamento eficiente, o Governo do Estado também promove os "contratos de gestão" com todas as secretárias, fundações e autarquias, definindo os projetos que serão prioridades de cada pasta ao longo do ano. Durante este processo são avaliadas que ações estão tendo resultados e rota precisa ser corrigida.

"Com foco no plano de governo, a gestão estadual tem como eixos estratégicos a busca por um Estado verde, digital, próspero e inclusivo, que tenha como objetivo não deixar ninguém para trás. Os bons índices de investimentos permitem ainda que o Estado possa atender as demandas dos 79 municípios".

Possível mudança

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, fontes ligadas à reportagem revelaram que, nas próximas semanas, Riedel pode trazer Pedro Caravina (PSDB) para o lugar de Eduardo Rocha, secretário da Casa Civil, que estaria "de malas prontas" para trocar Campo Grande por Brasília (DF), onde assumiria o Escritório de Relações Institucionais e Políticas, cargo que está vago desde a exoneração a pedido do titular Sérgio de Paula.

Caravina que retornaria à administração estadual depois de ter saído a pedido para ajudar na campanha eleitoral vitoriosa de sua esposa, Wanderleia Caravina (PSDB), para a prefeitura de Bataguassu, e de outros candidatos a prefeito, que também tiveram êxito.

Além disso, Riedel ainda acomodaria o suplente de deputado estadual João César Mattogrosso (PSDB) novamente na Assembleia Legislativa, na vaga de Pedro Caravina, pois atualmente ele é diretor-geral adjunto do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

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INTERIOR

Mulheres fracassam nas urnas e põem em risco vereadores vitoriosos do PP

Com dois parlamentares eleitos em Rio Negro, três candidatas do Partido Progressista somadas tiveram apenas 42 votos e sigla entra na mira do Ministério Público

21/11/2024 12h21

Declaradas pardas e donas de casa, Evaleria, Val e Marcela tiveram, respectivamente: 6, 11 e 25 votos.

Declaradas pardas e donas de casa, Evaleria, Val e Marcela tiveram, respectivamente: 6, 11 e 25 votos. Reprodução

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Através de Diário Oficial, o Ministério Público instaurou o chamado procedimento preparatório para apurar possível fraude na cota de gênero para candidaturas femininas, já que distante cerca de 152 km de Campo Grande as candidatas mulheres do Partido Progressista (PP) fracassaram nas urnas e põe em risco, agora, os vereadores eleitos. 

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, em Rio Negro, a eleição municipal ordinária deste ano levou 3.433 eleitores às urnas, sendo 3.353 votos válidos, dos quais 3.265 foram nominais e 88 para legenda. 

Vale lembrar que, os seguintes vereadores foram eleitos no município este ano: 

  • (PSD) Neuza Santos 
  • (PSDB) Betinho Barros 
  • (PSDB) Evaldo Paes 
  • (PSD) Pião
  • (PSD) Valdir Fischer
  • (PSDB) Nair Oliveira 
  • (PSDB) Anderson 
  • (PP) Helio Rezende 
  • (PP) Ticão 

Justamente esses dois últimos citados, Helio Rezende e Tição, que receberam 208 e 84 votos respectivamente, estão com seus cargos no legislativo de Rio Negro a partir de 2025 ameaçados.

Entenda

Como bem aponta em procedimento preparatório eleitoral (PPE) a Promotora de Justiça Eleitoral, Isabelle Albuquerque dos Santos Rizzo, os partidos precisam obedecer ao percentual mínimo de 30% (trinta por cento) de candidaturas femininas, nos termos do art.
10, § 3º, da lei n. 9.504/97. 

Sendo que, para que seja identificada a dita fraude à cota de gênero, é necessária a presença de um alguns elementos não cumulativos "quando os fatos e as circunstâncias do caso concreto assim permitirem concluir": 

  1. Votação zerada ou inexpressiva; 
  2. Prestação de contas zerada, padronizada ou ausência de movimentação financeira relevante; e 
  3. Ausência de atos efetivos de campanhas, divulgação ou promoção da candidatura de terceiros.

Levando isso em conta, é apontada em seguida a dita "quantidade inexpressiva de votos" que as candidatas do Partido Progressista em Rio Negro Alcançaram, que somam a intenção de apenas 42 eleitores totais. 

As candidatas citadas seriam: Marcela Souza, Val do São Francisco e Evaleria, que nas eleições ordinárias desse ano registraram 25; 11 e seis votos, respectivamente, todas as três candidatas declaradas pardas e donas de casa. 

Consequências

Foi solicitado, em PPE, a juntada de cópias do processo demonstrativo de regularidade de atos partidários; Registro de Candidatura individual e prestação de contas de cada uma das candidatas, para apurar melhor a situação. 

Isso porque, caso seja reconhecido o ilícito há três consequências principais que podem se estender à todo o partido e alterar o corpo de vereadores de Rio Negro para 2025. 

Dos três pontos, a primeira consequência é a cassação do Drap da legenda e dos diplomas dos candidatos a ele vinculados, independentemente de prova de participação, ciência ou anuência de cada um. 

Além disso, se constatado ilícito, acarretará na inelegibilidade daqueles que praticaram ou anuíram com a conduta, nas hipóteses de ação de investigação judicial eleitoral (AIJE); bem como anulação dos votos conquistados pelo partido, com recontagem dos quocientes eleitoral e partidário.

Cabe apontar que o Partido Progressista foi procurado para se manifestar a respeito, sendo que esse espaço segue aberto para posicionamento. 

 

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