Política

ROLEZINHO EM PARIS

Barbosa critica advogado por preconceito

Barbosa critica advogado por preconceito

FOLHA PRESS

24/01/2014 - 14h26
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, disse hoje que o advogado do ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT) cometeu uma "grosseria preconceituosa" ao acusá-lo de estar dando um "rolezinho em Paris".

"Um advogado vir a público fazer grosserias preconceituosas contra um membro do Judiciário que julgou seu cliente é uma prova eloquente de deficit civilizatório", disse Joaquim Barbosa, em Paris.

Em entrevista ao jornal "O Globo", o advogado Alberto Toron criticou o presidente do STF por ter viajado em férias sem ter assinado o mandado de prisão do deputado petista.

Joaquim Barbosa afirma que não houve tempo hábil para assinar o mandado de prisão porque isso só poderia ser feito após a comunicação oficial à Câmara dos Deputados e ao juiz de execuções penais.

Os recursos do deputado foram rejeitados no dia 6 de janeiro pelo presidente do STF, que viajou para a Colômbia na madrugada do dia 7.

Em Paris, onde cumpre compromissos oficiais desde a última quarta, Joaquim Barbosa criticou os colegas Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski que o substituíram no comando da corte em janeiro -por terem concedido "um mês a mais de liberdade" ao não assinarem o mandado de prisão de João Paulo Cunha.

Barbosa disse que, se fosse substituto na presidência da corte, não teria hesitado em assinar o ato para que o condenado iniciasse o cumprimento da pena. 

 "(...) uma prova eloquente de déficit civilizatório". Ministro Joaquim Barbosa.

As críticas de Barbosa acirraram o clima de animosidade na corte. Citando o regimento interno, Lewandowski rebateu Barbosa, atribuindo a assinatura do pedido de prisão como ato que teria de ter sido praticado pelo relator do processo e não do ministro que assumiu a presidência em regime de plantão.

Conta-gotas

Ao ser entrevistado por jornalistas brasileiros após proferir uma palestra no Conselho Constitucional (equivalente francês ao STF) nesta sexta, em Paris, Joaquim Barbosa foi indagado se as prisões de condenados do julgamento não estavam sendo determinadas "a conta-gotas".

"Houve prisão a conta-gotas? Não foram realizadas 12 prisões de uma vez só [em novembro]? Cada caso é um caso. Nós estamos examinando a vida de pessoas", defendeu-se o ministro.
 

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Política

Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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