Política

ELEIÇÕES 2024

Barbosinha ainda está no páreo para concorrer à prefeitura de Dourados

O vice-governador trocou o PP pelo PSD para poder disputar o pleito no município pela segunda vez consecutiva

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A 17 dias do início das convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, o vice-governador José Carlos Barbosa (PSD), o “Barbosinha”, ainda não bateu o martelo sobre disputar ou não a prefeitura de Dourados no pleito do próximo dia 6 de outubro.

O Correio do Estado apurou que Barbosinha ainda continua no páreo, pois não comunicou à Executiva estadual do PSD o desejo de concorrer ou não ao cargo de prefeito do segundo maior município de Mato Grosso do Sul, portanto, a possibilidade continua em aberto.

Conforme o presidente estadual do partido, senador Nelsinho Trad, candidatar-se ou não a prefeito de Dourados cabe apenas ao vice-governador. “Está nas mãos dele essa decisão”, reforçou à reportagem.

Para uma das lideranças estaduais do PSD, deputado estadual Pedrossian Neto, a tendência é de que Barbosinha decida não disputar a eleição para prefeito de Dourados, porém, completou que isso é uma opinião pessoal.

“Isso é o que eu acho sobre essa questão, mas somente ele poderá decidir a respeito dessa possibilidade. A palavra final é dele”, argumentou Pedrossian Neto, enaltecendo que se trata do vice-governador de Mato Grosso e a segunda maior liderança do PSD no Estado.

O Correio do Estado também procurou Barbosinha para saber qual será a sua escolha, porém, até o fechamento desta matéria não obteve sucesso, sendo que o espaço continua aberto para a manifestação do vice-governador.

Por outro lado, a assessoria de imprensa dele disse à reportagem que apenas na convenção do PSD de Dourados será respondida essa pergunta, porém, Barbosinha não confirmou nada ainda e continua com o nome à disposição do partido.

“A candidatura dele a prefeito de Dourados não está descartada, pelo contrário, na última entrevista concedida a esse respeito o vice-governador declarou que está pronto para disputar o cargo”, disse a assessoria.

Na entrevista, concedida para uma rádio de Campo Grande, ele falou que “a razão da minha saída do PP foi nesse sentido, pois o atual prefeito de Dourados é do mesmo partido e, portanto, tornava incompatível a minha na legenda, pois já tinha definido que não o apoiaria a reeleição devido à péssima gestão dele no cargo”.

“Me coloquei na condição de sair do partido e fiz isso indo para o PSD, senão disputar a eleição, ao menos estar com o nome à disposição. Digo que estou igual noivo, de terno, de lapela, pronto, se tiver necessidade meu nome está à disposição do meu partido e de Dourados”, declarou.

Ainda nessa entrevista, ele voltou a reforçar que para sair pré-candidato a prefeito de Dourados quer as bênçãos do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja, ambos do PSDB, pois os tucanos já tem um pré-candidato a prefeito, o ex-deputado estadual e radialista Marçal Filho.

Saiba

Natural do distrito de Itaguaçu, município de São Simão (GO), Barbosinha começou sua trajetória na vida política no município de Angélica (MS), onde foi prefeito de 1989 e 1992. Com apenas 23 anos é, até hoje, o prefeito mais jovem a assumir o Executivo municipal no Estado. Em 2007 assumiu a Sanesul, onde permaneceu por quase oito anos. No ano de 2014, se elegeu pela primeira vez ao cargo de deputado estadual. Dois anos depois, em 2016, assumiu a Sejusp, permanecendo na função por um ano e oito meses. Ele foi reeleito para um segundo mandato de deputado estadual e agora é vice-governador.

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Política

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro no Natal; internação ocorrerá no dia 24

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star

23/12/2025 14h56

Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 23, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja internado nesta quarta-feira, 24, e faça uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, que fica a menos de três quilômetros de onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro. Ainda não foi informado o horário da chegada do ex-chefe do Executivo no hospital e nem o início do procedimento cirúrgico, previsto para ocorrer no dia 25, feriado de Natal.

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star. O ministro não atendeu o pedido da defesa para visitas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL).

O ministro do STF determinou ainda medidas de segurança no hospital. Uma determinação é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado.

"A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no mínimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital", diz um trecho da decisão.

O ministro proibiu a entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos, determinando apenas a entrada de equipamentos médicos no quarto que receberá o ex-presidente.

JUSTIÇA

Juristas de MS aprovam criação de um código de ética para tribunais superiores

Proposta parte do presidente do STF, Edson Fachin, ao defender que magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade

23/12/2025 08h20

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário Rosinei Coutinho/STF

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A proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de criar um código de conduta para os tribunais superiores, por entender que os magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade, foi bem-aceita pelos juristas de Mato Grosso do Sul.

O advogado Benedicto Arthur Figueiredo Neto lembrou que, etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, caráter e modo de agir.

“Em meio às diversas críticas que alguns ministros do STF têm sofrido por receberem valores para proferirem palestras, o que é totalmente lícito à magistratura, Fachin se inspira no código de conduta da Suprema Corte da Alemanha para a criação de uma normatização ao modo de agir dos seus membros”, explicou.

Ele completou que o código de conduta da Suprema Corte alemã é bastante pragmático e objetivo, no sentido de sempre preservar em primeiro lugar a imagem da Corte e de que a conduta de seus membros sempre siga regras para que essa imagem venha a ser preservada.

“É o caso de como se prevê na Alemanha que os seus membros devem ponderar se o evento do qual vão participar não tem conflito com a reputação e com a honra da Corte. A normatização de um código de ética para tribunais superiores é a franca demonstração de reconstrução da imagem independente pela magistratura, afastando-se da política”, analisou.

Sandro de Oliveira, professor doutor da Faculdade de Direito (Fadir) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), acrescentou que um código de ética da magistratura é pertinente e necessário porque traduz, de forma clara e acessível, os valores que já estão consagrados na Constituição Federal e que devem orientar a atuação de todo agente público, mais especialmente daqueles que exercem a função de julgar.

“O código não cria obrigações novas, mas organiza princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, oferecendo parâmetros objetivos de conduta que reforçam a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, a magistratura ocupa uma posição singular na estrutura do Estado, pois dela se espera independência, equilíbrio e compromisso permanente com os direitos fundamentais”, pontuou.

Sandro de Oliveira ressaltou que um código de ética funciona como instrumento pedagógico e preventivo, ajudando o magistrado a refletir sobre sua postura dentro e fora da jurisdição, à luz do interesse público, da dignidade da função e do dever de imparcialidade, que decorre diretamente do princípio republicano.

“Ao fortalecer a ética institucional, o código contribui para a transparência e para a legitimidade democrática do Judiciário. Ele reafirma que a atuação judicial não está dissociada da administração pública, mas submetida aos mesmos princípios constitucionais que exigem responsabilidade, probidade e prestação de contas à sociedade, elementos que são necessários à consolidação do Estado Democrático de Direito”, assegurou.

Para ele, é importante registrar que códigos de ética e de conduta não são estranhos ao ordenamento jurídico brasileiro. “Ao contrário, diversas carreiras de Estado e do serviço público, de modo geral, já contam com diplomas próprios que orientam a atuação de seus membros. Nesse contexto, a instituição de um código de ética da magistratura não apenas se mostra legítima, como também relevante, na medida em que contribuiria para balizar comportamentos, fortalecer a confiança social no Judiciário e servir de referência normativa e ética para as demais carreiras do Estado brasileiro”, argumentou.

O advogado André Borges citou que a proposta surge depois de fatos recentes, como esposa de ministro do STF com contrato milionário e advogando na Corte do esposo e ministro viajando no jatinho em que estava advogado que posteriormente teve pedido atendido, revelarem a necessidade urgente de ser atualizado o Código de Ética da Magistratura editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Judiciário é importante demais para que sobre ele recaiam dúvidas sobre a honra e a decência de seus integrantes. Proteção ética surge exatamente de um código de ética. Na Suprema Corte dos Estados Unidos isso já foi aprovado. Trata-se de algo que precisa ser aplicado no Brasil, incluindo ministros das cortes superiores de Brasília [DF]. Vivemos em uma república, que tem como característica principal a responsabilidade dos servidores públicos em geral, no que se incluem os magistrados”, comentou o jurista ao Correio do Estado.

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