Política

PANDEMIA

Biden nomeia brasileira para força-tarefa democrata contra a covid-19

A equipe será responsável em elaborar um plano para a nova administração combater a pandemia

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A brasileira especialista em biodefesa Luciana Borio integrará a força-tarefa contra o coronavírus anunciada nesta segunda-feira (9) pelo presidente americano eleito Joe Biden. A equipe será responsável em elaborar um plano para a nova administração democrata combater a pandemia que já matou mais de 230 mil pessoas nos Estados Unidos.

Luciana Borio é brasileira, mas dedicou boa parte de sua vida profissional e acadêmica à construção de um programa de biodefesa nos Estados Unidos que prevê, entre outras coisas, a preparação para enfrentar uma pandemia. Nos últimos três anos, ela assistiu a um esvaziamento do sistema contra epidemias que ajudou a colocar de pé.

Ela começou a trabalhar no governo americano na presidência de George W. Bush depois do atentado às Torres Gêmeas, em 2001, e de lá para cá assumiu cargos de liderança nos governos Barack Obama e Donald Trump. Foi diretora para preparação médica e de biodefesa do Conselho de Segurança Nacional, que assessora a Casa Branca - órgão que foi extinto no governo Trump.

Em maio, em uma entrevista ao Estadão, Borio afirmou que houve uma mudança de direção com a atual administração. "Perdemos tempo nesses três anos", afirmou, à época.

Também ex-cientista chefe do FDA, agência reguladora de drogas e alimentos nos EUA, foi uma das vozes mais críticas à adoção da cloroquina como tratamento para a covid-19 antes de comprovação científica de sua eficácia. "Partiu meu coração ver como esse assunto foi tratado", disse, em maio.

"Não é a minha preferência ter políticos fazendo propagandas de medicamentos para o público, porque não são treinados para isso, mas é imperdoável ter membros da comunidade científica usando essas drogas sem os cuidados devidos nos pacientes", afirma.

Na época, ela rebateu o argumento de que os internados em situação crítica "não têm nada a perder" e portanto valeria à pena usar tratamentos não comprovados: "Isso pode fazer mal para pacientes que já estão em uma posição vulnerável. Mesmo os mais doentes têm muito a perder com mau uso de medicamentos".

Na entrevista, a especialista brasileira defendeu que o governo federal precisava coordenar esforços com o setor privado e com os Estados para poder combater a pandemia, o que não estava acontecendo nos EUA.

A cientista defendeu que o governo federal precisava ou ter assumido a responsabilidade de um fornecimento adequado de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, adequados a uma pandemia, ou precisava ter comunicado isso muito claramente aos governos dos Estados.

Ela também explicou que não adianta ter vacina para produzir se não houver depois como administrar a vacina por falta de seringas ou de agulhas. "Todo esse planejamento é muito importante, apesar de não ser algo que recebe atenção como um programa contra armas biológicas", disse, na entrevista.

Carioca, Borio vive nos EUA desde os 17 anos. A cientista-médica fez seu MD na George Washington University. Completou residência na Weill Cornell Medical Center e se especializou em doenças infecciosas na Johns Hopkins University. Ela também cursou "critical care medicine" na National Institute of Health.

No ano passado, ela tinha saído do setor público para trabalhar na In-Q-Tel, uma empresa de investimento estratégico em tecnologia para defesa e segurança nacional. 

Alternativa

Governo federal é acionado para ajudar a estancar colapso na Santa Casa de Campo Grande

Em contato direto com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, senador solicitou apoio imediato do governo federal

23/12/2025 16h45

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O senador Nelsinho Trad (PSD) alertou para a gravidade da situação enfrentada pela Santa Casa de Campo Grande e defendeu uma resposta imediata com auxílio do Governo Federal para estancar o colapso do sistema de saúde em Campo Grande e em todo o Estado. 

Em contato direto com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, o parlamentar solicitou apoio imediato do governo federal para ajudar a estancar a crise na saúde estadual.

“Expliquei a importância da Santa Casa e a urgência do momento. É hora de estender a mão agora para evitar um colapso que, se acontecer, será muito mais difícil de reverter”, afirmou.

Segundo o parlamentar, tanto a prefeitura da Capital quanto o Governo do Estado estão com os repasses em dia, mas a dimensão da crise exige um esforço extraordinário.

“A Santa Casa é a quarta maior do Brasil. Se ela parar, estrangula o sistema de saúde, não só de Campo Grande, mas de todo o Estado”, destacou.

O parlamentar ressaltou que a solução passa pela união de esforços entre governo federal, estadual, prefeitura e a bancada federal. Em entrevista para Jota FM, comentou que outros parlamentares sul-mato-grossenses como a senadora Teresa Cristina (PP), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT) já estão mobilizados.

“O horizonte é agir agora, de forma emergencial, para estabilizar a situação e, depois, buscar as soluções estruturais”, comparou.

Segundo o senador, o momento exige rapidez e responsabilidade. “É como um paciente com hemorragia: primeiro estanca o sangramento, depois trata a causa. O emergencial precisa vir antes de tudo”, disse o senador Nelsinho.

Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos e serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Colapso iminente 

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) manifestou preocupação com a situação de desabastecimento de medicamentos essenciais e de insumos básicos nas unidades de urgência e emergência sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), incluindo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os Centros Regionais de Saúde (CRSs).

Em vistorias realizadas junto à Santa Casa, o CRM verificou baixo estoque de medicamentos indispensáveis ao adequado funcionamento dos plantões de urgência, além da  falta de luvas, lençóis, cânulas e outros materiais essenciais à segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.

Cabe destacar que em decreto recente, a administração suprimiu gratificações dos servidores da saúde, em especial dos médicos da rede municipal, medida que fragilizou as condições de trabalho no hospital.  

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Política

Soraya aconselha patriotas a doar Havaianas e "não rasgar dinheiro"

Senadora calçou seus chinelos customizados com onças, criticou o boicote à indústria brasileira e convidou quem "cansou" do chinelo a fazer uma doação

23/12/2025 15h22

Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Após a propaganda gravada pela atriz Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro pelo filme Ainda Estou Aqui, enfurecer a direita, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) aconselhou a doação de Havaianas.

O vídeo foi publicado no Instagram da parlamentar, que fez questão de mostrar seu chinelo Havaianas customizado com onças, marca registrada desde o debate das eleições de 2022.

A fala que tornou a senadora conhecida nas redes sociais como “onça de Mato Grosso do Sul” ocorreu durante um embate contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Quero dizer ao candidato Jair Bolsonaro: não cutuque onça com a sua vara curta”, disse Soraya à época. A declaração viralizou no X (antigo Twitter).

 

 

 

Desta vez, o comercial em que Fernanda Torres aparece dizendo “não comece 2026 com o pé direito” revoltou setores da direita, incluindo o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), que publicou em suas redes sociais um vídeo jogando seus chinelos no lixo.

Entrando na onda, a senadora aproveitou o momento para divulgar um projeto que idealizou, voltado à promoção de encontros de empreendedorismo, inovação, gastronomia e cultura.

Soraya também conclamou os “patriotas de verdade” a adquirirem chinelos customizados no Prospera MS, evento idealizado por ela, que ocorre entre os dias 5 e 8 de fevereiro e reúne empreendedorismo, cultura, inovação e gastronomia.

“Para você que é brasileiro e patriota de verdade, que sabe quanto vale o seu dinheiro e o suor do seu trabalho. Você não é bobo nem nada. Não rasgue as suas, doe quando não quiser mais”, disse a senadora.

 

 

O que diz a propaganda?

“Desculpas, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar que sorte não depende de você. Depende da sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada. Os dois pés na jaca. Os dois pés onde você quiser vai com tudo. De corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa", fala Fernanda Torres
 

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