Política

DEPUTADO POLÊMICO

Bolsonaro declara guerra aos homossexuais

Bolsonaro declara guerra aos homossexuais

congresso em foco

31/03/2011 - 10h38
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“Estamos aqui em uma guerra”. Foi com essa frase que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) resumiu as reações que se seguiram à frase carregada de preconceitos que ele despejou contra a cantora Preta Gil, no programa jornalístico-humorístico CQC (TV Bandeirantes), na segunda-feira (28). A declaração, racista e homofóbica, resultou em diversas representações contra ele por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. E vindas das mais variadas correntes sociais. Além do deputado e ex-ministro da Igualdade Racial Edson Santos (PT-RJ), cerca de 20 outros parlamentares e até a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) protocolaram pedido de cassação contra Bolsonaro.

Sozinho e encaminhando-se para a saída do Palácio do Planalto, o deputado, então, deu a seguinte entrevista ao site:

Congresso em Foco - Como o senhor encara a morte de José Alencar? E como é comparecer ao velório do ex-vice-presidente em meio a tanta polêmica?
Jair Bolsonaro - Vim render minhas homenagens ao nosso querido José Alencar. Foi o único ministro da Defesa nos últimos 10 que apresentou um projeto de interesse dos integrantes das Forças Armadas – ele regulamentou a questão do nosso auxílio invalidez. Os militares sofrem de problemas de saúde semelhantes ao que ele estava sofrendo. Ele foi o único a apresentar projeto. Todos os outros passaram, usaram isso aqui como trampolim para alguma coisa, e as nossas Forças Armadas perderam, em todos os aspectos, ao longo desse tempo.

Tinha uma boa relação com o ex-vice-presidente?
Tive um contato com ele muito bom. Ele até lacrimejava os olhos quando falava que tinha sido soldado de Tiro de Guerra. Era uma pessoa muito afável. Viajei algumas vezes com ele de avião, ele me convidou, a serviço. Gostei muito dele, e ele tinha um carinho muito grande com a gente [militares]. Em que pese ele não ter tido conhecimento – e ele até dizia pra mim – da questão das Forças Armadas, como um todo, naquele momento.

José Alencar questionava a alta de juros, contrapondo-se a um elemento crucial da política econômica do governo Lula. Já Michel Temer prefere a discrição, a atuação nos bastidores. Qual estilo o senhor prefere?
Todo mundo sabe que o vice-presidente pouco apita, não é? Eu não posso falar o que eu gostaria que o Michel Temer fizesse, que ele iria falar que gostaria que eu fizesse outra coisa dentro da Câmara, entendeu? Pôxa, eu acredito em Deus, e peço que Deus ilumine essas pessoas. Nós sabemos que o PMDB é um partido grande e importante. Sabemos como o PMDB age na política.

O PMDB ajuda ou atrapalha a presidenta Dilma?
Sabemos o passado da presidenta – um passado que não é recomendável para qualquer cidadão brasileiro. Se ela fosse uma mulher que tivesse vivido na Itália, estaria presa, como está o pessoal da Brigada Vermelha [movimento extremista de esquerda originado na Itália dos anos 1960] até hoje. Mas, já que ela está presidente, pôxa, que ela pense no Brasil como um todo, e não em nichos eleitorais – como ela fez agora, aumentando o Bolsa Família. Isso interessa pra ela, porque é um grande curral eleitoral.

O episódio da Preta Gil moveu mais representações contra o senhor no Conselho de Ética. Já são três as...
Pode ser 30, não tem problema nenhum. Vejo com bons olhos, porque essas coisas não podem ficar escondidas. Têm de ser colocadas para fora, debatidas, para que se chegue a uma conclusão junto a pessoas de bom senso. Está na cara que o pessoal que é homossexual que nós temos dentro do Congresso e o pessoal ideologicamente de esquerda, que não gosta de mim dada a minha posição de defender o brilhante período que tivemos de 64 a 85, vai me criticar. E nós vamos colocar isso da forma como aconteceu. E tenho certeza até de que, na próxima segunda-feira agora [4 de abril], a própria equipe do CQC vai trazer mais alguma coisa e nós vamos esclarecer isso. Até porque o próprio Marcelo Tas falou: ‘Eu acho que o deputado não entendeu a pergunta’.

Não se sente ameaçado?
Não, de jeito nenhum. Estamos aqui em uma guerra, não é? Se eu me comportar como um cordeirinho aqui ... Não é do meu estilo, não é da minha formação civil e militar. Eu sou um combatente aqui dentro. Se um dia eu der um tiro errado, eu vou pagar por causa daquele tiro...

Vai ser alvejado?
Vou ser é fuzilado... (risos; neste momento, um fotógrafo começou a disparar flashes e registrar a presença do deputado) Olha aí, já estão me metralhando...

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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