Política

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Camila Jara comemora sucesso na cirurgia para retirada da tireoide

A deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores passou por um procedimento cirúrgico nesta segunda-feira (12), após receber diagnóstico de câncer

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A deputada federal Camila Jara (PT-MS), passou por cirurgia para retirada da tireoide em decorrência de tumores cancerígenos, na manhã desta segunda-feira (12), no Hospital Sirio Libanês - que possui uma unidade em São Paulo (SP) e Brasília (DF).

Camila passou por uma cirurgia de tireoidectomia total (remoção completa da glândula) que consiste a um esvaziamento cervical bilateral (procedimento para retirada de linfonodos na região do pescoço).

 Recomendado para o quadro clínico dela com o objetivo de eliminar o foco da doença e prevenir um possível retorno. O procedimento durou cerca de quatro horas e ocorreu sem intercorrências.

O pai de Camila, Gerson Jara, não confirmou qual unidade a deputada federal está internada.

“A tireoide foi retirada, os tumores suspeitos removidos e ela já está no quarto, em repouso”, informou Gerson Jara.

Recuperação


Seguindo recomendações médicas, a deputada está com atestado médico temporário, enquanto seu quadro clínico se estabiliza, e ainda não há necessidade de solicitar um afastamento do mandato.


“Diferentemente da licença oficial, a licença por atestado médico permite que a deputada continue exercendo sua função parlamentar. Durante esse período, Camila manterá atuação remota, acompanhando votações, articulações e projetos legislativos com o apoio de sua equipe”, finaliza a nota.

Diagnóstico


No dia 6 de abril, a parlamentar compartilhou, em uma rede social, o diagnóstico de câncer após ter passado por uma cirurgia para remoção de nódulos.

Sem entrar em muitos detalhes, compartilhou com os seguidores, o diagnóstico que ninguém quer ouvir: “Fui diagnosticada com câncer aos 30 anos.”

Camila Jara é a deputada federal mais jovem eleita por Mato Grosso do Sul. Assim que recebeu o diagnóstico e diante da necessidade de passar por um segundo procedimento cirúrgico, solicitou licença médica.

A expectativa é que ela passe um dia em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, conforme a evolução do quadro, deve permanecer internada por até cinco dias.

Tratamento da deputada

Após a cirurgia, Camila Jara irá passar pelo terapia de iodoterapia, que utiliza iodo radioativo para eliminar eventuais células malignas remanescentes na tireoide.

A reportagem do Correio do Estado conversou com a especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Lara Leite, que explicou que essa fase é um complemento do tratamento.

“O paciente que descobriu nódulos e metástase para os linfonodos precisa realizar a radioiodoterapia, que é uma terapia que utiliza radioisótopos para promover a destruição ,ou ablação, que é o termo técnico das células remanescentes”, explicou a especialista, e completou:

“São as chamadas células remanescentes. Qualquer célula que contenha tecido tireoidiano na região do pescoço, seja no sítio da tireoide ou nos próprios linfonodos afetados por células cancerígenas da tireoide, será destruída por essa iodoterapia.”

Entenda o câncer na tireoide

A especialista explicou que o câncer de tireoide é o crescimento anormal e desordenado de células desse órgão.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de um câncer de tireoide são:

  • Exposição à radiação (especialmente na infância);

  • Histórico familiar de câncer de tireoide;

  • Certas mutações genéticas;

  • Doenças da tireoide pré-existentes (como o bócio multinodular).

Porém, na maioria dos casos, a causa exata não é identificada.

A médica reforçou que o diagnóstico de câncer na tireoide é mais comum entre os 30 e 50 anos, sendo que as mulheres são até três vezes mais afetadas do que os homens.

Existem quatro tipos de câncer de tireoide:

  • Carcinoma papilífero (mais comum e menos agressivo);

  • Carcinoma folicular;

  • Carcinoma medular;

  • Carcinoma anaplásico (mais raro e agressivo).

Na maioria das vezes, o câncer de tireoide não causa sintomas no início.

Quando há sintomas, os mais comuns são:

  • Nódulo no pescoço, geralmente indolor;

  • Rouquidão ou alteração na voz;

  • Dificuldade para engolir;

  • Dificuldade para respirar;

  • Aumento dos gânglios linfáticos do pescoço.

Por meio de uma publicação no Instagram da deputada Camila Jara o resultado da cirurgia foi comemorado.

Leia na íntegra:

"A única batalha que a gente perde é aquela que a gente não luta. A cirurgia foi um sucesso e, agora que passou, a recuperação começa.


Estou bem, confiante no tratamento e no cuidado atento da equipe médica que me acompanha. Tenho a sorte de caminhar com uma rede de apoio que me cerca de amor — e isso faz toda a diferença.


Sigo com a certeza de que meu compromisso com o povo não tira folga. Ele só respira fundo, recarrega e volta ainda mais forte.Obrigada por cada mensagem, cada oração, cada pensamento bonito que chegou até mim nesses dias. Eles me alcançaram — e me fortaleceram.


Logo volto para a linha de frente. Mais forte, mais serena, mais certa de que cuidar da vida também é parte da luta."

 

** Matéria atualizada para inserção de informações

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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