Política

Eleições 2014

Campos 'certamente' terá votos dos sem-terra

Campos 'certamente' terá votos dos sem-terra

Redação

09/02/2014 - 00h00
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Tradicionalmente alinhado ao PT, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) "certamente" terá muitos de seus militantes votando no governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para presidente da República em outubro. A avaliação é de João Pedro Stedile, da coordenação nacional do movimento.

"Na região de Pernambuco, na Paraíba, onde ele [governador de Pernambuco] tem influência, certamente vai ter muita gente da nossa base, do MST, que vai votar no Campos", disse Stedile.

Para o dirigente, apesar das críticas públicas que o também presidente do PSB vem fazendo à gestão de Dilma Rousseff, sua candidatura representa o mesmo "projeto neodesenvolvimentista" da petista, que disputará a reeleição.

O PSB rompeu aliança nacional com o PT em setembro passado, depois de ter apoiado os governos de Lula e Dilma durante dez anos. O líder sem terra considera que Campos tem direito a pleitear a disputa do Planalto, "como qualquer cidadão".

Stedile esteve em São Paulo para divulgar o 6º Congresso Nacional do MST, que terá início nesta segunda-feira, em Brasília. O evento deve reunir cerca de 15 mil participantes, além de 200 delegados de movimentos sociais do exterior.

No congresso, o MST pretende apresentar uma proposta de "Reforma Agrária Popular", baseada não apenas na distribuição de terra, mas também na reivindicação ao aumento do número de escolas rurais e de estímulo a cooperativas agroindustriais.

Em entrevista coletiva, Stedile disse que o movimento tem "obrigação" de criticar a política agrária da administração federal. "O governo Dilma foi bundão para reforma agrária, não teve coragem de fazer desapropriação. Nos oito anos do Lula, a média era de 80 mil famílias [assentadas] por ano em áreas desapropriadas. Nos três anos da Dilma, a média foi 30 mil, porém a metade foi em projetos de colonização na Amazônia. Em área desapropriada mesmo, foi 15 mil. O governo sabe que está em dívida conosco", afirmou.

Depois da coletiva, ele falou sobre as eleições deste ano e ironizou a possibilidade de o empresário do setor sucroalcooleiro Maurilio Biagi Filho, filiado ao PR, ser indicado como vice do ex-ministro e pré-candidato petista ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha. "Ele [o ex-ministro] está se aliando com a parte falida do agronegócio, porque os poderosos do setor sucroalcooleiro são as empresas transnacionais: a Bunge, a Cargill, a Shell."

O ex-presidente Lula acredita que Biagi possa vencer a resistência de parte do agronegócio paulista ao PT no Estado. 

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Política

Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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