Política

ELEIÇÕES

Campos terá de escolher entre pesos-pesados

Campos terá de escolher entre pesos-pesados

FOLHAPRESS

10/02/2014 - 00h00
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Com a organização de uma campanha presidencial pela frente, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) ainda tem problemas a resolver no próprio quintal: definir seu candidato à sucessão e um nome para tentar o Senado. No caso da vaga para o Senado, há três opções que não têm facilitado a escolha do presidenciável. Dois são pesos-pesados da política local e outro, aliado de Marina Silva, provável vice de Campos. Os favoritos à indicação do governador são o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), 71, ex-rival e hoje aliado, e o ex-ministro da Integração Fernando Bezerra (PSB), 56. O primeiro ainda não disse se tentará a reeleição ao Congresso, enquanto o segundo quer ser o nome para o governo e não tem demonstrado apreço pelo Senado. Para completar, o PV local apresentou na semana passada o nome do secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, 51, apoiado pela Rede, grupo de Marina. O diálogo de Campos com os interessados foi retomado no último final de semana, quando o governador encontrou Jarbas Vasconcelos.

O senador não foi localizado pela reportagem para falar sobre o encontrou. Já Campos se recusou a informar o teor da conversa, mas confirmou que trataram de política. Aliados do senador dizem que ele quer saber quem será o candidato de Campos ao governo antes de se decidir sobre reeleição. Teme, dizem eles, falta de afinidade com o escolhido. Na disputa pela vaga de sucessor do governador aparecem quadros técnicos, como os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil) e Paulo Câmara (Fazenda), que poderiam adotar um discurso da "nova política" e deixar o senador desconfortável na chapa. Procurada, a assessoria de Vasconcelos nega que o senador esteja fazendo essa ponderação.

Chapa plural

Bezerra, por sua vez, espera não ser escanteado mais uma vez por Campos na semana passada, chegou a defender a candidatura de Jarbas Vasconcelos ao Senado. Em 2010, o ex-ministro queria ser senador, mas as duas vagas foram ocupadas por PT e PTB. Em 2012, o governador fez Bezerra transferir seu título eleitoral de Petrolina para o Recife, mas acabou escalando Geraldo Julio (PSB), atual prefeito, para a disputa municipal. Em seu favor, Bezerra afirma que o candidato ao governo tem que ser "político". Argumenta que Campos não terá condições de fazer a campanha do sucessor porque terá que promover o próprio nome nacionalmente. "Defendo que o PSB deva ter só a cabeça da chapa, e os demais cargos de Senado e de vice-governador devam ser preenchidos com parceiros da Frente Popular [chapa governista em PE]", disse Bezerra na semana passada.

Baseado neste discurso de "chapa plural", o PV apresentou o nome de Xavier e agora também espera para conversar com Campos sobre isso. "Temos nomes, a discussão começou a ser aberta e queremos discutir. Vamos aguardar o governador", disse o presidente do PV-PE, Carlos Augusto Costa. Xavier disputou o governo contra Campos em 2010, fazendo duras críticas à gestão ambiental do pessebista. No ano seguinte, foi convidado pelo governador para criar a pasta de Meio Ambiente no Estado e entrou no governo. Campos e a cúpula do PSB pernambucano dizem que a situação nos Estados será discutida neste mês, a partir do lançamento do documento que embasará o programa de governo nacional do partido.
 

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Política

Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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