Política

ELEIÇÕES 2024

Candidatos devem ter propostas para conselhos tutelares

Órgãos são autônomos, mas recebem apoio do poder municipal

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Órgãos municipais, os conselhos tutelares são peças fundamentais da garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esses órgãos são permanentes e autônomos, mas o cumprimento de suas atribuições depende do apoio do poder municipal.

A professora Simone Eliza Lessa, da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), explica que o eleitor deve buscar nas plataformas de seus candidatos a prefeito e vereador o compromisso com esses conselhos.

“Deve ser um compromisso de campanha dar visibilidade aos conselheiros tutelares, com formação continuada para os conselheiros e para as equipes técnicas, aproximação com as universidades para qualificar esse público e controle social dos conselhos tutelares. Há que ter acompanhamento do cotidiano”, disse a professora.

O Brasil tem, ao todo, 6.100 conselhos tutelares distribuídos por seus 5.570 municípios. Houve eleição em outubro do ano passado. Foram 30.500 conselheiros eleitos em todo o país.

As principais funções dos conselhos tutelares são  atendimento e orientação de crianças, adolescentes e seus pais ou responsáveis, fornecendo informações, esclarecendo dúvidas e orientando sobre os direitos e deveres de cada um. além disso, eles recebem denúncias, reclamações e demandas relacionadas a situações de risco ou violação dos direitos de crianças e adolescentes, e fiscalizam instituições, serviços e programas que atendem crianças e adolescentes, como escolas, creches, abrigos e centros de acolhimento.

“É preciso haver uma dimensão muito educativa do que é o papel do conselheiro. Infelizmente nesse contexto que a gente está vendo que os conselhos foram muito contaminados pelas polarizações religiosas e até pela ação da milícia”, disse a pesquisadora.

“Os conselhos precisam ser espaços visíveis e acessíveis. Todo mundo precisa saber onde fica o conselho tutelar. Tem que ser um prédio bem organizado, com infraestrutura, um carro para as visitas. Infelizmente, os conselhos têm estrutura que não são das melhores e isso depende do território onde ele está”.

A conselheira tutelar Patrícia Félix, do Rio de Janeiro, lembra que quem inaugura os conselhos são as prefeituras e que existe uma recomendação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) de um conselho para cada cem mil habitantes.

“Os prefeitos têm que olhar para o conselho tutelar com essa necessidade de não subalternizar o órgão. Os vereadores podem contribuir com a atualização da lei. As leis dos conselhos tutelares estão desatualizadas. Os vereadores têm uma função especial de não só aprimorar essas leis, mas como também de fiscalizar todos os repasses das verbas municipais, a situação atual dos conselheiros”, disse Patrícia.

*Com informações da Agência Brasil

 

ELEIÇÕES 2024

Justiça determina suspensão do perfil de Pablo Marçal no Instagram

Medida foi tomada após divulgação de laudo falso

05/10/2024 16h30

Pablo Marçal (PRTB) em um dos debates promovidos pré-eleição

Pablo Marçal (PRTB) em um dos debates promovidos pré-eleição Foto: Daniel Teixeira

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O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) suspendeu neste sábado (5), por 48 horas, o perfil no Instagram do candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB). A determinação é do juiz Rodrigo Capez.

A decisão foi tomada em notícia-crime apresentada pelo também candidato Guilherme Boulos (PSOL) após Marçal divulgar em suas redes sociais um laudo falso que apontaria o consumo de drogas por Boulos e a internação em uma clínica por surto psicótico.

Na decisão, o juiz Rodrigo Capez afirma que a conta de Pablo Marçal, no Instagram, "tem sido utilizada para a divulgação de fatos infamantes e inverídicos".

Além disso, ele aponta haver indícios de pelo menos quatro crimes previstos no Código Eleitoral. Segundo o magistrado, "trata-se de notícia de fatos concretamente graves, perpetrados às vésperas do pleito eleitoral, em tese, com o nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor".

Capez determinou ainda a instauração de inquérito pela Polícia Federal para apuração dos fatos.

*Com informações da Agência Brasil

ELEIÇÕES 2024

MPMS recebeu 569 denúncias de irregularidades nas eleições desde janeiro

Cerca de 86% das manifestações foram encaminhadas para devidas providências, enquanto os outros 14% foram arquivados; ouvidoria do órgão estará funcionando sob plantão neste final de semana

05/10/2024 16h00

Ouvidoria do MPMS realiza plantão para receber denúncias de irregularidades durante as eleições municipais de 2024

Ouvidoria do MPMS realiza plantão para receber denúncias de irregularidades durante as eleições municipais de 2024 Foto: MPMS

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Segundo números divulgados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), desde janeiro já foram feitas 569 manifestações por cidadãos referentes às eleições municipais deste ano, sendo que 86,73% (468) foram encaminhadas para execução das devidas providências e as outras 13,75% (71) foram arquivadas.

Campo Grande lidera como a cidade com maior número de denúncias feitas, com 173, seguido por Sidrolândia, com 40, e Itaporã, com 32. 99% das manifestações vieram por meio de formulário eletrônico, já os outros 1% foram feitas via e-mail. 

O MPMS anunciou que a ouvidoria do órgão estará funcionando sob plantão neste final de semana para poder receber denúncias de irregularidades referentes às eleições para prefeito e vereador, que acontecem neste domingo (6).

O plantão irá funcionar no sábado e domingo - dias 5 e 6 -, das 8h até às 16h. Há três maneiras de acionar o MPMS no caso de identificação de alguma irregularidade: formulário eletrônico feito via portal da ouvidoria (https://www.mpms.mp.br/ouvidoria); ligar para o número 127; ou presencialmente no prédio da ouvidoria do órgão em Campo Grande (Avenida Ricardo Brandão nº 232, bairro Itanhangá Park).

Denúncias contra candidatos

De 20 de julho a 31 de agosto, o MPMS apresentou 255 Ações de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) espalhados pelos 79 municípios sul-mato-grossenses, movidas por candidatos à prefeito ou vereador que não cumpriram os requisitos mínimos para concorrer aos cargos. Ainda, cerca de 7.644 processos estavam em tramitação no órgão na época de período eleitoral.

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