Política

ELEIÇÕES 2024

Capitão Contar não descarta ser vice de Adriane, que celebra a possível aliança

A prefeita de Campo Grande lançou oficialmente a pré-campanha à reeleição, mas não revelou quem será seu vice

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O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) confirmou, com exclusividade ao Correio do Estado, que não está descartada a possibilidade de ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que lançou oficialmente na noite de sexta-feira a pré-campanha à reeleição no pleito do próximo dia 6 de outubro.

 “Tenho muita coisa para alinhar antes de qualquer definição. Ainda vou conversar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) novamente para tomar essa decisão”, declarou o militar da reserva do Exército.

Para o Capitão Contar, essa é uma aliança que precisa ser muito bem costurada para não ter pontas soltas que mais para a frente deem problemas. Além disso, o nome de Adriane Lopes tem certa rejeição junto aos bolsonaristas e isso precisa ser levado em consideração.

Entretanto, pesa a favor da aliança do ex-deputado estadual com Adriane Lopes o fato de a prefeita não poder mais disputar a eleição municipal de 2028, abrindo caminho para que o Capitão Contar possa ser o legítimo sucessor ao cargo de chefe do Executivo da Capital.

O Correio do Estado conversou, também com exclusividade, com a prefeita Adriane Lopes durante o lançamento oficial da sua pré-campanha sobre a possibilidade de o Capitão Contar aceitar o convite para ser o seu vice e ela ficou muito contente com a chance. 

 “As alianças são muito bem-vindas e eu tenho um bom relacionamento com o Contar. Se ele vier para coligar conosco, eu vou ficar muito feliz. Trata-se de uma pessoa séria e responsável, além de ser conservador, de direita e que defende os mesmos valores que eu defendo”, declarou.
 

O EVENTO

Acompanhada do esposo, deputado estadual Lídio Lopes (sem partido), da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS), Adriane Lopes afirmou que “não tem medo dos poderosos”, que está confiante com o trabalho feito e se intitulou como a “única mulher prefeita conservadora de capitais do Brasil”.

O lançamento da pré-campanha foi no Bairro Vivendas do Bosque e, além de políticos, contou com a participação de apoiadores vestidos de verde e amarelo, a pedido da prefeita. Ela assumiu a chefia do Executivo municipal em 2022, quando o então prefeito Marquinhos Trad, que na época era do PSD e hoje está no PDT, do qual era vice, renunciou para concorrer às eleições gerais para governador, que terminou com Eduardo Riedel (PSDB) eleito.

Ela tentará, neste ano, ser a primeira prefeita eleita por voto na Capital e destacou que já sofreu preconceitos por ser mulher, além de ressaltar o trabalho realizado nos últimos dois anos à frente da gestão municipal. 

“Vocês sabem como eu assumi a gestão, muitos sabem as batalhas travadas, as noites sem dormir, os desafios e muitos ainda disseram: ‘ela não vai dar conta’. Estamos aqui para celebrar avanços, conquistas, fizemos o que ninguém fez nessa cidade, se disserem que não tem problemas, vão estar mentindo, uma cidade de quase um milhão de habitantes tem problemas sim, não vamos maquiar, mas com equipe, trabalho sério e responsabilidade, nós temos coragem para fazer o certo”, discursou.

 Adriane Lopes completou que não tem “medo dos poderosos deste estado, já sofri muito preconceito, mas a senadora Tereza Cristina sempre disse que ‘nunca seja vítima, avance com coragem, vá com fé, força e determinação e não abaixe a cabeça para nenhuma situação”. “Quando se assume a gestão, assume o que é bom e o que é ruim e o que é ruim estamos dando solução”, disse.

Ao fim do discurso, ela afirmou que Campo Grande não está à venda e que ela espera continuar com o trabalho de fazer da Capital uma capital de oportunidades.

A senadora Tereza Cristina e, sem citar nomes, destacou que os percalços, como o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que era esperado, mas acabou não se concretizando, não a farão soltar a mão de Adriane Lopes.

“O PP está muito feliz de estar lançando a única prefeita conservadora. Eu sei os cachos de banana que puseram no seu caminho para você cair, mas você, a cada dia, acorda disposta e vai lá sem mimimi e vencer, passa por cima e resolve os problemas. Cada dificuldade que colocam na nossa frente, nos dá mais força”, afirmou.

“Campo Grande precisa da continuidade e da estabilidade de alguém que conheça suas demandas e tenha capacidade para resolvê-las. As alianças regionais devem compartilhar nossos princípios, que devem respeitar o nosso alinhamento nacional. Fazemos parte de um projeto maior, rumo a um Brasil soberano, forte e respeitado, mas Campo Grande merece e exige continuar no caminho certo e você é a única pré-candidata nesta cidade que representa de verdade esses valores: pátria, liberdade e família”, acrescentou a senadora.

O deputado federal Dr. Luiz Ovando também citou o que chamou de casca de banana no caminho de Adriane Lopes. “A prefeita foi vítima e todos fomos pegos de surpresa por atitudes hostis, infidelidade e agressividade em que se jogou tudo na lata do lixo, não só a casca de banana, mas a penca inteira na tentativa de derrubar a prefeita. Não podemos aceitar esse tipo de comportamento, não se pode aceitar atitudes rasteiras de quem quer que seja, venha de onde vier, nós vamos vencer”, discursou.

CRISE POLÍTICA

Permanência do PT na administração do governador Riedel divide o partido

Provável presidente da sigla, o deputado federal Vander Loubet defende que legenda mantenha os cargos no governo estadual

08/04/2025 08h00

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto Foto: Giovanni Colett/Divulgação

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A publicação feita pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) nas suas redes sociais, defendendo a anistia irrestrita aos presos do 8 de janeiro de 2023, que provocaram um quebra-quebra na sede do Superior Tribunal Federal (STF), no Congresso e no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), causou uma divisão dentro da executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul.

Uma ala do partido defende a imediata saída da legenda da administração estadual, entregando os vários cargos que ocupa e até o comando da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), enquanto outro grupo atende que o PT deve continuar na gestão de Riedel como uma forma de marcar presença até, pelo menos, que ele decida para qual partido vai migrar ou se vai continuar no ninho tucano.

Entre os que defendem a permanência no governo Riedel, está o deputado federal Vander Loubet (PT), que informou sobre a reunião da executiva estadual do partido na manhã de ontem, em Campo Grande.

“Na reunião, não houve nenhum tipo de decisão no sentido de que o PT vá deixar a base ou vai abandonar de vez o governo Riedel”, revelou ao Correio do Estado.

O parlamentar explicou que tanto ele quanto outras lideranças do partido, como o deputado estadual Zeca do PT, já se manifestaram contra a posição do governador sobre a questão da anistia aos presos que depredaram os prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

“No entanto, o fato de haver divergência a respeito desse tema não significa que o PT tenha que abandonar o governo Riedel, ou ainda pior, cortar relações. Muito pelo contrário, entendemos que o governo estadual continua sendo um governo em disputa, ou seja, que o PT precisa ocupar os espaços dentro dele para conseguir colocar em prática as políticas públicas”, argumentou. 

Para ele, o partido entende que a implantação de políticas públicas é importante, principalmente as voltadas para a questão da agricultura familiar, que envolve os assentados da reforma agrária, bem como a questão dos povos indígenas e dos quilombolas, que é uma pauta importante para o PT.

Ainda em relação à permanência ou não do PT na base de apoio do governo Riedel, ocupando cargos e espaços na gestão estadual, Loubet entende que ainda há muitos outros fatores, sendo necessário o partido aguardar para tomar qualquer tipo de decisão.

“É necessário aguardar para ver para que partido o governador Eduardo Riedel vai migrar, se vai continuar no PSDB, se vai para alguma outra legenda. Isso é um elemento que pode pesar em uma decisão dessas, portanto, ainda temos muitas questões para se aguardar e, só depois, analisar uma decisão como essa”, explicou ao Correio do Estado.

CONTRÁRIOS

Entre os que são favoráveis à debandada do PT do governo Riedel está o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que defendeu que o partido precisa deixar a base aliada da gestão estadual.

“Acredito que chegou a hora do PT desembarcar desse governo. Não é possível conviver com um governo que apoia golpistas e não tem apreço pela democracia”, declarou.

O parlamentar defendeu que o compromisso do PT em Mato Grosso do Sul é com a reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições gerais do ano que vem.

“O atual governo lidera um projeto de combate às desigualdades sociais, defesa da democracia e crescimento sustentável. Precisamos apresentar uma proposta coerente com essa visão. Sem anistia para golpistas. Golpe nunca mais. Democracia sempre”, reforçou.

Além de criticar a fala de Riedel, a deputada estadual Gleice Jane (PT) também defendeu que o partido se retire da base de apoio ao governo estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). De acordo com ela, a posição do governador gera preocupação, indignação e questionamentos, tendo em vista que, após os atos de vandalismo, Riedel foi até Brasília e caminhou com o presidente Lula ao pedir justiça pelos atos.

“Permitir que os responsáveis por atos de violência, destruição e ameaças à democracia sejam isentos de punição representa um retrocesso perigoso para o povo brasileiro, e a postura adotada pelo chefe do Executivo sul-mato-grossense coloca em risco a segurança do povo. Por isso, reafirmo minha posição de que o PT não pode mais compor este governo”, finalizou.

Saiba - Executiva critica Riedel e prioriza reeleger Lula

A executiva estadual do PT considerou inaceitável a manifestação do governador Eduardo Riedel em favor da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. A direção cobrou coerência dele, tendo em vista que o PT apoiou a candidatura dele no segundo turno das eleições de 2022.

As consequentes medidas políticas decorrentes dessa posição serão tomadas em consonância com a base, levando em conta a prioridade de reeleger o presidente Lula, com ampliação das bancadas e a conquista de uma das vagas ao Senado.

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Política

Trump diz que EUA estão em 'conversas diretas' com Irã e confirma reunião bilateral

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca

07/04/2025 20h00

Deputados de MS acompanham posse de Trump

Deputados de MS acompanham posse de Trump Reprodução redes sociais

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda, 7, que seu governo está em "conversas diretas com o Irã" e classificou como "muito importante" uma reunião bilateral prevista para o próximo sábado "Prefiro que cheguemos a um acordo com o Irã", disse, sem revelar o local do encontro. "Não posso falar mais desse encontro, nem onde será", acrescentou.

O tom, no entanto, foi ambíguo. Apesar de demonstrar otimismo ao afirmar que espera que as "conversas com o Irã sejam muito positivas", Trump foi rígido ao dizer que, se não houver avanços, "será um péssimo dia para eles". Ele também reiterou uma das principais exigências dos EUA na questão nuclear: "Posso falar que o Irã não pode ter armas nucleares."

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. "Eles não podem ter armas nucleares", concordou o premiê, que afirmou ter conversado com Trump sobre tarifas, reféns e Gaza. Segundo ele, os dois países trabalham em "outro acordo sobre Gaza para derrotar o Hamas" e em uma nova troca de reféns. Trump também comentou a situação no território: "Seria ótimo ter uma força americana controlando parte da Faixa de Gaza", disse. "Gaza é um ótimo local, mas que ninguém quer viver ali agora."

Em meio ao alinhamento diplomático, Netanyahu sinalizou disposição para avançar em questões comerciais com Washington. "Reconheço que precisamos ter relações comerciais justas com os EUA. Vamos eliminar o déficit comercial e barreiras comerciais", afirmou. Mesmo com a promessa de Netanyahu, Trump destacou que não deve eliminar as tarifas aplicadas sobre importações de Israel aos EUA.

Em paralelo, o governo dos EUA intensificou a retórica contra os Houthis. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que "foram três péssimas semanas para os Houthis e isso vai piorar". Segundo ele, Washington foi "muito claro ao Irã para que não apoiem os Houthis ainda mais" e prometeu aumentar a pressão. Trump reforçou a mensagem: "Nosso exército está muito poderoso e continuará assim."

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