Política

PROTEÇÃO À CRIANÇA

Caso Sophia: deputados criticam omissões e cobram aplicação de leis

Parlamentares lamentaram morte da menina de 2 anos e protocolaram propostas em defesa de crianças e adolescentes

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A morte de Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, morta após sofrer agressões e abusos sexuais do padrasto e da mãe, gerou críticas de deputados estaduais de Mato Grosso do Sul a série de fatores e omissões que culminaram na fatalidade.

Na sessão desta terça-feira (7), os deputados também protocolarem vários projetos de lei em defesa à criança e ao adolescente e cobraram providências do poder público.

Coronel David (PL) relembrou que há lei aprovada pela Assembleia Legislativa, no ano passado, que determina que unidades de saúde comuniquem a ocorrência de maus tratos e violência contra crianças, adolescentes e idosos e pediu para que a lei seja efetivamente aplicada.

“É uma barbárie que presenciamos e essa Casa precisa verificar e cobrar efetividade das leis aprovadas", disse.

O deputado disse não querer fazer julgamentos sem antes ser encerrado o inquérito, mas criticou o fato dela ter dado entrada 30 vezes em unidades de saúde, sem denúncias encaminhadas aos órgãos responsáveis.

"Ela foi atendida por diversas vezes e, se as pessoas tivessem cumprido essa lei, talvez poderíamos ter evitado esse crime", acrescentou.

Ela foi atendida por diversas vezes e se as pessoas tivessem cumprido essa lei, talvez poderíamos ter evitado.

Coronel David afirmou ainda que lei de 2017 criou o Cadastro Estadual de Pedófilos, mas que, em cinco anos, há apenas quatro criminosos cadastrados, enquanto há mais de 100 ocorrências de estupros apenas em janeiro.

Ele disse que irá apresentar um projeto de lei para aprimorar a lei e  determinar que as fotos dos criminosos divulgados estejam em postura de frente para a câmera e não de perfil, como estão as atualmente divulgadas.

O deputado Pedro Kemp (PT) também criticou a falta de denúncias e disse que há falhas na rede de proteção às crianças e adolescentes, no correspondente a falta de comunicação de médicos e enfermeiros, com os indícios de violência.

Ele também criticou a atuação do Conselho Tutelar em não conceder a guarda pedida pelo pai biológico de Sophia.

“Precisamos investigar também se houve caso de homofobia, pois o pai de Sophia, casado com outro homem, pediu a guarda que não teria sido concedida. Por que será? Tenho certeza que se ela estivesse em poder de seu pai e companheiro ela estaria viva", disse.

Ele também criticou o fato de vizinhos não terem feito denúncias sobre o caso.

"Os vizinhos denunciaram os maus tratos ao cachorro de Sophia, mas não à criança", comentou.

Lidio Lopes (Patriota) destacou o número de atendimentos em 2 anos e 7 meses da menina, mas disse que os médicos não identificaram sinais de violência e, por este motivo, não teriam denunciado.

"Campo Grande tem equipes preparadíssimas para detectar esses problemas, porque, infelizmente, temos os maiores índices do Brasil. Agora o que precisa ser visto é o fato que a mãe a levou ao posto já em óbito há horas. Ela permitiu seu companheiro? Barbárie. Temos feito esse enfrentamento. É inadmissível”, lamentou.

Os deputados Antonio Vaz (Republicanos), Rinaldo Modesto (Podemos) e João Henrique (PL) também se manifestaram e solicitaram providências para evitar que o caso se repita.

Projetos

O caso motivou a propositura de três projetos de lei.

Mara Caseiro propôs que seja instituído pagamento de recompensa por informações que auxiliem órgãos de segurança nas investigações e que sejam uteis na prevenção, repreensão e investigação dos casos de violência contra crianças e adolescentes.

Ela também protocolou projeto para a criação de um programa estadual de combate à violência.

"O objetivo é capacitar professores, pedagogos, psicólogos e conselheiros para que identifiquem rapidamente crianças que estejam vivendo em situações de violência doméstica", disse.

Em caso de indícios, órgãos e conselhos devem ser notificados para medidas cabíveis.

Já o deputado Rafael Tavares (PRTB) propôs Projeto de Lei que pretender instituir a Política Estadual de Proteção à Criança e Adolescente Vítima de Crimes e Maus Tratos.

Entre as ações propostas está a criação de um Centro de Atendimento Integrado para o público infantojuvenil vítimas ou testemunhas de violência. 

Política

Rio terá ponto facultativo na quarta em dia com finais envolvendo Flamengo e Vasco, diz Paes

Prefeito disse que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas

15/12/2025 23h00

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro Foto: Tiago Ribeiro / Agif

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu uma boa notícia para os torcedores de Flamengo e Vasco. Ele anunciou em seu perfil no X, que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas.

Campeão da Libertadores, o rubro-negro entra em campo às 14h, em Doha, no Catar, para disputar o troféu da Copa Intercontinental em jogo único contra o Paris Saint-Germain, vencedor da Champions League. O confronto acontece no estádio Ahmad Bin Ali.

Já o Vasco inicia a briga pelo título da Copa do Brasil pelo compromisso de ida das finais do torneio contra o Corinthians. O duelo está marcado para as 21h30, em São Paulo, na Neo Química Arena. O confronto de volta será no próximo domingo, às 18h30, no Maracanã.

"Ainda bem que o prefeito é vascaíno, e o governador Cláudio Castro (PL) é flamenguista! Então é isso: quarta-feira tem ponto facultativo a partir do meio-dia. Aproveitem, torçam bastante, mas com responsabilidade e respeito. Boa semana e bons jogos", diz o texto da postagem.

Maiores detalhes sobre o assunto vão ser publicados em um decreto nesta terça-feira no Diário Oficial do Município.

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Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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