Política

Mensalão

Condenado trabalhará em hospital

Condenado trabalhará em hospital

G1

09/01/2014 - 00h00
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A Justiça de Mato Grosso autorizou o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), condenado no esquema do mensalão a 7 anos e 2 meses de prisão no regime semiaberto, a trabalhar como coordenador de Clínica Médica do hospital particular Santa Rosa, em Cuiabá. Pedro Henry, acompanhado por dois advogados, participou de uma audiência na tarde de ontem (8) na Vara de Execuções Penais, no Fórum da capital. O emprego deve render ao ex-deputado um salário de R$ 7,5 mil.

Durante 30 minutos, o ex-deputado esteve reunido com o juiz Geraldo Fidélis, que concedeu a liberação ao réu em trabalhar das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, conforme a declaração de proposta de emprego apresentada à Justiça. Ao ser questionado pelo G1, Henry disse apenas que não iria comentar o caso. Sereno e sem esboçar reações, o ex-parlamentar deixou o Fórum já com a autorização para poder exercer o novo cargo.
O anexo da Penitenciária Central do Estado, onde o réu cumpre a pena, determina que ele pode ficar fora da unidade a partir das 6h e deverá retornar às 19h. Já aos sábados ele poderá estar ausente até as 14h. Aos domingos e feriados, Pedro Henry deve ficar no sistema fechado.

O juiz fixou seis condições para a permanência de Pedro Henry fora do anexo, sendo uma delas o cumprimento do horário estabelecido e o uso de tornozeleira eletrônica, assim que for liberado pelo governo. Também deverá comprovar a respectiva função no cargo de trabalho nos próximos 30 dias. Pedro Henry também está proibido de frequentar lugares considerados pela Justiça inapropriados, como casa de prostituição e de jogos. O uso de armas e ingestão de bebidas alcoólicas também estão proibidos. “Ele cumprirá pena como qualquer outro reeducando”, disse o juiz Geraldo Fidélis em entrevista ao G1 logo após a audiência.

Pedro Henry é médico legista e deixou o cargo público há quase 20 anos para ingressar na política. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e ao pagamento de multa no valor de R$ 932 mil. O juiz ressaltou que o ex-parlamentar propôs destinar um valor mensal para o pagamento da multa determinada pelo Supremo. “Ele pretende ratear o salário que vai receber, com despesas familiares e o pagamento da multa. Porém a conversa foi informal e solicitei ao réu que me encaminhe documentalmente a forma que pretende utilizar o dinheiro que irá receber, já que sua conta bancária pessoal está bloqueada judicialmente”, explicou.

Ele foi transferido de Brasília para Cuiabá no dia 27 de dezembro, escoltado por policiais federais, e atualmente divide a cela com mais presos. Todos réus condenados em ações cíveis e que possuem nível superior. A reportagem do G1 teve acesso exclusivo ao anexo da Penitenciária Central, onde Henry cumpre pena. Ele conta apenas com um espaço de 20 metros quadrados, com cinco camas, uma pequena televisão e um miniventilador.

Dentro do quarto, o espaço também é dividido com um armário e ainda há um pequeno banheiro. Os quartos normalmente têm cinco detentos, mas atualmente há apenas três. Já do lado de fora, os reeducandos contam com uma geladeira, uma grande mesa para as refeições e ainda uma estante cheia de livros, servindo como biblioteca para os adeptos à leitura. Além disso, os detentos no regime semiaberto cuidam de uma horta, que contribui para a remissão da pena.

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Política

Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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