Política

SEGUNDO TURNO

De olho no comando da Câmara, Papy teria colocado um pé em cada canoa

Enquanto o vereador apoiou a prefeita Adriane Lopes (PP), a equipe de gabinete estava com Rose Modesto (União Brasil)

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Com a reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), as atenções agora estão todas voltadas para a escolha do próximo presidente da Câmara Municipal para o biênio 2025-2027, e o mais novo postulante ao cargo é o vereador Epaminondas Vicente Silva Neto (PSDB), o Papy, que já contaria com o apoio do atual presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão.

Além disso, com a vitória de Adriane, o parlamentar espera também contar com o apoio dela, afinal, Papy atuou na campanha eleitoral da prefeita no segundo turno das eleições e entende que o aval dela para disputar a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande seria uma retribuição justa da chefe do Executivo.

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No entanto, o Correio do Estado recebeu informações de que o interesse de Papy no comando da Casa de Leis surgiu bem antes do fim do segundo turno, tanto que, enquanto o vereador estava no palanque de Adriane Lopes, sua equipe de gabinete estava trabalhando pela eleição da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) para o cargo de nova gestora da Capital.

Esse foi o caso do assistente parlamentar Nikythelms Cristoffer Guesso, que, apesar de estar lotado no gabinete de Papy, estava fazendo campanha eleitoral para Rose Modesto, ou seja, indo contra o próprio chefe na Câmara Municipal. Ele foi nomeado para o cargo no dia 1º de julho de 2023, conforme publicação no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) do dia 14 de julho de 2023.

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Outro integrante do gabinete de Papy que também atuou na campanha eleitoral de Rose Modesto no segundo turno das eleições municipais foi o assistente parlamentar Lucas de Paula Camargo, que foi nomeado para o cargo no dia 1º de março deste ano. Inclusive, Nikythelms Guesso e Lucas de Paula aparecem em suas redes sociais com Rose Modesto e com o suplente de vereador Neldo Peters Júnior (PDT), respectivamente.

Agora, com a revelação desse possível jogo duplo de Papy, que, para garantir a presidência da Casa de Leis, estava com um pé em cada canoa, a chance de ser o escolhido deve ficar menor, afinal, Adriane Lopes acabou de sofrer uma traição por parte do vereador João Rocha (PP), que, mesmo sendo progressista e ex-secretário municipal de Governo e Relações Institucionais na gestão dela, declarou apoio a Rose Modesto no segundo turno.

Também é um fator complicador da pretensão de Papy o fato de o PP ter dois possíveis postulantes à presidência da Câmara Municipal, os vereadores reeleitos Beto Avelar, Delei Pinheiro e Professor Riverton.

Portanto, para dar continuidade ao projeto de presidir a Casa de Leis, Papy terá de contar apenas com o apoio de Carlão. Fontes ouvidas pelo Correio do Estado informaram que Papy e Carlão teriam acertado uma dobradinha, com o primeiro concorrendo à presidência da Câmara e o segundo ocupando o cargo de primeiro-secretário.

OUTRO LADO

À reportagem, Papy explicou que os dois comissionados teriam problemas pessoais com a prefeita e, por isso, não poderiam apoiar a candidatura dela.

“Não poderia obrigar que eles apoiassem a Adriane. Eles são meus assessores parlamentares, e não meus bichinhos de estimação. O que eles postam na rede social deles não é problema meu. Isso não pode ser usado para questionar o meu apoio à prefeita”, afirmou o vereador, completando que “eles não são robôs, mas pessoas com sentimentos”.

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Golpe militar

Entenda o que é a lei marcial declarada na Coreia do Sul

É a primeira vez desde 1980 que a democracia do país entra em crise

03/12/2024 15h30

Yoon Suk-yeol, presidente sul-coreano de extrema-direita

Yoon Suk-yeol, presidente sul-coreano de extrema-direita Reprodução

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O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol surpreendeu o mundo ao decretar lei marcial em todo o país nesta terça-feira (3). A medida, anunciada em um pronunciamento televisivo, representa uma drástica mudança no cenário político da nação considerada uma das democracias mais robustas da Ásia.

Contexto político

O presidente Yoon Suk Yeol, eleito em 2022 pelo conservador Partido do Poder Popular (PPP), enfrenta significativos desafios para implementar sua agenda devido à maioria parlamentar da oposição. O Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, controla a Assembleia Nacional, criando um impasse legislativo.

Os posicionamentos divergentes geram diversos pontos de tensão no país. Dentre os principais, pode-se listar:

  • Impasse orçamentário: O governo e a oposição estão em conflito sobre o orçamento do próximo ano.
  • Escândalos políticos: Yoon tem rejeitado pedidos de investigações independentes sobre escândalos envolvendo sua esposa e altos funcionários.
  • Acusações mútuas: O presidente acusa a oposição de simpatizar com a Coreia do Norte e realizar atividades antiestado, enquanto a oposição critica a postura autoritária do governo.

O que é a lei marcial?

A lei marcial é um instrumento legal que suspende temporariamente o governo civil, transferindo a autoridade para as forças armadas. Na prática, isso significa:

  • Suspensão de direitos civis e liberdades fundamentais
  • Substituição da legislação normal por leis militares
  • Controle militar sobre instituições governamentais e mídia
  • Proibição de atividades políticas, incluindo as do Parlamento
  • Possibilidade de prisões e buscas sem mandado judicial

Justificativas e reações

Yoon justificou a medida como necessária para "proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas" e "erradicar as forças antiestado". No entanto, a decisão enfrentou forte oposição:

  • Partidos de oposição classificaram a ação como "inconstitucional" e um "golpe contra a democracia"
  • Membros do próprio governo criticaram a medida
  • O chefe da Polícia convocou uma reunião de emergência para discutir a situação
  • Protestos eclodiram em várias cidades, com o Parlamento sendo fechado e bloqueado
  • O Parlamento votou unanimemente para rejeitar a lei marcial, criando um impasse constitucional

Impactos

A imposição da lei marcial levanta sérias preocupações sobre o futuro da democracia sul-coreana:

  • É a primeira vez que o país adota tal medida desde o fim da ditadura militar nos anos 1980
  • Há temores de possíveis violações de direitos humanos e repressão política
  • A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, está monitorando de perto a situação
  • Analistas alertam para possíveis impactos econômicos negativos, incluindo queda na moeda local e fuga de investimentos

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Rota da Celulose

"Iniciativa privada não investe por caridade", diz Gerson Claro após fracasso em leilão

Presidente da Assembleia Legislativa disse que projeto será remodelado por questões de mercado

03/12/2024 15h00

Encontro fechado aconteceu na manhã desta terça-feira (3)

Encontro fechado aconteceu na manhã desta terça-feira (3) Foto: Marcelo Victor

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Após fracasso no leilão da Rota da Celulose, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro (PP), destacou que a “iniciativa privada não investe por caridade” e que o projeto que visa à concessão de 870 quilômetros de rodovias das BRs 262, 267 e MS-040, na região leste do Estado deve ser remodelado pelo Governo do Estado em 2025.

“Ela (iniciativa privada) vai pôr dinheiro onde há viabilidade econômica do projeto. O governo vai fazer essa modelagem e certamente vai trazer um projeto que seja viável”, falou Gerson Claro, em reunião com o governador Eduardo Riedel (PSDB) além de outros parlamentares, encontro fechado.

A declaração acontece após nenhuma empresa do setor de logística apresentar propostas ao projeto, em voga nesta segunda-feira (2) na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo. O prazo para recebimento dos envelopes encerrou-se ao meio-dia, sem que houvesse qualquer manifestação de interesse.

O concessionário que vencesse o leilão teria de investir cerca de R$ 9 bilhões nos próximos 10 anos, sendo R$ 6 bilhões destinados a melhorias em infraestrutura e ampliação de capacidade (Capex) e R$ 3 bilhões a investimentos operacionais. A concessão seria válida por 30 anos.

“Fracasso se tivesse feito uma modelagem mal feita, um contrato mal feito e não tivesse acontecido.Nós chamamos de fracasso, por exemplo, o contrato feito em 2013 com a CCR. Só vamos duplicar se tiver financeiro, se o mercado aceitar por aquele valor (R$ 9 bilhões), fazer a rodovia e cobrar pedágio.”, disse o deputado, que espera novas propostas para o ano que vem. 

Trechos das rodovias previstos no edital:

  • BR-262: de Campo Grande a Três Lagoas
  • BR-267: de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul
  • MS-040: de Campo Grande a Santa Rita do Pardo
  • MS-338: de Santa Rita do Pardo a Bataguassu
  • MS-395: de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267

Os trechos incluem Campo Grande à divisa com o Estado de São Paulo, em Três Lagoas, e Nova Alvorada do Sul até a divisa paulista, em Nova Porto XV, distrito de Bataguassu.

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