Política

MATO GROSSO DO SUL

Deputados estaduais pedem abertura de CPI para investigar governador

A Comissão tem até 120 dias para apresentar relatório das investigações

IZABELA JORNADA

08/06/2017 - 13h18
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Está nas mãos do presidente da Assembleia Legislativa a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de irregularidades fiscais do Estado, delatadas pelos empresários e donos de frigoríficos da JBS, Joesley e Wesley Batista. Isto porque deputados que integram a Comissão Especial fizeram requerimento, hoje, durante sessão.

Se não houvesse a comissão especial, a CPI já poderia ser criada, pois o autor do pedido, deputado Paulo Corrêa (PR), já reuniu dez assinaturas de parlamentares, sendo que, para legitimar abertura de CPI, são necessários apenas oito nomes. Porém, como já existia a comissão especial, Mochi pediu para encaminhar o requerimento ao jurídico do Legislativo.

Confiante de que não encontrarão barreiras para abertura, Corrêa já marcou reunião na próxima quarta- feira. "Convido toda população para acompanhar o início das investigações, às 15:30 no plenarinho da Casa", disse.

CPI

Para abertura da CPI é necessário apresentar objeto determinado e lapso temporal. "O objeto são os cinco contratos delatados e o lapso temporal será de 2010 a 2017", explicou Corrêa.

Além do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), as investigações vão abranger os dois ex-governadores José Orcírio do PT e André Puccinelli do PMDB. "Foram delatados um acordo com Zeca, três com Puccinelli e um com Azambuja", disse Corrêa.

Os quatro deputados do PT assinaram a favor da criação da CPI, (Pedro Kemp, Cabo Almi, Amarildo Cruz e João Grandão). "Agora melhorou. Vou ser presidente da CPI", disse Kemp.

Mesmo com a declaração de Kemp, o presidente da Casa já avisou que na próxima sessão, os líderes de bancada, vão anunciar os nomes para nova votação de integrantes que vai compor a CPI.

Além da bancada do PT, Corrêa reuniu assinatura dos deputados Herculano Borges (SD), três parlamentares do PSDB (Flávio Kayatt, Beto Pereira e Maurício Picarelli) e também do Coronel David (PSC).

MUDANÇA

Ontem (07), integrantes da Comissão Especial decidiram reverter a comissão para CPI. "Apresentei argumento e aceitaram. Teremos mais poder nas investigações", declarou o presidente da comissão especial, Paulo Corrêa (PR).

Uma das motivações da mudança é que na CPI os parlamentares poderão usar da força policial, caso os convocados para apresentarem depoimentos não compareçam. "Vamos chamar até os delatores para ouvi-los", disse Corrêa.

INVESTIGAÇÕES  

A CPI tem até 120 dias para apresentar relatório das investigações. Além de investigar irregularidades fiscais, deputados vão apurar denúncias tributárias, bem como a emissão de notas frias emitidas por pessoas físicas e jurídicas, no montante de R$ 45.631,03, em contraprestação a suposta concessão indevida de benefícios fiscais pelo Estado de Mato Grosso do Sul, conforme relatado, no anexo 21, do pré-acordo de delação premiada, firmado com o procurador geral da República, Rodrigo Janot.

Política

Moraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros sete

Caberá ao ministro Cristiano Zanin marcar a data do julgamento no STF

13/03/2025 20h00

Moraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros sete

Moraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros sete FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta quinta-feira (13) para julgamento a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e mais seis investigados pela trama golpista.Moraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros seteMoraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros sete

Com a liberação da denúncia para julgamento, caberá ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, marcar a data do julgamento.

Os ministros do colegiado vão decidir se Bolsonaro e os demais acusados viram réus e passam  a responder a processo criminal na Corte pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada,  dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A denúncia que será julgada envolve o núcleo 1 da investigação sobre a trama golpista,  acusado de liberar a tentativa de impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Lula da Silva.

Foram denunciados:

  • Jair Bolsonaro - ex-presidente da República
  • General Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro em 2022)
  • General Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
  • Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal);
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
  • Paulo Sérgio Nogueira (general do Exército e ex-ministro da Defesa);
  • Mauro Cid (delator de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).

Primeira Turma

O processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

 Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

 Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

 A data do julgamento ainda não foi definida. Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025.

senado

Tereza Cristina é eleita vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores

A CRE é uma das comissões mais antigas do Senado, ao lado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

13/03/2025 19h08

Senadora Tereza Cristina

Senadora Tereza Cristina Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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A senadora Tereza Cristina foi eleita, por aclamação, vic-presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), nesta quinta-feira (13), para o biênio 2025-2026.

A reunião foi conduzida pelo presidente, o senador Nelsinho Trad (PSD), que já está no cargo desde fevereiro.

Tereza Cristina era a única candidata para a vice-presidência e foi eleita por votação simbólica, quando não há contagem formal dos votos favoráveis. 

   

"Estou muito feliz em poder ajudar nesta comissão que é uma das mais importantes desta Casa", disse a senadora, em pronunciamento após sua eleição.

Tereza afirmou ainda que organismos internacionais podem ser peças importantes para frear os impactos na mudança das relações comerciais internacionais, como as novas tarifas que os Estados Unidos passaram a cobrar de países estrangeiros.

É o caso da Organização Mundial do Comércio (OMC), que trata das regras do comércio entre as nações e que ela considera hoje “esvaziada”.

“Os países deveriam tentar reerguer e colocar o peso que essa instituição merece nas relações comerciais do mundo”, ressaltou Tereza.

Comissão

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) tem 19 membros titulares e 19 suplentes e é uma das comissões mais antigas do Senado, ao lado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

As duas são as únicas que estão em atividade contínua desde antes da promulgação da Constituição Federal, em 1988.

Além de temas referentes às relações internacionais do Brasil (incluindo escolha de embaixadores e comércio exterior), a CRE também trata de questões relacionadas à defesa nacional e às Forças Armadas.

* Com Agência Senado

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