Política

Política

Eduardo afirma que Tarcísio não é o candidato esperado pelo eleitor bolsonarista

O deputado federal, afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não é o candidato esperado pelos bolsonaristas

Continue lendo...

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não é o candidato esperado pelos bolsonaristas. Para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "o perfil do Tarcísio, realmente, não é de combate esse de establishment", uma vez que o governador "tem pessoas, no seu primeiro escalão e secretarias, que são ligadas ao PSOL e ao PT". A declaração foi dada nesta segunda-feira, 1º, em entrevista ao canal Claudio Dantas, no YouTube.

"Eu não estou criticando o Tarcísio. O Tarcísio tem um excelente caráter, é uma pessoa que é honesta, nunca fiquei sabendo de envolvimento de corrupção nem nada. É um bom gestor? É um bom gestor. Mas faz política de uma maneira diferente e eu acho que a nossa base espera outra coisa quando vota em nós", afirmou o deputado durante a entrevista.

Eduardo também negou que outros possíveis presidenciáveis de direita representem o bolsonarismo, mas defendeu as candidaturas destes. "Quando a gente fala em relação, não só ao Tarcísio, mas ao Ronaldo Caiado (União) e ao Ratinho Júnior (PSD-PR), que são pessoas mais do centro, centro-direita ou as vezes até do centro um pouquinho para a esquerda, quando a gente fala destes outros candidatos, eu não vejo qual é o prejuízo para o eleitor se ele tiver todas essas pessoas concorrendo. Deixa o eleitor decidir"

As declarações de Eduardo se dão em um cenário em que a candidatura de Tarcísio ao Planalto em 2026 ganha cada vez mais apoio. Em contrapartida, Bolsonaro se encontra inelegível até 2030 e, apesar de estar às vésperas de seu julgamento, sustenta que irá concorrer no próximo pleito e não indicou um sucessor. Os filhos do ex-presidente têm criticado articulações para substituí-lo na corrida eleitoral de 2026.

Quando questionado se poderia suceder Jair Bolsonaro, Eduardo disse que "pelo respaldo popular que tenho, acredito que sim", mas endossou uma candidatura do pai em 2026. "A minha ideia não é sair candidato à Presidência no ano que vem. Eu só o farei em caso de necessidade", ressaltou.

"Na impossibilidade de Jair Bolsonaro, eu quero levar adiante a voz da direita. A gente já tem a chancela do sobrenome Bolsonaro, a experiência no Parlamento, experiência internacional", defendeu Eduardo, elencando os pontos positivos de uma candidatura própria.

Na escalada de tensão com Tarcísio, Eduardo até mesmo afirmou, na última sexta-feira, 29, que ele e sua família podem deixar o PL se o governador de São Paulo migrar para a sigla, uma proposta que foi feita pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na segunda-feira, 25, caso o chefe do Executivo paulista fosse concorrer à Presidência.

Assine o Correio do Estado

Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

Assine o Correio do Estado

TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

Continue Lendo...

À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).