No Dia Mundial do Meio Ambiente e em meio a estiagem histórica, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, assinou hoje, em Brasília (DF), um pacto federativo com foco no combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia.
A cerimônia, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, estabelece pacto de cooperação entre o governo federal e os estados para a prevenção e controle de incêndios florestais, uma medida reforçada pela recente declaração de situação crítica de escassez hídrica na bacia do Rio Paraguai pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
A assinatura do pacto surge como resposta às constantes ameaças de incêndios e à necessidade urgente de estratégias integradas de prevenção. Em maio, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul já haviam participado de uma oficina de planejamento para este fim. No evento, a ministra Marina Silva destacou a importância da prevenção em sua fala, enfatizando que os custos de remediação são sempre superiores aos da prevenção.
O plano de prevenção resulta de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e será submetido ao Conselho Nacional de Justiça para a coordenação das ações.
As medidas adotadas pelo Governo de Mato Grosso do Sul para enfrentar os incêndios incluem o aumento do número de brigadistas, a aquisição de equipamentos adicionais, investimentos em tecnologia de monitoramento e realização de campanhas de conscientização.
MINISTRA
"O que estamos vendo em chuva no Rio Grande do Sul e os efeitos dessa chuvas, vamos ver em estiagem na Amazônia e no Pantanal", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante assinatura do pacto . " Vamos ter um fenômeno terrível que são os incêndios e queimadas. Não é por acaso que nós temos trabalhado incessantemente."
A ministra afirmou que alguns dos temas que estão no radar do governo no âmbito deste pacto são estratégias para manter o abastecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis nas populações que vivem nesses biomas. Na última seca histórica na Amazônia, registrada no ano passado, municípios ribeirinhos ficaram isolados e enfrentaram escassez de suprimentos devido à falta de navegabilidade nos rios.
"Tivemos que fazer uma operação de guerra para levar cestas básicas ano passado. Esse ano é fundamental esse preparo. Uma hora a gente está tendo que agir na seca e outra na cheia", disse a ministra.
Preservação do Pantanal
Em abril, Riedel, ao lado da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinaram um Termo de Cooperação de Proteção do Pantanal, com o objetivo de ampliar e unificar as políticas de proteção, conservação, preservação e sustentabilidade do bioma Pantanal.
Durante o evento, a Ministra citou a elaboração de um pacto federativo para a proteção do bioma.
“O segundo passo talvez seja a gente fazer um pacto pelo Pantanal, além dos governadores, envolvendo também os prefeitos, como a gente já fez com a Amazônia, com os 70 municípios que mais desmatam. Não mais para a ação de comando e controle, mas para financiar atividades produtivas sustentáveis, para incentivar a pesquisa, o acesso à tecnologia, inovação e assistência técnica”