Política

PESQUISA IPEMS

Eleição para governador
pode ser decidida no 1º turno

Levantamento mostra Azambuja 45,82%, enquanto soma dos outros candidatos chega a 43,87%

ADILSON TRINDADE

02/10/2018 - 00h05
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Na reta final da campanha (faltando 5 dias para o pleito), pesquisa estimulada do Ipems/Correio do Estado aponta a tendência de as eleições acabarem no primeiro turno em Mato Grosso do Sul, com a reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A virtual vitória do governador no dia 7 deste mês é indicada tanto nos votos nominais quanto nos votos válidos (em que são excluídos os brancos, nulos, indecisos ou nenhum dos candidatos), em pesquisa realizada no período de 22 a 27 de setembro, com 1.500 eleitores espalhados em 40 municípios do Estado.

De acordo com os indicativos do Ipems, se as eleições fossem hoje, Azambuja sairia vitorioso, com 45,82% das intenções de votos nominais. Ele estaria hoje à frente na soma total das intenções de voto de todos os adversários. Nesse quesito da pesquisa estimulada (nominais), em que se incluem indecisos, brancos, nulos e ou nenhum dos candidatos, os rivais do governador teriam juntos 43,87%. A vantagem de Azambuja de 1,95 ponto está dentro da margem de erro de 2,53 pontos porcentuais, para mais ou para menos, sobre o total do resultado do levantamento. O nível de acerto é de 95%. Mas se o governador mantiver a tendência de crescimento, as eleições poderiam acabar no domingo, sem a realização de segundo turno.

Em uma semana, comparando com a pesquisa anterior do Ipems, Azambuja ampliou a sua vantagem numérica de 13,59 para 15,58 pontos porcentuais.

Nessa rodada de pesquisa, Azambuja passou de 42,94% para 45,82%, crescimento de 2,88 pontos porcentuais. Já o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira oscilou de 29,35% para 30,24%, que dá 0,89 ponto.

Os demais candidatos praticamente mantiveram o mesmo índice da pesquisa anterior. O deputado estadual Junior Mochi (MDB) oscilou de 7,77% para 7,17%, Humberto Amaducci (PT) caiu de 4,76% para 4,20%, Marcelo Bluma (PV) é outro que teve variação negativa, de 2,62% para 1,44% e João Alfredo (PSOL) passou de 0,72% para 0,82%.
Nessa pesquisa (votos nominais), votos branco/nulo/nenhum/não respondeu ou não sabe, somam 10,31%.

VOTOS VÁLIDOS
Tendo por base numérica os votos válidos, o governador Reinaldo Azambuja ganharia a eleição no primeiro turno por 51,08%. Mas ainda não dá para cravar a vitória do governador no próximo domingo porque é preciso considerar a margem de erro de 2,53 pontos porcentuais. 

Na eventualidade da margem de erro for para baixo, o governador não levaria no primeiro com esse índice de 51,08%, porque o total dos votos válidos dos adversários soma 48,92 pontos porcentuais. Mas se for para cima, Azambuja sairá vitorioso das urnas, porque fecharia o resultado com 53,61%.

O juiz Odilon teria, de votos válidos nessa pesquisa, 33,71%, podendo receber no resultado final da apuração 36,24% ou 31,18%, aplicando a margem de erro de 2,53 pontos para mais ou para menos.

Junior Mochi ficaria com 8%, Humberto Amaducci com 4,69, Marcelo Bluma com 1,61% e João Alfredo com 0,91%.

A pesquisa do Ipems foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) sob o número MS 03337/2018 como dispõe a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.549/2017/Eleições 2018.

Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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