A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, cumpre agenda em Campo Grande nesta quarta-feira (8) com foco em ações de enfrentamento às mudanças climáticas e na preservação do bioma Pantanal. Pela manhã, ela visitou o Instituto Tamanduá, organização referência em pesquisa e conservação de espécies como tamanduás, antas, ariranhas e araras-azuis.
A visita faz parte do projeto “Vozes dos Biomas”, que percorre diferentes regiões do país reunindo especialistas e comunidades locais para debater soluções de transição justa e sustentável.
Por lá, Janja foi recebida pela presidente do instituto, Flávia Miranda, e um grupo de mulheres cientistas que apresentaram pesquisas sobre a fauna pantaneira e relataram os efeitos da crise climática no comportamento e habitat dos animais.
Cabe destacar que o Instituto Tamanduá, criado em 2005, desenvolve projetos voltados à educação ambiental, políticas públicas e conservação da biodiversidade, atuando em parceria com instituições nacionais e internacionais.
Durante a tarde, a primeira-dama participa da oficina Vozes dos Biomas, realizada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
O encontro, voltado ao bioma Pantanal, integra uma série de debates regionais organizados pelas enviadas especiais da COP30 — Jurema Werneck (Mulheres, Igualdade Racial e Periferias) e Denise Dora (Direitos Humanos e Transição Justa).
Cada etapa do projeto resultará em uma carta com propostas práticas para enfrentar a crise climática, que será entregue à Presidência da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, evento nacional acontecerá em novembro de 2025 em Belém.
A agenda em Campo Grande conta ainda com a presença das ministras Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), que acompanham a primeira-dama nas ações preparatórias para a conferência.
O primeiro encontro do Projeto Biomas aconteceu no bioma amazônico, em Manaus, o segundo foi realizado no bioma da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, o terceiro aconteceu em Porto Alegre, sobre o bioma Pampa, o quarto foi realizado em Caruaru, sobre o bioma da Caatinga e o quinto é realizado nesta quarta-feira (08) em Campo Grande, sobre o bioma Pantanal. A oficina do Cerrado acontece na próxima sexta-feira (10), em Brasília.
A COP é um processo feito a muitas mãos, que já começou e que não terminará em Belém. Debates climáticos não são construídos apenas em mesas de negociação internacional, mas sim no chão dos territórios, a partir das vozes de quem vive, protege e reinventa a relação com a natureza todos os dias.


