Política

MATO GROSSO DO SUL

Em um mês, candidatos já gastaram meio milhão de reais nas redes sociais

O campeão de gastos é Vinicius Siqueira (PSL), que em 30 dias pagou R$ 77 mil em impulsionamento no Facebook e no Instagram

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Em um período de 30 dias, os candidatos a prefeito e a vereador de Mato Grosso do Sul gastaram pouco mais de meio milhão de reais com o impulsionamento de propaganda política no Facebook e no Instagram. 

Os gastos consolidam a internet como o grande campo de batalha destas eleições, com atuação dos candidatos muito mais permanente do que nos programas de TV.  

Com mais exatidão, foram R$ 514.868,00 gastos em propaganda política nas redes sociais pelos candidatos de Mato Grosso do Sul. 

No período contabilizado pelo Correio do Estado, entre os dias 30 de setembro e 29 de outubro (houve propaganda antes desse período), o candidato que mais investiu em propaganda política nas redes sociais do Facebook foi o vereador Vinicius Siqueira (PSL), candidato a prefeito de Campo Grande.  

Dos gastos de Siqueira, foram R$ 77,5 mil pagos à gigante das redes sociais: R$ 68,4 mil saíram da conta Eleição 2020 Vinicius Siqueira Prefeito e mais R$ 9,1 mil da Comissão Provisória Estadual do Partido Social Liberal – PSL/MS.  

O segundo colocado em gastos é o candidato a prefeito de Campo Grande pelo PV, Marcelo Bluma. Nestes 30 dias de campanha, ele desembolsou R$ 51,6 mil em propaganda nas redes sociais. 

O terceiro colocado em Mato Grosso do Sul também é outro candidato a prefeito da Capital: Paulo Matos (PSC), que gastou R$ 18,7 mil em 30 dias.  

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Compra de engajamento

No caso específico de Siqueira, as postagens, na forma de cards e vídeos, dividem-se em três pilares: apresentação de propostas, promoção do candidato por meio da apresentação de seu trabalho como vereador e críticas ao prefeito Marcos Trad (PSD, candidato à reeleição) e sua gestão.

Em um dos cards, Siqueira diz a seus usuários que suas contas no Facebook e no Instagram são campeãs de engajamento, apresentando um gráfico em que mostra 140 mil interações, à frente das 112 mil de Marcos Trad. 

Enquanto Siqueira tem 28,8 mil seguidores no Facebook e 15,9 mil no Instagram, Trad tem 94,7 mil seguidores no Facebook e outros 72,1 mil no Instagram.  

No que se refere a quase todo o período da campanha: do dia 4 de agosto a 29 de outubro, Siqueira já gastou 13 vezes mais que Trad em propaganda no Facebook. 

Enquanto o vereador desembolsou R$ 92,8 mil no período, Trad investiu durante toda a campanha R$ 7 mil em propaganda paga na internet.  

Os dados do Tribunal Regional Eleitoral comprovam a estratégia do candidato do PSL. A DLocal Brasil Pagamentos, empresa especializada em propaganda na internet, já recebeu R$ 50 mil do candidato, e o Google, R$ 10 mil. 

Os gastos com o Google têm destinação diferente dos informados acima, com Facebook e Instagram.  

Já Marcos Trad está gastando mais com advogados. O escritório Avalo e Riskallah já recebeu R$ 100 mil de sua campanha. Pudera, é na Justiça que ele e Siqueira travam uma briga à parte, boa parcela dos processos se deve aos impulsionamentos de Siqueira no Facebook. 

São 16 processos em que o prefeito pede para Siqueira retirar as postagens.  O Correio do Estado tentou contato com Siqueira e sua equipe. Não houve resposta até a publicação da reportagem. 

Outros candidatos

Além de Siqueira, Bluma e Matos também se destacam entre os que mais gastam com impulsionamento nas redes sociais. 

No Estado, Clarice Ewerling (MDB), candidata a prefeita de Sonora, em um período de 30 dias, investiu R$ 11,9 mil em propaganda.  

O quinto que mais gasta é um candidato a vereador de Campo Grande: Ciro Fidelis (PSL), afiliado nestas eleições pelo deputado federal Loester Trutis (PSL), que ainda tenta tomar a vaga de Siqueira na disputa pela prefeitura dentro do partido. Fidelis gastou R$ 11,2 mil em propaganda na internet.  

Em seguida, aparece a candidata a vereadora Luiza Ribeiro (PT), que já impulsionou R$ 10,2 mil em propaganda política nas redes sociais.  

Mauro Thronicke (PSL), candidato a prefeito de Dourados e primo da senadora Soraya Thronicke, gastou R$ 9,2 mil em um mês. 

Por fim, outro candidato da Capital: Dagoberto Nogueira (PDT), que investiu até agora R$ 8,7 mil.

Política

Lula diz ser amigo de Motta e Alcolumbre e ter confiança de que Messias será aprovado no Senado

Para garantir as aprovações de projetos do governo pelo Congresso, ele afirmou que houve "o milagre da democracia

16/12/2025 13h45

Foto: Divulgação

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ser "amigo" dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Em entrevista ao SBT News, Lula foi indagado sobre o que aconteceu na relação com os dois presidentes. "Não aconteceu nada. Nada. Eu sou amigo do Davi, eu sou amigo do Hugo Motta", respondeu. Na sequência, ele destacou que o governo aprovou "99% de tudo que nós mandamos para o Congresso Nacional".

"Nunca, nos meus dois primeiros mandatos, eu aprovei a quantidade de coisas que eu aprovei agora num Congresso totalmente adverso", afirmou, adicionando que tem minoria tanto na Câmara quanto no Senado.

Para garantir as aprovações de projetos do governo pelo Congresso, ele afirmou que houve "o milagre da democracia, o milagre da conversa, o milagre de esgotar os argumentos até o final para a gente poder convencer as coisas". E disse não ter mandado nenhum projeto de interesse pessoal ou de interesse de um grupo.

"Todos os projetos que nós mandamos foram projetos de interesse da sociedade brasileira e de interesse do Brasil", sustentou. Ele exemplificou que o País esperava há 40 anos uma reforma tributária, "e nós fizemos a reforma tributária com esse Congresso adverso".

"Nem sempre você consegue 100% de tudo que você quer, mas nem tudo você perde. Ou seja, você ganha aquilo que é essencial para melhorar a vida do povo brasileiro", completou.

Operação na Câmara dos Deputados

Lula também foi perguntado sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino que determinou uma operação dentro da Câmara dos Deputados contra a responsável pela distribuição das emendas parlamentares, Mariângela Fialek, ex-assessora do deputado Arthur Lira (PP-AL). O petista lembrou que "quase todos" os ministros do STF foram indicados por ele.

"Se eu tivesse interferência na Suprema Corte, eu teria ficado preso 580 dias? A verdade é que a Suprema Corte é totalmente independente e autônoma e é bom que seja assim. O Presidente da República não tem e não quer ter interferência sobre os votos dos ministros da Suprema Corte, como eu não quero que eles tenham interferência nas coisas que eu faço", prosseguiu.

Ele disse que as decisões dos ministros em investigações do Supremo "é um problema que só cabe ao ministro. O presidente da República não tem nem como dar opinião sobre isso". Lula ainda pontuou que "as pessoas se esquecem que foram fazer busca e apreensão" na casa dele.

Por fim, ele disse respeitar as decisões da Câmara, do Senado e da Suprema Corte, "e eu quero que eles façam comigo o mesmo que eu faço com eles". "Respeito a autonomia de cada ente federado, de cada instituição brasileira", emendou.

Confiança na aprovação de Jorge Messias

O presidente respondeu afirmativamente à pergunta sobre se ainda acredita que o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, será ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Messias foi indicado ao cargo em 20 de novembro, na vaga deixada pelo ex-ministro Luís Roberto Barroso. No entanto, a sabatina e votação do nome de Messias pelo Senado foram postergados para 2026, ante a resistência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que defendia a indicação do também senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

"Eu acredito, estou trabalhando para isso, o Messias está trabalhando para isso. E eu não indiquei uma pessoa qualquer, eu indiquei um advogado muito competente, um advogado-geral da União extraordinário, que demonstrou ao longo do tempo seriedade e serenidade no jeito de advogar e defendeu o Estado brasileiro como poucos defenderam", afirmou.

"Ele (Messias) merece estar lá, como o Fernando Henrique Cardoso indicou o Gilmar Mendes, como eu indiquei o Toffoli. E eu acho que ele vai ser um bom ministro da Suprema Corte", completou.

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BOI, BALA E BÍBLIA

Em MS, agro, segurança e evangélicos divergem sobre voo de Flávio Bolsonaro

Setores que deram sustentação ao ex-presidente Bolsonaro no Estado agora destoam da pré-candidatura do filho dele

16/12/2025 08h20

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é um consenso entre os três grupos bolsonaristas do Estado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é um consenso entre os três grupos bolsonaristas do Estado Carlos Moura/Agência Senado

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A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República está provocando divergência entre representantes do agronegócio, da segurança pública e dos evangélicos em Mato Grosso do Sul, justamente os setores que deram sustentação ao governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

No caso do Estado, os representantes desses três grupos destoam sobre a capacidade eleitoral do filho de Bolsonaro para impedir a reeleição do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente na comparação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é apontado como o nome mais forte da direita para concorrer à Presidência em 2026.

O deputado estadual Antonio Vaz (Republicanos), um dos representantes dos evangélicos em Mato Grosso do Sul, disse ao Correio do Estado que o nome do governador Tarcísio de Freitas “é mais leve, equilibrado e competente”. “Além disso, ele governa o maior estado do Brasil em número de habitantes, onde tem feito um grande trabalho, sendo bem mais preparado do que o senador Flávio Bolsonaro”, ressaltou.

Para o parlamentar, a maior parte dos evangélicos sul-mato-grossenses que apoia o nome do ex-presidente Bolsonaro está dividida entre o filho dele e o nome de Tarcísio. “No entanto, olhando no geral, o nome do governador de São Paulo ganha longe”, assegurou.

Já o vereador Herculano Borges (Republicanos), que também é uma das lideranças dos evangélicos no Estado, comentou que, caso Flávio Bolsonaro consiga construir alianças sólidas com lideranças evangélicas influentes e demonstre compromisso firme com as pautas conservadoras que o segmento valoriza, é muito provável que alcance uma ampla adesão de apoio.

“Porém, tanto o filho do ex-presidente quanto o governador Tarcísio de Freitas têm suas qualidades e estão aptos para o cargo de presidente do Brasil. Na minha opinião, mais importante do que defender o nome de um ou do outro é que estejam juntos para um propósito maior, que é o de não dividir a direita”, argumentou.

SEGURANÇA PÚBLICA

O deputado estadual Coronel David (PL), que faz parte da bancada da segurança pública, disse que tem acompanhado algumas publicações da grande imprensa nacional que tentam criar a narrativa de que integrantes das bancadas de segurança pública, evangélica e do agronegócio estariam contra o nome de Flávio Bolsonaro a presidente. “É preciso colocar as coisas no devido lugar”, declarou.

Na opinião dele, essas manifestações não representam a maioria. “A ampla maioria desses parlamentares, assim como milhões de brasileiros, queria Jair Bolsonaro como candidato. O que existe hoje é uma realidade imposta por uma perseguição política implacável, que o impede, neste momento, de disputar a eleição”, detalhou.

Diante desse cenário, conforme o parlamentar, Flávio Bolsonaro surge como o nome mais preparado para dar continuidade ao projeto do pai.

“O senador representa o legado do presidente Jair Bolsonaro, conhece profundamente as pautas da segurança pública, da liberdade religiosa e do setor produtivo, tendo plena capacidade de liderar esse campo político”, assegurou.

Coronel David reforçou o apoio à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República. O vereador André Salineiro (PL), que é policial federal, reconhece que dentro da segurança pública há várias opiniões diferentes sobre a questão.

“Na minha opinião, muitas coisas ainda estão por vir até março do próximo ano, que é quando se abre a janela partidária e as chapas tendem a se definir. Não tenho nada contra os nomes de Flávio Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas, sendo ambos fortes para representar a direita em 2026”, afirmou.

AGRONEGÓCIO

Nomes do setor afirmam que Flávio é visto como figura lateral, sem atuação consistente em agendas consideradas prioritárias pelo agronegócio, como crédito rural, regularização fundiária e abertura de mercados, enquanto Tarcísio tem serviços prestados na área.

Quando foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, foi responsável por apresentar o Plano Nacional de Logística à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, independentemente de quem seja o pré-candidato a presidente da República da direita, Flávio Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas, o importante é a união do grupo.

“Em 2026, é preciso que a direita esteja unida. Para o agro do Estado, qualquer um dos dois seria um bom nome, o que mais me preocupa é não termos uma frente ampla de direita, seja quem for o candidato”, finalizou.

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