Política

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Emendas do congresso permanecem suspensas por decisão de Dino

O magistrado alegou que permanece inviável o restabelecimento da plena execução das emendas

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O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu manter em suspenso, nesta quinta-feira (10), a execução de emendas parlamentares de comissão e de relator no exercício de 2024.

O magistrado alegou que permanece inviável o restabelecimento da plena execução das emendas "até que os Poderes Legislativo e Executivo consigam cumprir às inteiras a ordem constitucional e as decisões do plenário do STF".

Nesta quinta, houve uma audiência no STF com representantes do corpo técnico do Congresso, mas o resultado teria desagradado o ministro, já que não houve a apresentação de informações sobre todos os autores das emendas.

A negociação é mais um capítulo no embate entre o Supremo e o Congresso, que, nesta semana, deu andamento a propostas que restringem a atuação de ministros da corte.

O principal pedido de Dino é a apresentação de atas com essas informações para que órgãos tecnicamente independentes, como o TCU (Tribunal de Contas da União), CGU (Controladoria Geral da União) e Ministério Público, possam auditar e responsabilizar os agentes públicos.

Assim, segundo Dino, "eles poderiam estar na cadeia causal de possíveis ilegalidades atualmente em investigação em dezenas de procedimentos, envolvendo expressivas parcelas do orçamento pertencente a todo o tecido social".

É fundamental lembrar que, à vista da magnitude dos recursos alocados nos últimos anos por meio de emendas parlamentares, o estabelecimento de trilhos normativos adequados é vital para assegurar o cumprimento dos deveres atinentes à responsabilidade fiscal", disse.
Dino também ressaltou que o poder de elaborar e atuar em parcela da execução orçamentária é acompanhado do dever de atendimento ao devido processo legal constante da Constituição Federal.

"Reitero que somente será possível a eventual revisão dos comandos fixados por este tribunal, com medidas efetivas conducentes à concretização das regras constitucionais de transparência, rastreabilidade e efetiva entrega de bens e serviços à sociedade", declarou.

A CGU (Controladoria Geral da União) informou que 56% das emendas não foram identificadas, não sendo possível verificar o total de empenhos, segundo a decisão.
 

*Informações da Folhapress 

 

SEGUNDO TURNO

Tereza quer trazer Michelle Bolsonaro para a campanha eleitoral de Adriane

A senadora progressista vai conversar com ex-primeira-dama do País para pedir votos aos bolsonaristas de Campo Grande

10/10/2024 08h00

A ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, com a senadora Tereza Cristina e com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes

A ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, com a senadora Tereza Cristina e com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes Foto: arquivo

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Após alinhar o apoio do governador, Eduardo Riedel (PSDB), e da primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, à reeleição da atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), neste segundo turno das eleições, a senadora Tereza Cristina (PP) agora tenta conseguir o apoio da ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher.

O Correio do Estado apurou que a parlamentar deve aproveitar a presença em Brasília (DF) para cumprir as pautas do Senado para procurar Michelle Bolsonaro. A princípio, Tereza Cristina tinha a intenção de trazer o casal Bolsonaro, mas o ex-presidente da República Jair Bolsonaro está focado na reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que também avançou para o segundo turno, contra Guilherme Boulos (Psol).

Fontes ouvidas pela reportagem revelaram que a vinda de Michelle Bolsonaro sozinha evitaria uma provável indisposição com o PSDB, pois durante o primeiro turno inteiro Bolsonaro não veio a Campo Grande para pedir votos para o candidato tucano, o deputado federal Beto Pereira, gravando apenas um vídeo em que convocava os bolsonaristas a votarem no parlamentar. 

Dessa forma, caso o ex-presidente da República viesse à Capital para subir no palanque de Adriane Lopes, isso não pegaria bem com a cúpula tucana, que negociou pessoalmente com Bolsonaro a aliança PL-PSDB, fazendo inclusive com que ele quebrasse um acordo com Tereza Cristina de que reeditaria a dobradinha da eleição presidencial de 2022 entre PP e PL.

RECEPÇÃO

Além disso, em fevereiro deste ano, Michelle Bolsonaro já esteve na Capital, onde foi recepcionada pela prefeita Adriane Lopes ainda no Aeroporto Internacional de Campo Grande. 

Naquela oportunidade, Adriane presenteou a ex-primeira-dama do Brasil com um exemplar da Bíblia Sagrada.
A chefe do Executivo municipal disse que a escolha do presente refletia a afinidade de valores compartilhados, especialmente em relação à fé cristã e à importância da família.

“A Bíblia é reconhecida como a palavra de Deus, uma poderosa fonte de fé e amor, transmitindo valores morais e éticos fundamentais para muitas pessoas. É uma honra recebê-la, uma referência de mulher forte, que inspira e faz com que as vozes de muitas outras mulheres sejam ouvidas”, disse, na época, a prefeita, que é missionária há 20 anos da Assembleia de Deus Missões.

A cúpula do PP acredita que a presença de Michelle Bolsonaro em Campo Grande apoiando a campanha eleitoral de Adriane Lopes pode fazer com que os bolsonaristas que ainda tenham dúvidas sobre em que votar no dia 27 optem pela candidata progressista.

FORÇA BOLSONARISTA

O diretor do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), Aruaque Fressato Barbosa, explicou ao Correio do Estado que o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda tem muita força junto ao eleitorado campo-grandense.

“Em várias pesquisas de intenções de votos que realizamos ao longo do ano passado e deste ano, entre um mínimo de 23% e um máximo de 26% dos entrevistados com 16 anos ou mais de idade se declararam bolsonaristas em Campo Grande”, apontou.
Portanto, de acordo com Aruaque Barbosa, qualquer ação no sentido de atrair esse fatia do eleitorado da Capital é válida e pode significar a vitória em um segundo turno tão disputado como o deste pleito.

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Política

Barroso fala em perda de credibilidade aos que atacaram as urnas

"Não há como fraudar o sistema eleitoral brasileiro", afirmou

09/10/2024 20h00

A declaração de Barroso foi feita durante a abertura da sessão do Supremo.

A declaração de Barroso foi feita durante a abertura da sessão do Supremo. Arquivo

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (9) que quem atacava a segurança das urnas eletrônicas perdeu credibilidade nas eleições deste ano.

A declaração de Barroso foi feita durante a abertura da sessão do Supremo. O ministro reforçou que o sistema eletrônico de votação é totalmente auditável e é um exemplo para outros países.

“Uma coisa que me chamou a atenção foi a perda de credibilidade de quem atacava a credibilidade das urnas. Esse já não foi mais um problema porque [tivemos] observadores internacionais, a abertura do código-fonte um ano antes, o monitoramento por todos os partidos, pelo Ministério Público, pela Polícia Federal. Não há como fraudar o sistema eleitoral brasileiro”, afirmou.

O ministro também aproveitou para elogiar o trabalho da ministra Cármen Lúcia, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e conduz o pleito.

A ministra agradeceu o apoio e disse que o sistema é eleitoral "é o Brasil que dá certo".

Após o primeiro turno das eleições, realizado no último dia 6, os eleitores de 52 municípios do país vão voltar às urnas no dia 27 deste mês para o segundo turno. Serão 15 capitais e 37 cidades, todos com mais de 200 mil eleitores.

Nessas localidades, nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno. Não há segundo turno para vereadores.

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