Política

Eleições 2024

Ex-candidatos derrotados em 2022 vão disputar vagas de vereadores na Capital

Marquinhos Trad e Adonis Marcos concorreram ao cargo de governador; já Odilon de Oliveira tentou cadeira no Senado

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No pleito deste ano, três ex-candidatos derrotados nas eleições gerais de 2022 em Mato Grosso do Sul resolveram testar novamente a popularidade com os eleitores de Campo Grande, já de olho nas vagas para vereadores na Câmara Municipal.

Entre eles estão Marquinhos Trad, que anunciou a saída do PSD e foi derrotado nas urnas na disputa pelo cargo de governador; Adonis Marcos, que trocou o Psol pelo Cidadania e também foi derrotado na tentativa de ser governador; e Juiz Odilon, que pediu desfiliação do PSD e foi derrotado na briga por uma cadeira no Senado.

Diferentemente do ex-governador André Puccinelli (MDB) e do ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), os quais, a princípio, não pretendem disputar as eleições para vereador na Capital, por considerarem um certo desmerecimento fazê-lo, Marquinhos, Adonis e Odilon não têm nenhuma vaidade política e preferem recomeçar de baixo, em vez de continuarem dando murro em ponta de faca.

Levando em consideração os votos que os três tiveram mesmo sendo derrotados nas eleições de 2022, isso já seria mais do que suficiente para garantir as vitórias deles na Câmara de Vereadores 
de Campo Grande.

Com exceção de Adonis Marcos, que teve apenas 3.251 votos em Mato Grosso do Sul e 1.805 em Campo Grande, Marquinhos Trad (124.795 votos no Estado e 76.102 na Capital) e Juiz Odilon (146.261 votos em MS e 70.100 na Cidade Morena), caso obtenham apenas 20% dos votos conquistados em Campo Grande, seriam os campeões de votos na disputa deste ano.

Além disso, com esse porcentual de 20%, Marquinhos Trad chegaria a 15.220 votos, enquanto Juiz Odilon conquistaria 14.020 votos. Ou seja, os dois candidatos poderiam ser facilmente eleitos e ainda ajudar nas eleições de até dois candidatos dos respectivos partidos pelos quais vão concorrer.

NOVAS SIGLAS

Por enquanto, Marquinhos Trad ainda não definiu a qual partido pretende se filiar. Entretanto, Juiz Odilon, que solicitou sua desfiliação do PSD nesta terça-feira com o senador Nelsinho Trad, presidente estadual da sigla, deve ingressar no PP, da senadora Tereza Cristina.

Afinal, Odilon faz parte do grupo que apoia a atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que tentará a reeleição em 6 de outubro. No entanto, interlocutores do magistrado federal aposentado não cravam a ida dele para o PP, pois a desfiliação do PSD lhe abre caminho para novas alianças políticas e estratégias eleitorais.

Além disso, Odilon teria recebido ligações de candidatos de municípios do interior do Estado em busca de seu apoio nas eleições municipais deste ano. Ele ficou reconhecido nacionalmente pelo combate ao narcotráfico na fronteira Brasil-Paraguai.

Nas eleições de 2018, Juiz Odilon chegou a concorrer a governador e foi até o segundo turno pelo PDT, quando foi derrotado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que foi reeleito.

Apesar disso, ele fez 616 mil votos, perdendo a eleição por uma diferença de 62 mil votos. Na época, o magistrado disse que enfrentou problemas com a cúpula do PDT, pois, ao decidir não seguir a orientação nacional, ele apoiou o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, que concorreu pelo extinto PSL, que se fundiu com o DEM para virar o atual União Brasil.

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Câmara dos Deputados

Camila Jara pode perder mandato por confusão em plenário

O episódio aconteceu na última quarta-feira (9) e a representação foi feita à Câmara pelo Partido Novo por suposta violação ao decoro parlamentar

16/12/2025 18h15

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro Reprodução

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A deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) pode perder o mandato por causa de uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados durante sessão realizada na última quarta-feira (9).

O Partido Novo apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra a deputada por suposta violação ao decoro parlamentar. 

Segundo o documento, Jara teria agredido fisicamente o secretário-geral da Mesa da Câmara, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, quando ela teria, supostamente, o empurrado e apontado o dedo em seu rosto, além de proferir ofensas verbais. 

O episódio aconteceu durante uma confusão no plenário quando o deputado Glauber Braga (PSOL) teria se recusado a deixar a cadeira destinada ao presidente da Câmara, Hugo Motta, assumindo de forma irregular a presidência dos trabalhos e se recusar a repassá-la ao deputado Carlos Veras (PT), precisando ser retirado à força. 

Enquanto isso, Camila foi vista discutindo de forma acalorada com o Lucas Ribeiro de forma acalorada, apontando o dedo para o rosto do parlamentar e o empurrando. 

O vídeo foi gravado pelo deputado Nikolas Ferreira, que chamou a parlamentar de “descontrolada”.

Em sua representação, o partido Novo sustenta que a conduta da petista viola deveres previstos no Código de Ética, como o exercício de mandato com dignidade e o tratamento respeitoso a servidores da Casa. 

Além disso, o partido também mostrou outros comportamentos que enquadram ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara como atentado ao decoro parlamentar. 

O documento ainda menciona um episódio anterior, ocorrido no mês de agosto de 2025, quando Camila teria se envolvido em “agressão” contra o deputado Nikolas Ferreira (PL), sendo apontado como uma conduta reincidente. 

O partido pediu, então, que o Conselho de Ética instaure um processo disciplinar e aplique a penalidade de perda do mandato ou, de forma alternativa, a suspensão do exercício do mandato da parlamentar pelo período de seis meses, após a instrução do caso e a oitiva das partes e testemunhas. 

Resposta de Jara

Em nota enviada ao Metrópolis, Camila Jara afirmou que o fato na audiência foi um “tumulto generalizado, com cenas até de violência física”. 

“Recebo com indignação a representação do partido Novo no Conselho de Ética. Agi em defesa das jornalistas, deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos. Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento”, declarou.

A parlamentar disse ainda que “qualquer narrativa que me imputasse condutas violentas ignoraria o contexto dos fatos e, antes disso, os próprios fatos. E seria estória, e não história”.
 

CRIME ORGANIZADO

Fronteira com MS, Paraguai fecha acordo com EUA para combater facções criminosas

A região é rota de tráfico de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai. O plano estratégico prevê o estabelecimento ou ampliação de tropas norte-americanas de importância estratégica

16/12/2025 16h15

Marco Rubio,  secretário de Estado

Marco Rubio, secretário de Estado Reprodução: rede social

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Paraguai e Estados Unidos selaram nesta segunda-feira (15), um acordo de cooperação militar que prevê a atuação de militares americanos no país sul-americano. Atualmente, na região, a Casa Branca tem acordos similares com Panamá, Equador, Bahamas e Trinidad e Tobago.

O Acordo Estatutário de Forças (Sofa, na sigla em inglês) regulamenta a atuação de militares e civis do Departamento de Defesa americano em países estrangeiros. O pacto foi assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e o chanceler paraguaio, Ruben Ramirez Lezcano.

O objetivo, segundo o governo americano, é facilitar a resposta conjunta a interesses de segurança regional em comum para os dois países, em uma referência velada a cartéis de droga que atuam na região.

“Ao estabelecer uma estrutura para as atividades do pessoal militar e civil dos EUA no Paraguai, este acordo abre novas portas para nossos esforços coletivos para promover a segurança e a estabilidade em nosso hemisfério”, disse Rubio em sua conta no X.

“Se observarmos o problema fundamental no hemisfério, o mais grave que enfrentamos é o dessas organizações terroristas transnacionais, que em muitos casos não são terroristas por ideologia, mas têm uma base financeira e econômica”, acrescentou.

Nova Doutrina Monroe

O acordo, apesar de não autorizar operações armadas ou criação de bases, abre caminho para a cooperação e treinamento militar entre os dois países, e vem a público dias depois de os EUA divulgarem sua nova Estratégia de Segurança Nacional, que prevê uma ampliação da presença militar na América Latina.

Na ocasião, o documento evocou a Doutrina Monroe, que ficou conhecida no século 19 sob o lema “América para os americanos”, e defendeu uma hegemonia dos EUA sobre a região frente às potências europeias.

O plano estratégico divulgado na semana passada prevê o estabelecimento ou ampliação de acesso de locais de importância estratégicas para o governo americano.

No centro do continente e cercado por importantes fontes de água doce e rotas de narcotráfico, o Paraguai se encaixa nesse perfil.

Hoje, os EUA têm ainda bases militares no Equador, na Colômbia e no Peru, operadas pelo Comando Sul.

Há anos, a presença de grupos armados ligados ao Hezbollah na tríplice fronteira entre o Paraguai, Brasil e Argentina preocupa o governo americano.

A região também é ponto de rota para o escoamento de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai.

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