Política

PREFEITURA

Exonerações de secretários expõe suposta ruptura política entre Marquinhos Trad e Adriane Lopes

Prefeita de Campo Grande tem substituído indicados pelo ex-prefeitos por pessoas de confiança sua

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Ao que tudo indica a relação política entre o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do PSD e a atual prefeita Adriane Lopes, do Patriota, arranhou-se de vez, ou, então, ruma a isso. Até abril passado, o primeiro era o prefeito, a segunda a vice, coesão que já durava desde 2017, há quase seis anos.

Trad deixou o mandato para disputar o governo de Mato Grosso do Sul, mas, já no primeiro turno ficou para trás. A prefeita assumiu e, assim, que viu o fracasso do colega, anunciou que trocaria os secretários.

E é o que tem acontecido. conforme as publicações no Diário Oficial do município. Na edição desta terça-feira (8) foram exonerados a secretária municipal da Juventude, Laura Miranda e ainda o secretário-executivo de Compras Governamentais, Ralphe Nogueira.

Caiu também o adjunto da secretaria da Juventude, Nikythelms Guesso e o subsecretário-adjunto do Bem-Estar Animal, Bruno Nóbrega.

Desde a derrota de Marquinhos para cá, menos de um mês, caíram ao menos dez indicados por Marquinhos e que ocupavam cargos no primeiro escalão.

O Correio do Estado apurou que as substituições foram comunicadas ao ex-prefeito desde que ele ficou de fora do segundo turno. Se Marquinhos tivesse vencido às eleições as trocas deveriam ocorrer no fim de dezembro e quem fosse exonerado poderia ser aproveitado na gestão estadual.

 

SOB NOVA DIREÇÃO

Com aval de Bolsonaro, Coronel David vai comandar o PL de Campo Grande

O deputado estadual assume o cargo que estava sendo acumulado pelo presidente da legenda em MS, Tenente Portela

26/04/2025 08h00

O deputado estadual Coronel David em encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília (DF)

O deputado estadual Coronel David em encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília (DF) Foto: Divulgação

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Com as bênçãos do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, o deputado estadual Coronel David assume a presidência do PL em Campo Grande, cargo que estava sendo exercido interinamente pelo presidente estadual do partido, o primeiro-suplente de senador Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela.

Agora, caberá ao experiente parlamentar colocar o “trem nos trilhos” novamente, uma vez que Tenente Portela estava sobrecarregado com a dupla função – de presidente da executiva estadual e de mandatário da sigla em Campo Grande –, faltando tempo para colocar em prática ações para fortalecer a legenda no maior e mais importante município de MS.

“Tenho a missão de buscar a união partidária, aumentar o número de filiados e fortalecer o partido para as próximas eleições”, declarou Coronel David, ressaltando que no próximo ano já haverá eleições gerais e que Bolsonaro quer uma chapa competitiva para disputar vagas na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o novo presidente do PL de Campo Grande revelou que a meta da legenda é fazer quatro deputados estaduais e três federais, bem como um senador.

“Nesse processo de fortalecimento da legenda no município, já conversei com os nossos três vereadores – Ana Portela, Rafael Tavares e André Salineiro –, para que possamos construir um projeto a oito mãos”, adiantou.

Após ser empossado no cargo, Coronel David revelou que pretende marcar uma reunião com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, em Brasília (DF), para buscar a ajuda da executiva nacional no sentido de aumentar a filiação e, dessa forma, tornar a direita ainda mais forte em Campo Grande.

CONVITE

Presidente estadual do PL, Tenente Portela informou ao Correio do Estado que ele, após conversa com Bolsonaro, fez o convite para que Coronel David assumisse o diretório municipal do partido.

“Como presidente estadual, era muito difícil conciliar a dupla função, e tenho a convicção de que, se queremos o fortalecimento da direita no Estado, não podemos centralizar o comando. Para fazer política, temos de distribuir o comando, e é isso que estou procurando fazer”, declarou.

Tenente Portela salientou que tem uma boa relação com Coronel David, que é um político alinhado com os objetivos da direita desde 2014.

“Ele tem a mesma filosofia do presidente Bolsonaro, de quem é um amigo muito próximo. Quando falei para o Bolsonaro que o convidaria para o cargo, o presidente me disse que não tinha um nome melhor para reunir a direita campo-grandense”, revelou Tenente Portela.

Ele ainda divulgou que o bom trânsito de Coronel David em vários municípios de MS vai auxiliar no fortalecimento da legenda em todo o Estado.

“O Coronel David tem muita influência nos municípios de Amambai, Terenos, Jateí, Bataguassu, Alcinópolis, São Gabriel do Oeste, Rio Verde e Coxim, o que deve ajudar no nosso projeto para as eleições de 2026”, analisou.

O mandatário estadual da sigla acrescentou que o PL visa atender à meta estabelecida por Bolsonaro, que é fazer o máximo de deputados federais possíveis e pelo menos um senador.

“O Bolsonaro quer eleger dois senadores, mas se não for possível, um é imprescindível. A gente está trabalhando para isso”, avisou.

Tenente Portela também fez questão de ressaltar que Bolsonaro conta com a filiação ao PL do ex-governador Reinaldo Azambuja, que hoje é presidente estadual do PSDB, para que seja o primeiro candidato a senador pela sigla.

“O segundo nome tem tudo para ser a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, que é uma boa opção”, assegurou.

O titular estadual da legenda garantiu que, por enquanto, o PL não pretende lançar candidato ao governo, pois o governador Eduardo Riedel (PSDB) fez um acordo com Bolsonaro para que o partido apoie a reeleição dele em Mato Grosso do Sul.

“Por isso, não teremos candidatura para governador. Temos um compromisso que foi feito com o Riedel pelo nosso presidente”, concluiu.

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JUSTIÇA

STF condena mulher que pichou estátua a 14 anos de prisão

Débora foi condenada por cinco crimes, inclusive golpe de estado

25/04/2025 17h40

Pichação feita na estátua da Justiça, localizada na frente do STF

Pichação feita na estátua da Justiça, localizada na frente do STF Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira (25) a 14 anos de prisão a cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase "Perdeu, mané" na estátua A Justiça, localizada em frente ao edifício-sede da Corte.

A condenação a 14 anos por cinco crimes foi obtida pelos votos dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Cristiano Zanin votou pela condenação a 11 anos, e Luiz Fux aplicou pena de um ano e seis meses de prisão.

Com o fim do julgamento, a cabelereira está condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Após a publicação da decisão, a defesa de Débora poderá recorrer da decisão. Ela está em prisão domiciliar. 

Divergência

O julgamento foi suspenso no mês passado por um pedido de vista do ministro Luiz Fux, que devolveu o caso para julgamento.

Na manifestação proferida hoje, Fux votou pela condenação a um ano e seis meses de prisão somente pelo crime de deterioração de patrimônio tombado. O ministro absolveu a acusada dos crimes contra a democracia.

"O que se colhe dos autos é a prova única de que a ré esteve em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023 e que confessadamente escreveu os dizeres “Perdeu, Mané” na estátua já referida", justificou o ministro.

Após o voto de Fux, Moraes publicou um adendo ao seu voto para reafirmar que ela participou dos atos golpistas e também deve ser condenada pelos crimes contra democracia, não só pela depredação. 

Segundo Alexandre de Moraes, Débora confessou que saiu do interior de São Paulo, veio para Brasília e ficou acampada em frente do quartel do Exército para participar dos atos golpistas.

"Débora Rodrigues dos Santos buscava, em claro atentado à democracia e ao estado de direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de intervenção das Forças Armadas”, afirmou o ministro.  

Defesa 

No início do julgamento, os advogados afirmaram que receberam o voto do ministro Alexandre com "profunda consternação". Segundo a defesa, o voto pela condenação a 14 anos de prisão é um "marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro".

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