Política

ELEIÇÕES 2022

Falha da TVE deixa propaganda de Marquinhos Trad fora de horário eleitoral

Ex-prefeito diz que gravou e enviou o programa, mas na montagem da programação, a emissora cabeça de rede não incluiu o vídeo

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O primeiro dia destinado às propagandas partidárias do horário eleitoral gratuito obrigatório, nesta sexta-feira (26), não teve ataques de candidatos, mas foi marcado pela ausência do programa do candidato ao governo do Estado, Marquinhos Trad (PSD).

Durante o tempo destinado ao candidato, não houve exibição de propaganda do ex-prefeito, apenas a tela azul com a mensagem indicando que o horário era dedicado ao programa dele, durante todo o tempo a que ele tinha direito.

Em nota, Marquinhos Trad alega que gravou e enviou o programa para a TVE, que é a cabeça de rede da primeira semana de horário eleitoral, ou seja, a emissora responsável por juntar todas as propagandas de todos os candidatos no programa que vai ao ar e distribuir às emissoras.

Marquinhos diz que houve boicote a ele e ao candidato ao Senado, juiz Odilon, que também não teve o programa exibido.

"O programa foi enviado pela Coligação Muda MS, mas estranhamente, não foi ao ar", diz a nota.

Ao notarem que a propaganda não foi exibida, equipe responsável pela coligação foi até a TVE, com o comprovante do envio dos vídeos em mãos. O programa teria sido enviado na quarta-feira (24), baixado na quinta (25), mas não foi montado no programa distribuído para ir ao ar.

Segundo a equipe de Marquinhos, funcionários da TVE teria alegado estar sozinho e sem pessoal e não soube informar o motivo da propaganda do ex-prefeito não ter sido incluída.

Os responsáveis pela coligação, no entanto, insistiram para que ele montasse o programa, para que as propostas de Marquinhos Trad sejam exibidas pelo menos no horário eleitoral que vai ao no período da noite.

"As emissoras de televisão e rádio fazem um rodízio na distribuição dos programas. Os chamados “cabeça de rede” têm o dever de distribuir os programas para as demais emissoras. A TVE foi a primeira cabeça para distribuição na TV, mas estranhamente, boicotou Marquinhos e Odilon", diz a nota.

A Coligação Muda MS estuda medidas judiciais para reparação do tempo perdido.

Problemas técnicos

Em nota, a TVE afirmou que houve problemas técnicos com os players, aplicativos onde são carregados os vídeos utilizados para baixar os programas eleitorais e as inserções partidárias.

Por este motivo, as produções audiovisuais de algumas coligações que seriam exibidas pela manhã, não foram ao ar corretamente.

"Para reparar os danos da audência dos vídeos dna grade do programa eleitora gratuito, a TV Educativa já entrou em contato com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MS) neste feriado e aguarda as demandas encaminhadas pela Justiça Eleitoral", diz a nota.

A emissora também afirma que tem compromisso com a população de Mato Grosso do Sul e "buscará a qualquer custo a reparação dos possíveis danos produzidos em função dos problemas de ordem ténica ocorridos".

Propaganda eleitoral

Os candidatos ao governo e ao Senado por Mato Grosso do Sul se desdobraram em 25 minutos, e apresentaram suas propostas de campanha nesta sexta-feira (26).

Neste primeiro dia, o foco em se apresentar aos eleitores, falar de trajetórias e parabenizar Campo Grande pelos 123 anos.

Durante o período de propaganda, ocorrido entre o fim da manhã e o início da tarde, falaram à população candidatos ao Senado, deputados estaduais e candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul.

Governo

Entre os candidatos ao governo de MS, Adonis Marcos (PSOL), foi o primeiro candidato ao cargo a apresentar seu programa eleitoral.

Com 11 segundos de fala, o candidato do PSOL se apresentou brevemente.

Ele foi sucedido por Rose Modesto (União Brasil), que em pouco mais de dois minutos de tela falou de suas origens, conquistas por ter vindo de família com baixas condições financeiras e contou sua trajetória de trabalho.

Após a fala da candidata, o ex-secretário estadual de Infraestrutura de Campo Grande, Eduardo Riedel (PSDB), iniciou sua fala em tom questionador: “você votaria em uma pessoa que você não conhece bem?”.

Ele usou o tempo para se apresentar, apresentar projetos e trabalhos realizados, e ressaltou também o apoio ao atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). 

Em 59 segundos, André Puccinelli (MDB) usou o tempo para falar sobre coisas feitas durante o período em que foi governador do Estado, com a fala de que submete à população o que ele já fez. O emedebista também prometeu mais avanços à Mato Grosso do Sul. 

A advogada Giselle Marques (PT) aproveitou o dia do aniversário de Campo Grande para homenagear a cidade pelos 123 anos e citou o envolvimento dela com o município e o estado. 

Por fim, o horário eleitoral foi encerrada pelo Capitão Contar (PRTB), que em 16 segundos, prometeu, caso eleito, “mudança de verdade” e também chamou a população a conhecê-lo através das redes sociais.

Senado

Primeiro a aparecer na tela, o candidato ao senado, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) teve pouco mais de um minuto de pronunciamento e também homenageou Campo Grande, falou sobre à Covid-19 e finalizou com a frase “nós somos do tamanho dos nossos sonhos”.

Com 47 segundos, e o terceiro maior tempo de tela entre os candidatos ao senado, Tiago Botelho (PT) foi o próximo a falar. Durante seu pronunciamento, Botelho se disse “senador do Lula” e prometeu reconduzir o povo brasileiro para um caminho de felicidade, "sem andar para trás".

O ex-juiz federal Odilon Oliveira e a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), não teviram o programa exibido.

Tempo dos candidatos

Abaixo, Confira a ordem dos partidos e os tempos de cada candidato:

Governo

  • PSOL: Adonis Marcos - 20 segundos
  • União Brasil: Rose Modesto - 2 minutos e 3 segundos
  • PSDB: Eduardo Riedel - 3 minutos e 41 segundos
  • MDB: André Puccinelli - 59 segundos
  • PSD: Marquinhos Trad - 1 minuto e 14 segundos
  • PT: Giselle Marques - 1 minuto e 24 segundos
  • PRTB: Capitão Contar - 16 segundos

Senado

  • PSOL: Anízio Tocchio - 11 segundos
  • União Brasil: Luiz Henrique Mandetta - 1 minuto e 9 segundos
  • PSD: Juiz Odilon - 42 segundos
  • PP: Tereza Cristina - 2 minutos e 4 segundos
  • PT: Professor Tiago Botelho - 47 segundos

Presidência

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o maior tempo diário dentre todos os candidatos, por ter a maior coligação. Serão 3 minutos e 39 segundos de fala, com 287 inserções. Em seguida, está o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, com 2 minutos e 38 segundos e 207 inserções.

Confira a ordem no primeiro dia do horário eleitoral e o tempo de cada partido/coligação:

  • Roberto Jefferson - PTB (14) - 25 segundos / 33 inserções
  • Soraya Thronicke - União Brasil (44) - 2 minutos e 10 segundos / 170 inserções
  • Felipe D’Avila - Partido Novo (30) - 22 segundos / 30 inserções
  • Luiz Inácio Lula da Silva - Coligação Brasil da Esperança (13) - PT, PCdoB, PV, PSOL/Rede, Solidariedade, PSB, AGIR, Avante e Pros - 3 minutos e 39 segundos / 287 inserções
  • Simone Tebet - Coligação Brasil para Todos (15) - MDB e Federação PSDB-Cidadania e Podemos - 2 minutos e 20 segundos / 185 inserções
  • Jair Bolsonaro - Coligação Pelo Bem do Brasil (22) - PL, PP e Republicanos - 2 minutos e 38 segundos / 207 inserções
  • Ciro Gomes - PDT (12) - 52 segundos / 68 inserções

No caso da propaganda pelo rádio, serão exibidas as falas dos presidenciáveis sempre às terças, quintas e sábados, de 7h às 7h12 e, depois, de 12h às 12h12. 

Já na televisão, o horário é de 13h às 13h12 e 20h30 às 20h42. 

Nesses mesmos dias, serão exibidos os programas de candidatos a deputado federal. O horário gratuito terá 50 minutos em rede, divididos em dois blocos de 25 cada.

Já o tempo total por dia de inserções é de 70 minutos, com inserções de 30 a 60 segundos, divididos igualmente para os cargos que estão em disputa, isto é: senador, governador, presidente, deputado estadual e deputado federal. A distribuição levará em conta três blocos de audiência, entre as 5h e 00h.

Em relação aos programas em bloco, após o primeiro dia de exibição, o partido ou a coligação que veiculou a propaganda em último lugar será o primeiro a apresentá-lo no dia seguinte, seguido pelas demais veiculações estabelecidas no sorteio. 

As sobras de 30 segundos foram sorteadas entre a coligação Brasil para Todos (de Tebet), coligação Brasil da Esperança (de Lula) e o partido Novo.

ORDEM DOS ADVOGADOS

Bitto Pereira é reeleito presidente da OAB-MS com mais de 59% dos votos

O atual presidente da Ordem conquistou 5.005 votos, enquanto o concorrente, advogado Lucas Rosa, obteve 3.380 votos

23/11/2024 08h00

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com 5.005 votos, o advogado Luiz Cláudio Alves Pereira, o Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), foi reeleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027.

Ele derrotou o advogado Lucas Costa da Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”), que obteve 3.380 votos. Ou seja, o atual presidente conseguiu mais de 59% dos 8.500 votos – foram 177 votos em branco e 220 nulos.

“Esse é o momento de externar a nossa gratidão a essa demonstração de confiança. Foi uma festa democrática e, felizmente, a maioria escolheu por um trabalho que nós realizamos não só na Capital, mas em todas as subseções da OAB-MS. Uma vitória histórica que nos deixa com muita alegria e com muito mais vontade de trabalhar”, declarou Bitto Pereira.

Ele ainda aproveitou para agradecer à advocacia.

“Em nome da chapa 22, a nossa gratidão por essa demonstração de força, pois tivemos uma vitória maiúscula, muito obrigado. Acho que o trabalho que nós fizemos visitando as subseções com a OAB Itinerante e com a Caravana das Prerrogativas mostrou que o presidente da OAB tem que ir onde a advocacia está”, ressaltou. 

O presidente reeleito completou que, ao obter 5.005, conseguiu uma vitória inédita e de uma maneira jamais feita na história da OAB-MS.

“O nosso resultado nas urnas é uma vitória maiúscula. Eu agradeço a Deus por ter trazido a gente até aqui com saúde. E um dia cheio de alegria, meu coração está transbordando de alegria”, assegurou.

Para finalizar, Bitto Pereira disse que uma marca do seu próximo mandato será o empreendedorismo na advocacia.

“Essa será a marca da próxima gestão da OAB-MS. Muito obrigado a todos vocês por participarem dessa festa democrática. Eu também gostaria de agradecer a toda a imprensa pelo papel importante que tem, levando as informações, também divulgando quais são as propostas dos candidatos”, destacou.

Ele ainda completou que a sua vitória resgatou aquele processo de escolha com base em propostas, com base em um debate que foi, tanto para a entidade quanto para a sociedade, aquilo que se espera de uma instituição do tamanho e da grandeza da OAB-MS.

“Eu penso que foi uma campanha tranquila, mas trouxemos muito da política comum para dentro da Ordem. Isso está se mostrando aqui no resultado, que não foi algo que a advocacia aceitou. Então, penso que a OAB tem que voltar a ser a instituição que sempre foi”, projetou.

O presidente reeleito também acrescentou que a OAB-MS tem problemas internos e externos que precisam ser resolvidos para que a advocacia possa dar voz à sociedade.

“É isso que nós temos que fazer, mas trazer a política comum para dentro da nossa instituição só causa uma fissura, que é muitas vezes é incompreendida pela nossa categoria e também pela sociedade”, analisou.

Já o ex-presidente da OAB-MS Mansour Elias Karmouche lembrou que a votação em Bitto Pereira foi a maior da história da Ordem.

“Ele teve a maior diferença. Inclusive, eu já estou achando ruim, porque bateu o meu recorde, que foi de 4.026 [votos] e quase 1.600 de frente, e o Bitto teve 5.005 votos e 1.612 de frente. Então, ele teve uma votação histórica para a OAB-MS. Eu falei: ‘Presidente, você ganhou com a maior votação da história e você ganhou com a maior diferença da história’, que acabou também de passar o meu recorde”, declarou.

FILA

Na Capital, uma fila gigantesca de advogados se formou logo nas primeiras horas de votação na sede da OAB-MS, onde pelo menos 150 pessoas aguardavam a vez para votar. Cada pessoa demorou, em média, 40 minutos na fila para conseguir concluir a votação.

Advogada e especialista em Direito da Família, Karina Koschnski foi uma das primeiras a chegar no local para votar.

“Assim como na política partidária, temos que escolher o nosso representante, que vai representar a nossa classe. A junção da classe é muito importante para conquistar o que precisamos. Estou confiante que meu candidato vai ganhar, porque foi uma campanha muito bonita. E hoje, se Deus quiser, o resultado virá”, pontuou a profissional.

Já a advogada especialista na área criminal Allyne Romanos ressaltou a importância desse dia para os profissionais da advocacia sul-mato-grossense. 

“A importância das eleições para mim é escolher um candidato que esteja ali coordenado com os pensamentos que eu tenho, os meus anseios, as minhas dores enquanto advogada. Então, é importante a gente prestar atenção nas propostas, fazer a escolha correta, porque nós vamos ficar três anos com alguém em uma gestão que tem a capacidade de nos escutar e solucionar os nossos problemas”, ressaltou.

*Colaborou Naiara Camargo

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CPI das Bets

Senadora tem reforço na segurança pessoal após receber ameaças

Escolhida como relatora da CPI das Bets, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) solicitou reforço na segurança pessoal em meio às investigações sobre irregularidades nas apostas esportivas

22/11/2024 16h15

Senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke

Senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke Agência Senado

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Após ser escolhida como relatora da CPI das Bets, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) solicitou reforço na segurança pessoal em meio às investigações sobre irregularidades nas apostas esportivas. A parlamentar relatou que ela e o presidente da comissão estão sob escolta 24 horas por dia após receberem ameaças.

No início desta semana, a senadora de Mato Grosso do Sul foi escolhida para ser relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A parlamentar explicou as linhas de investigação, e o colegiado deve apurar a crescente influência dos jogos virtuais de apostas, além da possível associação com organizações criminosas envolvidas em práticas de lavagem de dinheiro.

Preocupada com a segurança pessoal, tanto em Brasília quanto em Mato Grosso do Sul, a senadora explicou que as medidas foram recomendadas pela própria Polícia Federal devido à complexidade do caso, que envolve o crime organizado.

Acompanhe a nota abaixo: 

A senadora Soraya Thronicke, em virtude de sua atuação como autora do requerimento e relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, está diretamente envolvida na condução das investigações que são de grande relevância nacional. Devido à complexidade do tema e aos possíveis riscos inerentes ao enfrentamento de interesses que podem ser contrariados por essas investigações, tornou-se necessário reforçar a segurança da parlamentar.

Por isso, agora a senadora Soraya conta com escolta garantida pela Polícia Legislativa, que também trabalhará em conjunto com a Polícia Federal. 

CPI das apostas esportivas 

Em pauta há meses no Senado, a CPI das Apostas é uma luta constante contra o vício nas apostas esportivas, que tem assolado a economia brasileira e preocupado os deputados com a influência crescente dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras.

Por causa desta preocupação, a criação da CPI foi endossada por outros 30 senadores e o texto foi lido no Plenário no último dia 8 de outubro. O mínimo de assinaturas permitidas para a criação de uma CPI é de 27 senadores. O número de membros da comissão será de 11 titulares e 7 suplentes.

Agora, a comissão terá 130 dias para investigar irregularidades nas plataformas online que operam no país, com um limite de despesas de R$ 110 mil.

Sobre a CPI, a intenção de Soraya Thronicke é analisar a prática de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro, além da influência de personalidades brasileiras no funcionamento dos programas de apostas. A suspeita é de que os softwares sejam programados para causar prejuízos aos apostadores e garantir uma margem exagerada de lucro às empresas Após a leitura do requerimento no Plenário, a senadora também destacou o fato do vício em jogos online ser silencioso, ao contrário do vício em álcool ou drogas ilícitas.
 

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