Política

CPI da Previdência

Federação dos Delegados da PF
aponta desvios de R$ 143 bi no INSS

Federação dos Delegados da PF
aponta desvios de R$ 143 bi no INSS

DA REDAÇÃO

18/08/2017 - 19h48
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O representante da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Marcelo Borsio, afirmou nesta quinta-feira (17), na CPI da Previdência, que atualmente um terço do que é pago pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) são pagamentos fraudulentos.

“Os sistemas em geral permitem a manipulação de informações. Não há controle algum e cerca de R$ 11 bilhões por mês, mais de R$ 143 bilhões por ano, são jogados no lixo devido à ação dos fraudadores da Previdência Social”, disse.

Ele completou que o governo está abrindo mão de bilhões de reais por ano e que vai sufocar os trabalhadores.

“Há quem está rindo de tudo isso as nossas custas. São bilhões e bilhões de reais em dívidas não pagas. Aliás, há propostas de novas leis para execução fiscal mais célere, efetuadas pela Procuradoria da Fazenda Nacional, e que estão paradas no Congresso à espera de um milagre para serem votadas e que agilizarão sobremaneira essa cobrança, que o governo federal diz que não faz porque é lenta. Por que não aprova a lei que dá maior celeridade?”, indagou.

Borsio apresentou dados e tipos de crimes previdenciários, como as fraudes e falsificações que afetam diretamente as contas da Seguridade Social.

O delegado pediu mais transparência nas contas previdenciárias, o fim das renúncias fiscais bilionárias, as desonerações de folha de salários e o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) para a Seguridade Social.

“Por que o governo federal insiste em afirmar que a Seguridade Social é deficitária, mas também insiste em extrair mensalmente por meio da DRU 30% desse mesmo caixa ‘deficitário’. Isso precisa parar urgentemente”, defendeu.

Para Borsio, o corte de funcionários defendido pelos representantes do governo não se justifica e que eles não questionam os argumentos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (ANFIP).

GESTÃO

A entidade apresentou informções de que o governo não inclui nos cálculos da receita as contribuições de PIS/COFINS, por exemplo, em que demonstra um valor superavitário da Previdência e não deficitário, argumento defendido pelo governo para a reforma.

Segundo Borsio, o problema do Brasil é de gestão. “A Polícia Federal quer ter tempo para investigar e prender as associações e organizações criminosas, mas tendo o poder público contribuído para que os tais ‘gargalos a céu aberto’, nos sistemas, deixem de ocorrer’,” completou.

Para o presidente do INSS, Leonardo de Melo Gadelha,  houve uma queda de funcionários, o que facilitou o aumento do número de fraudes no sistema previdenciário.

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, apresentou algumas soluções, mas em sua opinião não devem resolver o problema da Previdência Social.

Entre os pontos, ele mostrou a importância de reavaliar o modelo de renúncias tributárias no contexto da Previdência e a necessidade e uma definição de um percentual mínimo para caracterização das empresas agroindustriais.

“Os recursos da Previdência não devem ser utilizados como incentivos a setores econômicos específicos”, disse.

Além disso, pediu para estabelecer contribuição previdenciária mínima para financiamento dos benefícios dos segurados especiais, a exclusão da contribuição previdenciária do rol dos tributos que integram o Simples Nacional e elevar os subsídios para o financiamento dos benefícios dos Micro Empreendedores Individuais (MEI).

O secretário da Previdência, Marcelo Caetano, destacou os dados demográficos como uma necessidade de reforma.

Ele lembrou que o número de idosos deve ir de 8%, em 2017, para 27% em 2060. Segundo Caetano, a redução da taxa de fecundidade, ou seja, cada vez mais jovens gera um impacto sobre a  receita futura no sistema financiado por repartição simples, ou seja, cada vez menos jovens.

Além disso, o aumento da expectativa de sobrevida, trazendo impacto sobre a despesa, tendo maior duração dos benefícios.

Política

Moraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros sete

Caberá ao ministro Cristiano Zanin marcar a data do julgamento no STF

13/03/2025 20h00

Moraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros sete

Moraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros sete FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta quinta-feira (13) para julgamento a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e mais seis investigados pela trama golpista.Moraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros seteMoraes libera para julgamento denúncia contra Bolsonaro e outros sete

Com a liberação da denúncia para julgamento, caberá ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, marcar a data do julgamento.

Os ministros do colegiado vão decidir se Bolsonaro e os demais acusados viram réus e passam  a responder a processo criminal na Corte pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada,  dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A denúncia que será julgada envolve o núcleo 1 da investigação sobre a trama golpista,  acusado de liberar a tentativa de impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Lula da Silva.

Foram denunciados:

  • Jair Bolsonaro - ex-presidente da República
  • General Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro em 2022)
  • General Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
  • Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal);
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
  • Paulo Sérgio Nogueira (general do Exército e ex-ministro da Defesa);
  • Mauro Cid (delator de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).

Primeira Turma

O processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

 Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

 Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

 A data do julgamento ainda não foi definida. Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025.

senado

Tereza Cristina é eleita vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores

A CRE é uma das comissões mais antigas do Senado, ao lado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

13/03/2025 19h08

Senadora Tereza Cristina

Senadora Tereza Cristina Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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A senadora Tereza Cristina foi eleita, por aclamação, vic-presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), nesta quinta-feira (13), para o biênio 2025-2026.

A reunião foi conduzida pelo presidente, o senador Nelsinho Trad (PSD), que já está no cargo desde fevereiro.

Tereza Cristina era a única candidata para a vice-presidência e foi eleita por votação simbólica, quando não há contagem formal dos votos favoráveis. 

   

"Estou muito feliz em poder ajudar nesta comissão que é uma das mais importantes desta Casa", disse a senadora, em pronunciamento após sua eleição.

Tereza afirmou ainda que organismos internacionais podem ser peças importantes para frear os impactos na mudança das relações comerciais internacionais, como as novas tarifas que os Estados Unidos passaram a cobrar de países estrangeiros.

É o caso da Organização Mundial do Comércio (OMC), que trata das regras do comércio entre as nações e que ela considera hoje “esvaziada”.

“Os países deveriam tentar reerguer e colocar o peso que essa instituição merece nas relações comerciais do mundo”, ressaltou Tereza.

Comissão

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) tem 19 membros titulares e 19 suplentes e é uma das comissões mais antigas do Senado, ao lado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

As duas são as únicas que estão em atividade contínua desde antes da promulgação da Constituição Federal, em 1988.

Além de temas referentes às relações internacionais do Brasil (incluindo escolha de embaixadores e comércio exterior), a CRE também trata de questões relacionadas à defesa nacional e às Forças Armadas.

* Com Agência Senado

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