Política

ELEIÇÕES 2024

Filha de ex-prefeito de Coronel Sapucaia tenta ser eleita para continuar legado do pai

Najla Mariano é filha de Eurico Mariano, que já foi condenado por homicídio e desvio de recursos públicos no município

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A política de Mato Grosso do Sul continua marcada pelas sucessões familiares na administração pública e nas eleições municipais deste ano a história pode se repetir com candidatos tentando manter a dinastia de suas famílias no comando das cidades do interior.
 
Esse é o caso de Coronel Sapucaia (MS), onde a empresária Najla Marienne Schuck Mariano, filha do ex-prefeito Eurico Mariano, busca dar continuidade ao legado da família disputando a eleição para prefeita do município pelo MDB.
 
A fama da família Mariano é bem conhecida na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, mas os integrantes estavam desaparecidos da vida pública. O retorno acontece nas eleições municipais deste ano, 20 anos depois da morte do radialista paraguaio Samuel Román, executado com 11 tiros de pistola, a mando do de Eurico Mariano.
 
O pai da candidata Najla Mariano foi condenado a 17 anos e 9 meses de prisão em 2008. Após o crime, o ex-prefeito fugiu para o Paraguai onde se escondeu por 11 anos até ser preso em pela Polícia Nacional do Paraguai, em Capitán Bado, cidade paraguaia que faz fronteira com Coronel Sapucaia.
 
Eurico Mariano era procurado pela Interpol e, no período de buscas internacionais por autoridades estrangeiras e nacionais, Najla Mariana, que foi vereadora entre 2012 e 2016, decidiu se afastar da vida pública.
 
Preso, Eurico Mariano também foi condenado por contratar “funcionários fantasmas” para a Prefeitura de Coronel Sapucaia durante a sua gestão em 2002. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), ele desviou R$ 363 mil dos cofres públicos através do esquema fraudulento de contratação de servidores.
 
A investigação apontou que o ex-prefeito realizou a contratação de servidores em cargos de confiança e que os contratados não cumpriam a carga horária de trabalho, além de devolver o salário ao prefeito e outros gestores municipais. Mesmo preso e condenado por assassinato e desvio de dinheiro público, Eurico Miranda ainda tem forte influência política no município, onde agora tenta eleger a filha.

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Política

Kits de robótica: ex-assessor de Lira pede de volta R$ 107 mil que PF confiscou

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a liberação dos valores

21/09/2024 21h00

Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar no plenário virtual recursos de investigados para resgatar valores apreendidos pela Polícia Federal no inquérito dos kits de robótica. São reivindicados R$ 3.799.840,00 e US$ 24 mil, além de cheques. O dinheiro foi encontrado pela PF em cofres, malas e mochilas durante as buscas na Operação Hefesto, em junho de 2023.

O ministro Gilmar Mendes é o relator do processo e abriu a votação. Ele já havia negado, em decisão individual, a devolução do dinheiro. O ministro manteve o posicionamento e defendeu que, por "cautela", os valores permaneçam depositados em uma conta judicial até que os investigados comprovem a origem.

"Como condição para liberação do dinheiro, os interessados deverão ingressar com ação cível contra a União e comprovar a origem lícita do numerário", defendeu o ministro.

Em seu voto, Gilmar argumenta que "o contexto de desvio de verbas públicas e a existência de dúvida razoável acerca da origem dos recursos, justificam a remessa das partes ao juízo cível, para que ali discutam sua titularidade".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a liberação dos valores. Em manifestação enviada ao STF, o órgão afirmou que a apreensão de altas somas de dinheiro vivo, no contexto da investigação sobre desvios de verbas públicas e lavagem de capitais, "suscita dúvidas razoáveis sobre a origem dos recursos e pressupõe um juízo de valor sobre a sua titularidade".

O julgamento foi aberto na sexta-feira, 20, e vai até o próximo dia 27. Integram a Segunda Turma, além de Gilmar Mendes, os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

O ex-assessor parlamentar Luciano Ferreira Cavalcante, e a mulher dele, Glaucia Cavalcante, pediram a restituição de R$ 107,5 mil. O motorista Wanderson Ribeiro Josino de Jesus requer a devolução de R$ 150 mil. O policial civil Murilo Sergio Juca Nogueira Junior busca recuperar R$ 3,5 milhões e US$ 24 mil, encontrados em um cofre.

A investigação se debruçou sobre suspeitas de desvios em contratos para a compra de kits de robótica para escolas municipais de Alagoas. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e aliados entraram na mira da PF. O inquérito foi arquivado por Gilmar Mendes, que considerou que a apuração não poderia ter começado na primeira instância.

Bens apreendidos, como automóveis e computadores, foram devolvidos. O dinheiro em espécie encontrado pela PF, no entanto, permanece sob custódia da Justiça.

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Política

Lula segue para 79ª Assembleia da ONU, em Nova York

Combate à fome e à crise climática serão temas de seu discurso

21/09/2024 20h00

Ricardo Stuckert / PR

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca na noite deste sábado (21) em Nova York (EUA), onde participa da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Lula discursará na terça-feira (24) na abertura do evento e deve falar sobre o combate à fome e à crise climática. Por tradição, desde a 10ª sessão da cúpula, o presidente do Brasil é sempre o primeiro país a discursar.

Na última terça-feira (17), o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Carlos Márcio Cozendey, falou sobre os temas prioritários presentes no discurso de Lula. “Podemos esperar que eles [temas] sigam um pouco a agenda que o Brasil propôs para o G20, ou seja, que falem de inclusão, combate à fome, transição energética e reforma da governança global”, afirmou Cozendey.

A Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos principais órgãos da ONU e reúne os 193 estados que fazem parte da organização, com cada nação tendo o direito a um voto. Para o Brasil, a abertura do Debate Geral da AGNU permite apresentar as prioridades do país, tanto internamente quanto internacionalmente.

Uma nova sessão da Assembleia Geral é iniciada anualmente, em setembro, com a abertura do debate geral. A 79ª AGNU será presidida pelo embaixador Philémon Yang, de Camarões, que conduzirá os trabalhos da Assembleia até setembro de 2025. É esperada a participação de chefes de Estado ou de governo, criando uma oportunidade para fortalecer relações e diálogos entre os líderes mundiais.

Pacto para o Futuro

Antes da Assembleia na terça, porém, Lula participa da abertura Cúpula do Futuro, que ocorrerá neste domingo (22). Ele será o segundo a discursar no encontro de dois dias. O evento reunirá líderes mundiais para debater formas de enfrentar as crises de segurança emergentes, acelerar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e abordar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais.

Como resultado, a Cúpula do Futuro deve produzir o documento Pacto para o Futuro, negociado entre os estados-membros para reforçar a cooperação global e estabelecer compromissos para uma melhor adaptação aos desafios atuais, para o futuro do multilateralismo renovado e eficaz, para benefício das gerações futuras.

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