Política

Bom companheiro

Filiação de Riedel consolida aliança com Tereza Cristina, diz Barbosinha

Chefe do Executivo estadual oficializou a mudança de legenda pela manhã

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O vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), comentou a filiação do governador Eduardo Riedel ao Partido Progressistas (PP). O chefe do Executivo estadual oficializou a mudança de legenda pela manhã, durante a Convenção Nacional do partido em Brasília, deixando o PSDB, mudança que segundo Barbosinha, fortalece aliança entre o ex-tucano. 

“Eu penso que, do ponto de vista estadual, o governador Eduardo Riedel consolida uma grande parceria com aquela que de fato sempre foi a sua grande aliada política, a senadora Tereza Cristina. Agora, o que era uma situação de fato passa a ser uma situação de direito”, afirmou o vice-governador, em referência à presidente estadual do partido e líder da sigla no Senado. As declarações ocorreram durante a inauguração do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes), nesta terça-feira (19), no Bairro Lageado, em Campo Grande. 

Ao comentar sobre eventuais rupturas políticas em decorrência da mudança, Barbosinha minimizou.
“A ruptura existiria se o posicionamento do governador Eduardo Riedel fosse diferente do que ele adotou. O governador é de centro-direita. A postura dele desde o período eleitoral e durante o seu governo sempre foi dessa forma”, disse.

Ele também destacou que a relação institucional do governo estadual com o governo federal se mantém inalterada.

“Aqui no Mato Grosso do Sul, a gente separa muito bem a questão administrativa da questão política. Onde há parcerias, parcerias existem. De forma muito transparente, de forma muito tranquila. Essa relação institucional, eu acredito, se mantém”, explicou.

Questionado sobre possíveis reações de partidos da base aliada, como o PT, Barbosinha afirmou que cabe às siglas se posicionarem.

“Não sei se eles se surpreenderam. É eles que têm que responder a essa pergunta. Do ponto de vista do governador, ele mantém o padrão de conduta que sempre sustentou desde o período eleitoral e durante o seu governo”, pontuou.

A ida de Riedel ao Progressistas foi articulada principalmente pela senadora Tereza Cristina, que o saudou como novo vice-presidente nacional do partido.

Filiação

Riedel anunciou oficialmente o ingresso no partido, na manhã desta terça-feira (19), durante Convenção Nacional do PP, realizada no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, em Brasília.

Conforme adiantado pelo Correio do Estado, o chefe do executivo estadual se filiou ao partido e já conseguiu uma cadeira na vice-presidência: ele foi eleito como vice-presidente nacional do PP, junto com a senadora Tereza Cristina (PP-MS). Ele assinou a ficha de filiação na sexta-feira (15).

"Venho para o PP com tranquilidade e com a segurança de que nós estaremos unidos pelo propósito nesse país. Eu fico feliz de estar presente e vir aqui hoje na convenção nacional do PP pra participar desse momento. Lá, no Mato Grosso do Sul, o PP tem a liderança da senadora Tereza, a mais votada na história do estado para o Senado Federal e carrega dentro das suas propostas, seus valores, um propósito muito claro de desenvolvimento e uma agenda absolutamente transparente", destacou Riedel durante oficialização de entrada no partido.

A senadora de MS, Tereza Cristina, deu boas-vindas ao amigo e aliado. 

"[Quero] dar as boas vindas ao meu amigo, sobretudo é um grande governador que Mato Grosso do Sul tem hoje. É um governador que eu estou aqui para apoiá-lo e para também dizer que no seu próximo mandato, que com certeza será reeleito governador progressista, fazendo a diferença também aí no nosso Brasil. Nós nos conhecemos, nos respeitamos, há muitos anos e eu sei que, fundamentado nesse longo convívio que temos, que a filiação do governador é uma contribuição fundamental para o nosso partido em Mato Grosso do sul e no Brasil, não apenas nos planos estaduais e regionais, mas na cena nacional é um reconhecimento positivo", disse a senadora.

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Política

STF forma maioria de votos contra marco temporal de terras indígenas

Os seis votos foram dos ministros Gilmar Mendes, relator, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli

17/12/2025 18h15

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quarta-feira (17) maioria de votos pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. 

Até o momento, a Corte tem placar de 6 votos a favor e nenhum contra a restrição às demarcações. A maioria foi formada pelos votos dos ministros Gilmar Mendes, relator, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Ainda faltam quatro votos.

A votação virtual começou na segunda-feira (15) e fica aberta até quinta-feira (18), às 23h59.

Luta contra o marco temporal

Em 2023, o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo voltou a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

Mato Grosso do Sul

A decisão interessa, principalmente, o Estado de Mato Grosso do Sul, que possui a terceira maior população de indígenas do país. De acordo com último Censo, divulgado pelo IBGE em 2022, Mato Grosso do Sul saiu de 77.025 originários em 2010 para 116.346 mil. A população de MS fica atrás apenas do Amazonas (490,8 mil) e da Bahia (229,1 mil).

Os cinco maiores municípios de MS em população indígena são: Campo Grande (18.439), Dourados (12.054), Amambai (9.988), Aquidauana (9.428) e Miranda (8.866).

Do total de indígenas em MS, 68.534 mil pessoas moram em terras indígenas, e outros 47.812 residem fora.

A Terra Indígena Dourados tem a 6ª maior população residente indígena do País, com um total de 13.473 mil. 

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FAMÍLIA RAZUK

Um dia após ser condenado a perda do mandato, deputado Neno vota à distância na Assembleia

Com isso, não comparecendo à assembleia, Razuk não correu o risco de ser notificado da condenação ou da perda do mandato

17/12/2025 15h00

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira Marcelo Victor/Correio do Estado

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL) foi condenado ontem (16) pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande a 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por ser indicado como chefe de uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho. 

No entanto, a condenação não impedia o deputado de comparecer à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (17) para a última plenária do ano. Mesmo assim, o parlamentar não compareceu à Casa e participou da votação das cinco propostas aprovadas na ALEMS. 

Mesmo com a sentença, Razuk terá o direito de recorrer à decisão em liberdade. Ao Correio do Estado, o advogado André Borges, da defesa do parlamentar, afirmou que vai recorrer da sentença e que o "processo está longe de encerrar". 

Com o não comparecimento na Assembleia, o deputado não correu risco de ser notificado da condenação e nem prestar esclarecimentos à imprensa. 

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira O voto do deputado apareceu durante as deliberações das propostas na última sessão plenária da ALEMS de 2025 nesta quarta-feira (17) / Fonte: Reprodução

Sentença

A investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apontou que Neno Razuk seria o líder de uma organização criminosa que estaria praticando, de forma intensa, as práticas em Campo Grande após as prisões de Jamil Name e Jamil Name Filho durante a Operação Omertà, deflagradas em 2019 pelo MPMS contra as milícias armadas. 

Segundo as investigações, após as prisões, a família Name teria vendido seus pontos "na marra" e com uso de violência para um grupo de São Paulo, em uma tentativa de roubo a um malote do jogo do bicho que chamou a atenção das autoridades para investigar a situação. 

No documento que decretou 20 prisões preventivas de alvos da quarta fase da Operação Successione e 27 mandados de busca e apreensão, no mês passado, a família Razuk é "conhecida há décadas pela exploração ilegal do jogo do bicho e com expertise nas negociatas relacionadas ao ilícito". 

Além do crime da jogatina ilegal, também foram citados os de "assalto à mão armada e lavagem de dinheiro", especialmente na região de Dourados. 

Nas investigações da Gaeco, o clã da família Razuk tinha o plano de expandir a organização criminosa para o estado de Goiás. 

Segundo a averiguação dos fatos, o grupo realizava estudos com o apoio de organizações do estado goiano, como investidores e figuras influentes, para derrubar a liderança local da jogatina, que era comandado por Carlinhos Cachoeira, um bicheiro local.  

Com um financiamento de R$ 30 milhões de um investidor ainda não identificado, a missão era levar a uma "guerra pelo controle do jogo do bicho que atingiria ambos os Estados", como consta na investigação. 

As penas aplicadas pelo Judiciário somam mais de 100 anos de reclusão e multas que ultrapassam R$ 900.000,00 (novecentos mil reais), além da perda de mandato do deputado estadual Neno Razuk.

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