Política

Bichos

História de amor incondicional

História de amor incondicional

Redação

20/01/2010 - 05h03
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Quando lia algum artigo sobre pessoas mandando fazer clones de seus animais de estimação, costumava imaginar que são pessoas com muito dinheiro e sem ter o que fazer para gastá-lo. Hoje com quase um mês depois da perda do meu amor, Zizou (Zidane), meu pinscher zero, que morreu assim tão de repente, eu posso imaginar o porquê de se fazer um clone. Fui criada em uma casa que sempre teve cachorro. Meu avô materno tinha criação de pointer inglês, seus cães eram treinados para caçar perdiz. Ao longo da vida dele, outras raças havia passando: cocker, weimaranner e por último doberman. E na minha casa materna foram fox paulistinha, teckel e à época um pequinês, paixão da minha mãe. Já na minha casa comecei minha vida “canina” com um cocker, o Snoopy, que sempre digo foi meu primeiro amor. Quero dizer, foi de fato o primeiro ser a me amar de verdade, mas de verdade mesmo. Passaram-se outros, importantes também, mas depois do desaparecimento da Princesa, minha Teckel, de olhos cor de mel e de uma meiguice sem igual, foi que saí de casa decidida a adquirir um novo companheiro para preencher o vazio que esses seres extraordinários sabem tão bem preencher. Aqui em Campo Grande, (MS) onde moro, temos sempre feiras de cães e gatos. Fui a uma e não tinha ideia de qual raça escolher. Bem, como morava em apartamento, sempre dei preferência a raças pequenas, porque os cães em casa são “seres humanos”, ou seja, são tratados como gente. Logo vi um pinscher preto pequenininho, disse-me o vendedor que era zero. Ainda perguntei: “Será mesmo”? O vendedor me disse que se eu quisesse ele me mostraria os pais dele. Diante disso não achei necessário. Quando o levei para casa todos se apaixonaram, ele chegou no bolso da camisa do meu marido, acontecia a Copa de 2006. Dei o nome de Zidane, mas o que pegou mesmo foi Zizou. Ele me deu inúmeras alegrias, tínhamos uma sintonia tão perfeita, que um advinhava o que o outro queria. Ele adorava passear de coleirinha. Quando arrumava a mala para ir à fazenda ele já sabia e ficava numa felicidade só. Passeávamos por lá, adorava correr atrás das galinhas e quando botava as vacas para correr ele se achava poderoso. Mudei para uma casa quando comprei uma fêmea para ele namorar. Infelizmente não tive a mesma sorte, sua namorada é “falsificada”, tem mistura com fox apesar de sua pelagem ser igual a dele. Mas ela foi sua companheirona, eram inseparáveis. Ele dava sinal de que queria sair para o quintal para fazer suas necessidades, quando queria que pegasse sua bola para brincar, quando eu calçava o tênis para caminhar já ficava eufórico. Na hora de sair para trabalhar eu falava assim: “Mamãe zá ( com z mesmo) volta”. Ele ficava triste, mas não latia, e quando chegava em casa era recompensada com ele “rindo” de felicidade. Assistíamos à televisão juntos, sempre coladinho em mim, ele era tão friorento. Não consigo entender. Um dia quando cheguei em casa, ele me recebeu feliz, mas logo percebi que não estava bem. Leveio a uma clínica veterinária, me falaram em intoxicação. Mas ele era tão enjoado para comer! Hoje já comprei outro pinscher na esperança de me enganar, de achar que ele está por perto, mas é lógico, o temperamento não é o mesmo, apesar que vou amá-lo também. Mas o Zizou eu jamais vou esquecer, e se um dia tiver condição, farei um clone dele! Quero ele de volta e a ciência me ajudará, tenho certeza. De fato o amor que esses animais nos proporcianam é incondicional. Eles não nos pedem nada, apenas nos amam.

Política

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro no Natal; internação ocorrerá no dia 24

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star

23/12/2025 14h56

Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 23, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja internado nesta quarta-feira, 24, e faça uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, que fica a menos de três quilômetros de onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro. Ainda não foi informado o horário da chegada do ex-chefe do Executivo no hospital e nem o início do procedimento cirúrgico, previsto para ocorrer no dia 25, feriado de Natal.

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star. O ministro não atendeu o pedido da defesa para visitas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL).

O ministro do STF determinou ainda medidas de segurança no hospital. Uma determinação é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado.

"A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no mínimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital", diz um trecho da decisão.

O ministro proibiu a entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos, determinando apenas a entrada de equipamentos médicos no quarto que receberá o ex-presidente.

JUSTIÇA

Juristas de MS aprovam criação de um código de ética para tribunais superiores

Proposta parte do presidente do STF, Edson Fachin, ao defender que magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade

23/12/2025 08h20

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário Rosinei Coutinho/STF

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A proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de criar um código de conduta para os tribunais superiores, por entender que os magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade, foi bem-aceita pelos juristas de Mato Grosso do Sul.

O advogado Benedicto Arthur Figueiredo Neto lembrou que, etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, caráter e modo de agir.

“Em meio às diversas críticas que alguns ministros do STF têm sofrido por receberem valores para proferirem palestras, o que é totalmente lícito à magistratura, Fachin se inspira no código de conduta da Suprema Corte da Alemanha para a criação de uma normatização ao modo de agir dos seus membros”, explicou.

Ele completou que o código de conduta da Suprema Corte alemã é bastante pragmático e objetivo, no sentido de sempre preservar em primeiro lugar a imagem da Corte e de que a conduta de seus membros sempre siga regras para que essa imagem venha a ser preservada.

“É o caso de como se prevê na Alemanha que os seus membros devem ponderar se o evento do qual vão participar não tem conflito com a reputação e com a honra da Corte. A normatização de um código de ética para tribunais superiores é a franca demonstração de reconstrução da imagem independente pela magistratura, afastando-se da política”, analisou.

Sandro de Oliveira, professor doutor da Faculdade de Direito (Fadir) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), acrescentou que um código de ética da magistratura é pertinente e necessário porque traduz, de forma clara e acessível, os valores que já estão consagrados na Constituição Federal e que devem orientar a atuação de todo agente público, mais especialmente daqueles que exercem a função de julgar.

“O código não cria obrigações novas, mas organiza princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, oferecendo parâmetros objetivos de conduta que reforçam a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, a magistratura ocupa uma posição singular na estrutura do Estado, pois dela se espera independência, equilíbrio e compromisso permanente com os direitos fundamentais”, pontuou.

Sandro de Oliveira ressaltou que um código de ética funciona como instrumento pedagógico e preventivo, ajudando o magistrado a refletir sobre sua postura dentro e fora da jurisdição, à luz do interesse público, da dignidade da função e do dever de imparcialidade, que decorre diretamente do princípio republicano.

“Ao fortalecer a ética institucional, o código contribui para a transparência e para a legitimidade democrática do Judiciário. Ele reafirma que a atuação judicial não está dissociada da administração pública, mas submetida aos mesmos princípios constitucionais que exigem responsabilidade, probidade e prestação de contas à sociedade, elementos que são necessários à consolidação do Estado Democrático de Direito”, assegurou.

Para ele, é importante registrar que códigos de ética e de conduta não são estranhos ao ordenamento jurídico brasileiro. “Ao contrário, diversas carreiras de Estado e do serviço público, de modo geral, já contam com diplomas próprios que orientam a atuação de seus membros. Nesse contexto, a instituição de um código de ética da magistratura não apenas se mostra legítima, como também relevante, na medida em que contribuiria para balizar comportamentos, fortalecer a confiança social no Judiciário e servir de referência normativa e ética para as demais carreiras do Estado brasileiro”, argumentou.

O advogado André Borges citou que a proposta surge depois de fatos recentes, como esposa de ministro do STF com contrato milionário e advogando na Corte do esposo e ministro viajando no jatinho em que estava advogado que posteriormente teve pedido atendido, revelarem a necessidade urgente de ser atualizado o Código de Ética da Magistratura editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Judiciário é importante demais para que sobre ele recaiam dúvidas sobre a honra e a decência de seus integrantes. Proteção ética surge exatamente de um código de ética. Na Suprema Corte dos Estados Unidos isso já foi aprovado. Trata-se de algo que precisa ser aplicado no Brasil, incluindo ministros das cortes superiores de Brasília [DF]. Vivemos em uma república, que tem como característica principal a responsabilidade dos servidores públicos em geral, no que se incluem os magistrados”, comentou o jurista ao Correio do Estado.

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