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Itália vai compartilhar dados apreendidos durante operação

Itália vai compartilhar dados apreendidos durante operação

TERRA

09/02/2014 - 16h30
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A Itália vai compartilhar com a Polícia Federal os dados dos dois computadores e um tablet apreendidos durante a operação que resultou na prisão de Henrique Pizzolato, na última quarta-feira, em Maranello (norte da Itália). Os equipamentos ainda não foram examinados pelas autoridades e o seu conteúdo ainda é desconhecido. Policiais ouvidos pela reportagem acreditam que podem incluir os rastros dos crimes cometidos por Pizzolato, como a falsificação de documentos, de como movimentou dinheiro ou obteve ajuda durante o período que esteve foragido na Europa. Em novembro do ano passado, surgiram rumores de que Pizzolato teria fugido para a Itália com um pen drive com um dossiê com dados da campanha presidencial de Lula em 2002 - o que não foi confirmado até agora.

"Até agora, nosso trabalho ficou focado nos documentos falsos que encontramos com ele. Agora, vamos trabalhar na questão dos computadores'', disse o coronel Francesco Fallica, diretor da divisão de cooperação internacional da polícia italiana. O número 1 da Interpol na Itália vai se reunir amanhã com o adido da Polícia Federal em Roma, Disney Rosseti, em Roma, para discutir uma estratégia para quebrar o sigilo dos dados. Segundo Fallica, os brasileiros devem participar da análise dos arquivos porque é possível que eles guardem informações muito específicas. Ainda não está claro de que maneira isso vai acontecer.
Pela lei brasileira, a verificação de dados em um computador -como emails armazenados- depende de um juiz autorizar a quebra de sigilo.

Uma precaução que deve ser discutida, segundo o chefe da Interpol na Itália, é se a PF vai precisar ou não de autorização judicial no Brasil antes de ter acesso aos dados para poder resguardar a validade de alguma eventual dado útil a uma investigação em curso.
Pizzolato está preso na penitenciária de Modena. Anteontem, a Corte de Apelação de Bolonha rejeitou seu pedido para responder à ação de extradição em liberdade por considerar que havia risco de fuga. Além da ação de extradição para cumprir pena de 12 anos e 7 meses da condenação do mensalão, ele vai responder por uso de documento falso na Itália por causa do passaporte usado em nome do irmão Celso Pizzolato, morto em 1978. A PF também instaurou inquérito no Brasil para apurar o caso.

A mulher de Pizzolato, Andrea Eunice Haas, teria deixado na última sexta o apartamento do engenheiro Fernando Grando, último esconderijo do casal na Europa. Grando, que é engenheiro da equipe Ferrari de fórmula 1, foi procurado e confirmou apenas que a tia deixou o imóvel. Ele não quis conceder entrevista.
 

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Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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