Política

julgamento do mensalão

Lula critica atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal

Lula critica atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal

folhapress

08/02/2014 - 17h45
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a atuação dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão, ao discursar hoje num evento organizado pelo PT em Ribeirão Preto.

"O grande papel de um ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não ficar falando para a televisão o que ele pensa. Se quer fazer política, entre num partido político e seja candidato, porque senão não tem lógica", declarou o ex-presidente, sem citar nomes.
Lula, que indicou quatro dos 11 ministros que compõem o STF hoje, afirmou que eles não deveriam usar o cargo para fazer política.

"Quando você indica alguém [para o STF], você está dando um emprego vitalício e o cidadão, se quiser fazer política, que diga: "Não aceito ser ministro, vou ser deputado, vou entrar num partido político e mostrar a cara. Mostre a cara", afirmou.

Sem citar os nomes de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, presos desde novembro do ano passado, Lula afirmou que PT "está sofrendo porque tem companheiros preso" e que se solidariza com todos eles.

"Se os companheiros erraram e tiver provas, eu tenho que pagar se tiver prova contra mim, a Marta [Suplicy] tem que pagar e cada um de vocês tem que pagar porque foi o nosso partido que não deixou sujeira debaixo do tapete. O que vale para nós tem que valer para todos", declarou o ex-presidente.

A Procuradoria-Geral da República pediu ontem ao STF que o deputado federal e ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), seja condenado a 22 anos de prisão e ao pagamento de multa de mais de R$ 2,2 milhões por participação no suposto esquema de corrupção durante sua campanha à reeleição para o governo mineiro, em 1998.

Pouco antes do discurso de Lula, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, havia pedido um "julgamento justo" e com "direito a ampla defesa" para o adversário tucano.

"Bico de predador"
O PT organizou um evento para cerca de 1.500 pessoas em Ribeirão Preto que se tornou uma espécie de lançamento oficial da pré-campanha de Padilha ao governo de São Paulo. 

Padrinho político do ex-ministro, Lula falou pouco de Padilha em seu discurso mas disse que a campanha paulista não será fácil. Segundo ele, "os tucanos não brincam em serviço, porque ninguém tem um bico daquele tamanho à toa. É bico de um bicho predador, de comedor de filhotinho", disse o ex-presidente.

Com discurso de candidato e recorrendo a metáforas de futebol, predileção de Lula, Padilha afirmou que o evento marcava o dia em que "um time iria entrar em campo para o campeonato mais duro".

O ex-ministro ampliou as críticas aos tucanos que tem feito durante os dois primeiros dias de caravana pelo interior do Estado e disse que "tucano tem voo lento e não voa alto". "São Paulo precisa de uma estrela, porque os tucanos podem voar, voar, mas nunca vão alcançar nossa estrela", completou.

Diante da militância com faixas e bandeiras, Lula brincou com o fato de os dirigentes petistas falarem que a campanha ao governo paulista ainda começou. "Imagina então se fosse campanha". "Padilha está com tesão demais, está com brilho nos olhos de quem quer ganhar as eleições e acho que os tucanos vão ter uma surpresa bastante desagradável". 

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Política

Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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