Política

CAMPO GRANDE

Maioria da população não é bolsonarista ou lulista, diz pesquisa

Levantamento IPR/Correio do Estado mostra que 31,84% se declaram bolsonaristas, enquanto 11,19% dizem que são lulistas

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Ao contrário do que muitos moradores de Campo Grande pensam, a maioria da população da Capital não se declara apoiadora do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) ou do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Conforme pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Resultado (IPR) por solicitação do Correio do Estado, 56,47% dos entrevistados se declararam neutros, enquanto 31,84% falaram que são bolsonaristas e 11,19% disseram que são lulistas.

Na prática, de acordo com o levantamento IPR/Correio do Estado, nem a soma dos apoiadores dos dois políticos é capaz de superar a opinião da maioria dos entrevistados, já que, quando se faz a adição dos dois posicionamentos, o total é de 43,03%, ficando ainda 13,44 pontos porcentuais abaixo dos 56,47% daqueles que se declararam neutros.

A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 18 de dezembro, em Campo Grande, e teve uma amostra de 402 entrevistas. O estudo contou com moradores com idade superior a 16 anos, e a margem de erro é de 4,9 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.

ANÁLISE

Para o diretor e coordenador do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, é preciso olhar que, apesar de 56,47% da população de Campo Grande se considerar neutra, entre aqueles que afirmaram ter uma identificação partidária ou ideológica, a maioria (31,84%) se disse bolsonarista. 

“Quase três vezes mais do que aqueles autodeclarados petistas ou lulistas, que alcançou porcentual de 11,19%, ou seja, Campo Grande é uma cidade alinhada mais com discurso conservador. Então, os candidatos têm de prestar atenção nesse sentido”, alertou.

Aruaque Barbosa complementou que, na hora da construção de um discurso ou de uma narrativa para as próximas eleições, o candidato que optar por um tom mais extremista, tanto para a direita quanto para a esquerda, vai perder votos. 

“Quem adotar um discurso mais alinhado à direita, porém sem extremismo, terá mais simpatia dos bolsonaristas, que são maioria entre aqueles com alguma identificação partidária. Além disso, terá chance de conseguir também captar o voto de quem não tem identificação política, partidária ou ideológica. Como mais do que o dobro da população da Capital é bolsonarista, em relação aos petistas, isso deve ser levado em conta”, aconselhou.

O diretor do IPR ainda analisou que, no caso das eleições municipais do próximo ano, quando os assuntos de interesse da população são serviços públicos, capacidade de gestão e inovação, a questão da polarização entre Lula e Bolsonaro terá sua influência, mas bem limitada.

“A decisão de voto do eleitor estará mais alinhada a outras coisas e, portanto, apenas ter o apoio dos bolsonaristas ou dos lulistas não será o suficiente, e a pesquisa deixou isso muito claro”, finalizou.

OUTROS DADOS

A pesquisa IPR/Correio do Estado também revelou que a que a maioria dos eleitores de Campo Grande não lembram do voto para vereador nas eleições passadas. 

Conforme o levantamento, 66,17% dos moradores da cidade não se lembram do voto para vereador nas eleições de 2020, enquanto 33,83% se recordam de quais candidatos escolheram. 

“Trata-se de um índice muito alto. A eleição para vereador ocorre a cada quatro anos, e muitos eleitores não se envolvem com o trabalho dele, por isso, muitos não se lembram”, afirmou Aruaque.

A pesquisa ainda verificou com os eleitores que tiveram seus candidatos eleitos se eles estão cumprindo suas promessas de campanha, e a maioria (65,75%) disse que sim, enquanto 34,25% afirmaram que os vereadores não cumpriram o que prometeram.

Outra pergunta feita aos eleitores foi se eles pretendem repetir o voto para vereador nas eleições de 2024, e 54,41% disseram que sim. Os que afirmaram que vão trocar de candidato no próximo pleito representam 45,59% dos entrevistados.

Política

Rio terá ponto facultativo na quarta em dia com finais envolvendo Flamengo e Vasco, diz Paes

Prefeito disse que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas

15/12/2025 23h00

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro Foto: Tiago Ribeiro / Agif

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu uma boa notícia para os torcedores de Flamengo e Vasco. Ele anunciou em seu perfil no X, que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas.

Campeão da Libertadores, o rubro-negro entra em campo às 14h, em Doha, no Catar, para disputar o troféu da Copa Intercontinental em jogo único contra o Paris Saint-Germain, vencedor da Champions League. O confronto acontece no estádio Ahmad Bin Ali.

Já o Vasco inicia a briga pelo título da Copa do Brasil pelo compromisso de ida das finais do torneio contra o Corinthians. O duelo está marcado para as 21h30, em São Paulo, na Neo Química Arena. O confronto de volta será no próximo domingo, às 18h30, no Maracanã.

"Ainda bem que o prefeito é vascaíno, e o governador Cláudio Castro (PL) é flamenguista! Então é isso: quarta-feira tem ponto facultativo a partir do meio-dia. Aproveitem, torçam bastante, mas com responsabilidade e respeito. Boa semana e bons jogos", diz o texto da postagem.

Maiores detalhes sobre o assunto vão ser publicados em um decreto nesta terça-feira no Diário Oficial do Município.

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Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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