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Na Capital, Michelle Bolsonaro atrai representantes do PL Mulher de 78 municípios

Com mais de três mil presentes, evento em Campo Grande contou com expoentes do partido e busca despertar "potencial oculto" das "mulheres tradicionais" na política

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Em Campo Grande, a presença de Michelle Bolsonaro atraiu mais de três mil pessoas para o evento da frente feminina do Partido Liberal (PL Mulher), com a presença de representantes partidários de 78 municípios, buscando "despertar o potencial oculto das mulheres tradicionais na política". 

Mesmo sem a presença de Jair Bolsonaro, que prepara sua primeira grande manifestação após o oito de janeiro para amanhã (25), na Avenida Paulista (SP), a figura do ex-presidente foi constantemente lembrada, inclusive com fotos do ex-presidente ao lado de Michelle sendo exibidas no telão do evento deste sábado (24). 

Ainda na manhã de sexta-feira (23) Michelle desembarcou sem o marido, vinda de Brasília (DF), no Aeroporto Internacional de Campo Grande (CGR). A noite, esteve em um jantar na residência de Marcos Pollon, onde o deputado federal do PL preparou um churrasco para a ex-primeira-dama.

No palco deste sábado (24), composto em boa parte do evento por mulheres trajadas de rosa, onde elas quem tinham a voz como apresentadoras, várias integrantes do Partido Liberal de municípios sul-mato-grossenses se misturavam com conhecidos expoentes do PL, como a deputada amiga de Michelle, Amália Barros. 

Como bem explica a sargento da Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, Betânia Kelly Rodrigues, a esperança é trazer cada vez mais mulheres para "ser ferramenta de transformação", dizendo que Michelle Bolsonaro é, hoje, essa plataforma. 

"Fazer com que essa mulher, que já tem um papel tão importante na sociedade, que cuida do lar; dos filhos e do marido, que exerce inúmeras profissões, ela também quer que essa mulher seja uma ferramenta de transformação na representatividade", comenta ela, ressaltando a pequena quantidade existente mandatos femininos. 

Para ela, a fomentação nacional do PL Mulher tem dado coragem e motivação para que essas mulheres descubram o seu potencial político para defenderem os assuntos tradicionais desse grupo, no que chamam de "valores da família". 

"Nós cuidamos da família, sim. Então, por que não defender os valores da família? Já que provemos, somos auxiliadoras do lar, cuidamos para que essa sociedade se mantenha firme. Então, por que não defender esses valores tão importantes na sociedade? E, principalmente, o que a gente sempre fala, Deus, Padre, família, liberdade", afirma ela citando o lema do integralismo nacional, que tem laços íntimos com o conhecido "fascismo brasileiro". 

Regina Célia, bancária aposentada, é uma das participantes do evento que disse estar ali para "lutar pelo país". Fã declarada de Michelle Bolsonaro, ela comenta que a ideia é "pegar o gancho" da ex-primeira dama e aprender com o exemplo de luta. 

"Pessoal é a primeira vez que vou vê-la. É um sonho para todos nós patriotas vê-los [Jair e Michelle]. Comentamos entre nós que são poucas mulheres que estão empenhadas a lutar pela nação... abrindo esse evento, creio que terá mais pessoas buscando esse caminho", afirmou.

PL Mulher em CG

Michelle Bolsonaro (PL) só foi chegar ao evento por volta de 11h, sendo que os momentos que antecederam sua presença serviu para que políticos masculinos tivessem oportunidade de dar as caras e, até mesmo, comentarem sobre o panorama das próximas eleições. 

Coronel Davi (PL); Marcos Pollon (PL) e João Henrique Catan (PL) se misturavam entre o mar de mulheres vestidas com as misturas de rosa/verde, verde/amarelo e rosa/amarelo. 

Distribuindo "open água", o evento mantinha seus presentes entretidos como uma trilha sonora recheada de músicas internacionais. Em um canto no fundo, o tradicional "cercadinho" - relação conhecida entre a imprensa e o bolsonarismo - reservou e isolou os jornalistas do público local. 

Michelle chegou ao evento e caminhou entre a multidão, agradecendo a presença das pessoas no que chamou de "Retomada no 1º Estado" e cumprimentando seu público com a leitura dos cartazes dispostos pela plateia. 

"A mulherada de direita é diferenciada. Deus abençoe. Obrigada pela presença" dizia Michelle Bolsonaro em direção ao palco principal.  

Entre outras cidades, a organização destacou a presença de caravanas vindas de:

  • Alcinópolis
  • Caarapó
  • Três lagoas 
  • Douradina
  • Maracaju 
  • Nova Andradina 
  • Camapuã
  • Aquidauana 
  • Miranda 
  • Aral Moreira 
  • Amambai 
  • Aparecida do Taboado
  • Rio Negro
  • Ponta Porã
  • Rio brilhante 
  • Eldorado 
  • Dourados 
  • Batayporã 
  • Porto Murtinho, e mais. 

Presidente do PL Mulher em Mato Grosso do Sul, Naiane Bittencourt discursou que tem esperança no potencial transformador desse movimento. Convidada para o cargo ainda em 2023, a esposa do deputado Marcos Pollon se classificou como "mãe, mulher, dona de casa e uma pessoa comum". 

"Mas eu sei que também posso colaborar com nosso País. Aceitei esse desafio de encontrar mulheres para caminhar junto comigo. Somos mulheres fortes, batalhadoras, se conseguimos transformar o nosso lar, vamos conseguir transformar a nossa comunidade; cidade; Estado e País" discursou ela. 

Já Michelle, em seu discurso, afirmou que MS é uma das maiores potências no País e estendeu um agradecimento ao trabalho executado pela senadora Tereza Cristina, que atuou como ministra da Agricultura de Jair Bolsonaro. 

"Nos ajudou a direcionar projetos e políticas para as mulheres do campo, agricultura familiar. Agradeço ao Agro, vocês nos ajudaram a garantir a segurança alimentar para o povo brasileiro", argumentou. 

Ela reforçou que Mato Grosso do Sul é o primeiro Estado a ser visitado pela retomada da caravana do PL Mulher, frente partidária que já se espalha por 17 unidades da Federação, segundo Michelle Bolsonaro. 

"O PL Mulher já existia há 10 anos no papel, começou de fato em fevereiro do ano passado. Com três meses de trabalho viajamos e incentivamos mulheres a entrar na política", disse. 

Michelle ainda afirmou que as pessoas confiam no trabalho e na figura de Jair Bolsonaro, citando que seu então marido "veio para resgatar o amor à pátria". 

Michelle ainda disse se considerou "uma mulher comum", afirmando ainda a existência de nervosismo em usar o microfone, mas disse que Deus lhe permitiu fazer o que faz, e que as mulheres locais também podem mudar a realidade social "dos bairros, das cidades e das pessoas que mais precisam". 

 

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Patrimônio imaterial

Maestro de banda municipal há 35 anos é exonerado após prefeita perder eleição

Ordem dos Músicos do Brasil alega perseguição política na decisão

14/10/2024 18h30

Desfile da Banda Municipal em frente à Prefeitura de Sidrolândia

Desfile da Banda Municipal em frente à Prefeitura de Sidrolândia Arquivo pessoal

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Em decreto assinado no dia de outubro, um dia após as eleições municipais, e publicado em Diário Oficial na terça-feira (8), a prefeita Vanda Camilo exonerou o maestro Carlos Alberto Alexandre da Silva, que esteve à frente da Banda Municipal de Sidrolândia desde a sua formação, em 1991.

A demissão do maestro foi uma dentre várias que ocorreram após o término do período eleitoral, no qual Vanda Camilo perdeu para o adversário Rodrigo Basso, com uma diferença histórica de mais de 6 mil votos.

Perseguição

Em nota divulgada pela seccional de Mato Grosso do Sul da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB/MS), atribui a demissão do maestro Carlos Alberto, logo após o período eleitoral, à uma perseguição política. Confira na íntegra abaixo:

Desfile da Banda Municipal em frente à Prefeitura de Sidrolândia
Desfile da Banda Municipal em frente à Prefeitura de Sidrolândia

Alunos

Além da exoneração de Carlos Alberto, outra decisão tomada pela prefeita foi o cancelamento das bolsas que atendiam 40 dos 70 alunos da banda. A remuneração desses alunos é garantida pela Lei Municipal N° 1523/2011, que institui o Programa “Bolsa Músico”, destinado ao estímulo da cultura e desenvolvimento da Banda de Música Municipal de Sidrolândia.

De acordo com a legislação atual, o valor recebido pelos estudantes equivale a 38% do salário mínimo vigente, cerca de R$ 536 em 2024.

Uma das mães dos alunos afetados, Aderlandia Dias, afirma que as famílias foram surpreendidas com a decisão. "Reunimos alguns pais e iremos ao Ministério Público para fazer a denúncia, pois a bolsa de música foi criada por lei e não pode ser suspensa por decisão unilateral da prefeitura. Ela precisa rever essa decisão e voltar atrás. O pagamento da bolsa está garantido até dezembro", afirma.

Ainda de acordo com Aderlandia, a decisão afetou os alunos para além da questão financeira. "O maestro foi e ainda é como um pai para os alunos, ensinando disciplina, além de música. Embora a bolsa seja importante, o conhecimento e a formação que recebem são ainda mais valiosos. Com a Banda Municipal, aprenderam a ser responsáveis e se desenvolveram como pessoas", explica. 

Patrimônio

Em 4 de maio de 2012, o prefeito da época, Daltro Fiuza, sancionou a Lei N° 1562/2012, aprovada pela Câmara Municipal de Sidrolândia. A legislação em questão tombou a Banda Municipal como Patrimônio Histórico Imaterial do município.

Veja abaixo alguns momentos da banda ao longo dos anos:

 
 

Eleições 2024

Campo Grande: liderança entre os homens leva Adriane a ter vantagem sobre Rose

Candidata à reeleição lidera entre os homens no segundo turno; no eleitorado feminino Rose e Adriane empatam, indica Paraná Pesquisas

14/10/2024 08h00

Adriane Lopes e Rose Modesto disputam o segundo turno

Adriane Lopes e Rose Modesto disputam o segundo turno Gerson Oliveira/Paulo Ribas

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O levantamento da Paraná Pesquisas feito em parceria com o Correio do Estado, publicado nesta segunda-feira (14), mostra que, o voto masculino que tem colocado Adriane Lopes numericamente à frente de Rose Modesto na disputa pela Prefeitura de Campo Grande. 

A pesquisa mostra, que entre os eleitores do sexo masculino, 50,8% preferem Adriane Lopes, enquanto 36,8% preferem Rose Modesto.

Entre o público feminino, o equilíbrio é maior e as duas candidatas que disputam o segundo turno das eleições municipais em Campo Grande estão numericamente empatadas: ambas as candidatas têm 45,6% de preferência entre as mulheres. 

Adriane Lopes e Rose Modesto disputam o segundo turno

Nos dois gêneros, o total de indecisos (não sabe ou não respondeu) é o mesmo: 3,7%. A diferença é que homens disseram mais que anularão o voto ou votarão em branco (8,7%) que as mulheres (5%).

A pesquisa

Levantamento Paraná Pesquisas/Correio do Estado para o segundo turno das eleições municipais em Campo Grande mostra a atual prefeita e candidata à reeleição, Adriane Lopes (PP), numericamente à frente da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil).

No cenário estimulado, em que os nomes das candidatas são apresentados aos entrevistados, Adriane Lopes aparece com 48% das intenções de voto, enquanto Rose Modesto tem 41,6% da preferência. Os que não sabem ou não responderam representam 3,7% do total de eleitores, e os votos brancos e nulos, 6,7%.

A pesquisa, registrada sob o número MS-06954/2024, foi realizada entre os dias 10 e 13 de outubro. Foram entrevistados 700 eleitores. A amostragem representa um grau de confiança de 95%, o que significa que, se a mesma pesquisa for realizada com a mesma metodologia em 100 oportunidades, em 95 os resultados serão os mesmos ou estarão dentro da margem de erro do levantamento, que é de 3,8%, para mais ou para menos.

Adriane Lopes e Rose Modesto estão tecnicamente empatadas quase no limite de margem de erro do levantamento do Paraná Pesquisas.

Faixa etária

Quando se trata de faixa etária, Adriane Lopes lidera entre adultos e idosos, e Rose tem vantagem, ainda que por uma estreita margem, entre o público mais jovem. 

No público entre 16 anos e 24 anos, Rose tem 46,8% da preferência, e Adriane, 45,5%. Os que votarão em branco ou em nenhuma delas são 5,2%, e os que não sabem ou não quiseram responder, 2,6%. 

Na faixa etária seguinte, Adriane assume a dianteira, tem 49% do público com idade entre 25 anos e 34 anos, contra 40,8% de Rose. Os que não votarão em nenhuma delas são 7,5% e os que não sabem ou não quiseram opinar, 2,7%.

Pessoas com idade entre 35 anos e 44 anos também dão preferência a Adriane. Nessa faixa, a atual prefeita tem 47,6% da preferência, conforme o Paraná Pesquisas, e Rose Modesto, 40,8%. Os que não votarão em ninguém ou anularão são 8,2%, e os que não souberam ou não responderam, 3,2%.

Entre 45 anos e 59 anos, Adriane Lopes tem 50,8% das intenções, e Rose, 38,7%. Os que anularão o voto ou votarão em branco nessa faixa etária são 6,1%, e não souberam ou não quiseram responder, 4,4%. 

Por fim, na faixa etária acima 60 anos, o equilíbrio volta a existir, porém, com pequena vantagem numérica para Adriane, que tem 45,3%, enquanto Rose tem 43,9%. Brancos e nulos somam 6,1%, e não souberam ou não responderam, 4,7%. 

Escolaridade

Quando se trata de escolaridade, Adriane tem vantagem numérica em empate técnico entre os eleitores com Ensino Médio e Ensino Fundamental e leva boa vantagem entre os eleitores com Ensino Superior, aponta o levantamento do Paraná Pesquisas, em parceria com o Correio do Estado. 

Entre os eleitores com Ensino Superior, Adriane Lopes tem 50,7% dos votos, e Rose, 38,1%. Brancos e nulos nessa faixa são 6,7%, e indecisos, 4,5%. 

Entre os eleitores com Ensino Médio, Adriane Lopes tem 46,2% dos votos, e Rose, 44,2%. Os que votarão em branco ou anularão são 5,8%, e os indecisos, 3,8%. 

Entre eleitores com Ensino Fundamental, Adriane tem 47,6% das intenções, e Rose 41,6%. Os que anularão ou votarão em branco somam 8,1%, e os que não souberam ou não responderam, 2,7% . 

Mais pesquisas

O Correio do Estado e o Paraná Pesquisas farão mais uma sondagem até a data das eleições do segundo turno, agendado para o dia 27.

Nas eleições de 2022, o instituto com sede em Curitiba (PR) esteve entre os que tiveram um dos melhores índices de acerto em relação ao resultado das urnas.

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