Política

PESQUISA IPEMS

Nelsinho é o preferido em
Campo Grande para o Senado

Pesquisa mostra o ex-prefeito com larga vantagem na preferência

Continue lendo...

Dos nove pré-candidatos a senador, a pesquisa do Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul Ltda. (Ipems) mostra o ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PTB) liderando por larga vantagem a preferência do eleitor da Capital como pré-candidato ao Senado Federal. Se as eleições fossem hoje, ele teria 41,78% das intenções de voto no maior colégio do Estado, onde concentra 591.374 eleitores.

Com essa votação, em tese, o ex-prefeito estaria praticamente assegurado uma das duas vagas de senador. Isto porque dependerá muito do seu desempenho no interior do Estado para ampliar o número de voto.

O deputado federal e ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, seria hoje o segundo preferido em Campo Grande, com 24,40% das intenções de voto. Ele estaria a 17,38 pontos porcentuais atrás de Nelsinho Trad.

Mas essa posição de Zeca do PT estaria sendo ameaçada pelo senador Waldemir Moka (MDB), seu primo. Com 13,15% das intenções de voto, Moka não está distante de Zeca, levando-se em consideração a margem de erro de 4,90 pontos porcentuais, para mais ou para menos, sobre o resultado total da amostragem. A diferença entre os dois é de 11,25 pontos.

Nelsinho Trad pretende entrar na disputa eleitoral colado na campanha da reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Como dirigente do PTB, ele acertou aliança com os tucanos, em troca de uma vaga de senador na chapa.

Já o Zeca é o petista com maior densidade eleitoral do partido em Mato Grosso do Sul. Ele está na chapa do pré-candidato a governador, o ex-prefeito de Mundo Novo Humberto Amaducci. Na pesquisa do Ipems, Amaducci tem apenas 1,47% das intenções de voto, bem atrás do seu parceiro Zeca, em busca de uma vaga de senador.

Moka encontra-se na chapa do ex-governador André Puccinelli (MDB), um dos principais nomes na disputa pela sucessão estadual. André vai empurrar Moka para a reeleição, tentando vincular o seu voto ao de senador.

Se Moka está no encalço do Zeca, ele não está longe dos outros seis virtuais concorrentes ao Senado, em razão da margem de erro de 4,90 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa do Ipems mostra dois nomes com desempenho surpreendente: a advogada Soraya Thronicke (Novo) e o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC).

Soraya recebeu 9,68% das intenções de voto, ficando 3,47 pontos porcentuais atrás de Moka. Ela estaria, com esse índice, tecnicamente empatada com Moka na corrida por uma das duas vagas de senador.

Na mesma situação, está Harfouche, com 8,90% das intenções de voto. Ele fica embolado com Moka e Soraya. A diferença dele para o senador do MDB é de 4,25 pontos porcentuais e 0,78 ponto atrás da advogada.

O senador Pedro Chaves (PRB), na busca da reeleição, recebeu 6,57% das intenções de voto em Campo Grande, ficando próximo de Harfouche, Soraya e Moka. Com diferença de 6,58 pontos atrás do seu colega de Senado, mostra empate técnico entre eles na disputa pela preferência do eleitor da Capital.

O produtor rural Chico Maia (Podemos) é outro que está embolado com seus virtuais concorrentes – do Moka para trás – com seus 5,92% das intenções de voto. A distância de 7,23 pontos atrás do senador do MDB indica, também, empate técnico por causa da margem de erro de 4,90 pontos para mais ou para menos.

Até o Dorival Betini (PMB), com 3,31% das intenções de voto, pode ser incluído nesse bolo dos virtuais correntes em razão da margem de erro. Na mesma situação, está o ex-secretário estadual de Infraestrutura Marcelo Miglioli (PSDB) com 3,02%.

Portanto, do Moka para trás a pesquisa do Ipems indica equilíbrio na disputa pela terceira vaga. Muito embora, essa posição não garante a eleição de nenhum deles, porque estão em jogo apenas duas vagas de senador.

A pesquisa aponta, por enquanto, os dois senadores – Moka e Chaves – correndo o risco de não se reelegerem, se não melhorem o desempenho durante a campanha eleitoral.

O levantamento do Ipems foi realizado com 400 eleitores de Campo Grande, nos dias 9 a 11 deste mês. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) sob o número MS 04673/2018, conforme dispõe a Resolução do TSE número 23.549/Eleições 2018.

FATO NOVO

A provável participação do ex-senador Delcídio do Amaral (PTC) nas próximas eleições, depois de sua absolvição por obstrução à Justiça, poderá mudar o tabuleiro político em Mato Grosso do Sul.

Delcídio é um dos nomes para concorrer, novamente, ao Senado, se conseguir liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo os efeitos da inelegibilidade decretada pelo Senado por causa da cassação do seu mandato.

O ex-senador está em Brasília tratando com os advogados a recuperação da sua elegibilidade. Se isso acontecer, será mais um político de peso concorrendo ao Senado.

Ele foi eleito duas vezes senador pelo PT. Agora, Delcídio está no PTC, aliado do ex-governador André Puccinelli.

 

Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

Assine o Correio do Estado

TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

Continue Lendo...

À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).