Política

APOSENTADO

Odilon recua e diz que em 2022 deve se candidatar ao governo

Juiz federal já concorreu ao Executivo estadual, mas perdeu para Reinaldo Azambuja no pleito de 2018

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O juiz federal aposentado e ex-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Odilon de Oliveira, recuou com relação à disputa pela Prefeitura Municipal de Campo Grande em outubro deste ano e disse que seu foco é 2022, quando deve novamente concorrer ao Executivo estadal.

Odilon disputou pela primeira vez um cargo eletivo em 2018. Aposentado, o juiz federal estava filiado ao PDT e conseguiu ir para o segundo turno contra o então candidato à reeleição, Reinaldo Azambuja (PSDB). Mesmo ganhando, o resultado foi apertado para o tucano; Reinaldo teve 677.310 (52,35%) votos, sendo 60.888 a mais que Odilon. O juiz aposentado foi a escolha de 616.422 eleitores, que repsentaram 47,65% dos votos válidos. 

Questionado pelo Correio do Estado se já definiu qual partido deve se filiar este ano, Odilon disse que ainda está conversando com agremiações e a decisão deve ser tomada nos próximos dias. 

Diferentemente do discurso de outubro de 2018, em que o mesmo disse após a derrota no segundo turno que começaria a caminhada pelo Executivo de Campo Grande, Odilon está mais contido e cogita a possibilidade de apenas apoiar um nome. “Por enquanto não tem nada decido. Agora que acabou o recesso e os feriados, podemos conversar com os partidos. A gente tem conversado e sem fazer compromisso. Se eu não me candidatar, eu irei apoiar alguém”, ressaltou. 
Questionado sobre sua fala após segundo turno, o juiz aposentado disse que não se recordava.

Odilon vem demonstrando que não deve disputar a eleição na Capital desde que se desfiliou do PDT, em julho de 2019. Ele tem destacado que deve seguir para um pleito no interior do Estado. Os municípios de Dourados e Três Lagoas seriam a prioridade do possível candidato. 

O que chama atenção é uma nova mudança no discurso do magistrado aposentado. Odilon vem dizendo que caso não concorra em 2020, apoiará um candidato. Seria uma maneira de não ficar de fora do pleito. 

O ex-candidato ressaltou que seu foco é o pleito de 2022, quando poderá novamente disputar uma campanha para o governo do Estado ou então para o Senado Federal, podendo ter nova disputa com Reinaldo Azambuja – conforme bastidores, o governador deve concorrer a senador ou deputado federal. 

“Em 2022, eu pretendo me candidatar; não sei se ao governo ou o Senado”.

Quando deixou o PDT, Odilon destacou que deveria procurar um partido mais de direita e que tenha compatibilidade de ideias. Em 2018, durante a eleição, mesmo com Ciro Gomes concorrendo à Presidência do Brasil, Odilon declarou apoio ao então candidato Jair Bolsonaro – que foi eleito no segundo turno, disputado contra o candidato do PT Fernando Haddad. 

Família

Um dos filhos do juiz federal aposentado é vereador em Campo Grande, Odilon de Oliveira Júnior, e deve sair do PDT quando começar a janela partidária, no dia 5 de março.

Questionado se ele e o filho devem seguir para a mesma agremiação, o juiz federal aposentando alegou que não necessariamente estariam no mesmo partido no pleito de 2020.

Na visão do pai, como ambos têm o mesmo nome, não precisam pedir votos. “Obrigatoriamente e necessariamente não ficaremos no mesmo partido. A candidatura dele é para vereador, e o minha, prefeito. Não tem obrigação de pedir voto. Como é pai e filho, não tem necessidade de ficar no mesmo partido”, disse o juiz, reafirmando que pode concorrer como prefeito em alguma cidade do interior do Estado. 

Campo Grande

Na disputa pelo Executivo da Capital, ainda não há muitos nomes que devem concorrer contra o prefeito Marcos Trad. O único partido que lançou pré-candidato até o momento foi o Solidariedade, com o ex-secretário de Governo Marcelo Miglioli. 

BOI, BALA E BÍBLIA

Em MS, agro, segurança e evangélicos divergem sobre voo de Flávio Bolsonaro

Setores que deram sustentação ao ex-presidente Bolsonaro no Estado agora destoam da pré-candidatura do filho dele

16/12/2025 08h20

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é um consenso entre os três grupos bolsonaristas do Estado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é um consenso entre os três grupos bolsonaristas do Estado Carlos Moura/Agência Senado

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A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República está provocando divergência entre representantes do agronegócio, da segurança pública e dos evangélicos em Mato Grosso do Sul, justamente os setores que deram sustentação ao governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

No caso do Estado, os representantes desses três grupos destoam sobre a capacidade eleitoral do filho de Bolsonaro para impedir a reeleição do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente na comparação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é apontado como o nome mais forte da direita para concorrer à Presidência em 2026.

O deputado estadual Antonio Vaz (Republicanos), um dos representantes dos evangélicos em Mato Grosso do Sul, disse ao Correio do Estado que o nome do governador Tarcísio de Freitas “é mais leve, equilibrado e competente”. “Além disso, ele governa o maior estado do Brasil em número de habitantes, onde tem feito um grande trabalho, sendo bem mais preparado do que o senador Flávio Bolsonaro”, ressaltou.

Para o parlamentar, a maior parte dos evangélicos sul-mato-grossenses que apoia o nome do ex-presidente Bolsonaro está dividida entre o filho dele e o nome de Tarcísio. “No entanto, olhando no geral, o nome do governador de São Paulo ganha longe”, assegurou.

Já o vereador Herculano Borges (Republicanos), que também é uma das lideranças dos evangélicos no Estado, comentou que, caso Flávio Bolsonaro consiga construir alianças sólidas com lideranças evangélicas influentes e demonstre compromisso firme com as pautas conservadoras que o segmento valoriza, é muito provável que alcance uma ampla adesão de apoio.

“Porém, tanto o filho do ex-presidente quanto o governador Tarcísio de Freitas têm suas qualidades e estão aptos para o cargo de presidente do Brasil. Na minha opinião, mais importante do que defender o nome de um ou do outro é que estejam juntos para um propósito maior, que é o de não dividir a direita”, argumentou.

SEGURANÇA PÚBLICA

O deputado estadual Coronel David (PL), que faz parte da bancada da segurança pública, disse que tem acompanhado algumas publicações da grande imprensa nacional que tentam criar a narrativa de que integrantes das bancadas de segurança pública, evangélica e do agronegócio estariam contra o nome de Flávio Bolsonaro a presidente. “É preciso colocar as coisas no devido lugar”, declarou.

Na opinião dele, essas manifestações não representam a maioria. “A ampla maioria desses parlamentares, assim como milhões de brasileiros, queria Jair Bolsonaro como candidato. O que existe hoje é uma realidade imposta por uma perseguição política implacável, que o impede, neste momento, de disputar a eleição”, detalhou.

Diante desse cenário, conforme o parlamentar, Flávio Bolsonaro surge como o nome mais preparado para dar continuidade ao projeto do pai.

“O senador representa o legado do presidente Jair Bolsonaro, conhece profundamente as pautas da segurança pública, da liberdade religiosa e do setor produtivo, tendo plena capacidade de liderar esse campo político”, assegurou.

Coronel David reforçou o apoio à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República. O vereador André Salineiro (PL), que é policial federal, reconhece que dentro da segurança pública há várias opiniões diferentes sobre a questão.

“Na minha opinião, muitas coisas ainda estão por vir até março do próximo ano, que é quando se abre a janela partidária e as chapas tendem a se definir. Não tenho nada contra os nomes de Flávio Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas, sendo ambos fortes para representar a direita em 2026”, afirmou.

AGRONEGÓCIO

Nomes do setor afirmam que Flávio é visto como figura lateral, sem atuação consistente em agendas consideradas prioritárias pelo agronegócio, como crédito rural, regularização fundiária e abertura de mercados, enquanto Tarcísio tem serviços prestados na área.

Quando foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, foi responsável por apresentar o Plano Nacional de Logística à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, independentemente de quem seja o pré-candidato a presidente da República da direita, Flávio Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas, o importante é a união do grupo.

“Em 2026, é preciso que a direita esteja unida. Para o agro do Estado, qualquer um dos dois seria um bom nome, o que mais me preocupa é não termos uma frente ampla de direita, seja quem for o candidato”, finalizou.

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Política

Rio terá ponto facultativo na quarta em dia com finais envolvendo Flamengo e Vasco, diz Paes

Prefeito disse que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas

15/12/2025 23h00

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro Foto: Tiago Ribeiro / Agif

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu uma boa notícia para os torcedores de Flamengo e Vasco. Ele anunciou em seu perfil no X, que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas.

Campeão da Libertadores, o rubro-negro entra em campo às 14h, em Doha, no Catar, para disputar o troféu da Copa Intercontinental em jogo único contra o Paris Saint-Germain, vencedor da Champions League. O confronto acontece no estádio Ahmad Bin Ali.

Já o Vasco inicia a briga pelo título da Copa do Brasil pelo compromisso de ida das finais do torneio contra o Corinthians. O duelo está marcado para as 21h30, em São Paulo, na Neo Química Arena. O confronto de volta será no próximo domingo, às 18h30, no Maracanã.

"Ainda bem que o prefeito é vascaíno, e o governador Cláudio Castro (PL) é flamenguista! Então é isso: quarta-feira tem ponto facultativo a partir do meio-dia. Aproveitem, torçam bastante, mas com responsabilidade e respeito. Boa semana e bons jogos", diz o texto da postagem.

Maiores detalhes sobre o assunto vão ser publicados em um decreto nesta terça-feira no Diário Oficial do Município.

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