Política

ELEIÇÕES 2024

Beto Pereira muda de cor e patrimônio aumenta 133% em dois anos

Candidato mudou a autodeclaração de branco para pardo ao registrar a candidatura no TSE; em comparação com a primeira declaração de bens, patrimônio aumentou cinco vezes

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O candidato a prefeitura de Campo Grande, Beto Pereira (PSDB), declarou patrimônio de R$ 2,7 milhões à Justiça Eleitoral, o que representa aumento de 133,48% em relação as eleições de 2022, quando concorreu e foi eleito deputado federal, e cinco vezes maior do que a primeira declaração feita por ele em uma eleição, em 2008, quando disputou a prefeitura de Terenos.

Além do aumento de patrimônio, chama a atenção também a alteração na cor/raça do candidato, que em 2022 se declarou como branco e, neste ano, mudou para pardo.

Beto Pereira foi o segundo candidato a prefeito da Capital a registrar a candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (PSDB). Na semana passada, Camila Jara (PT) fez o registro.

Conforme os dados do Divulgacand, em 2022, Beto declarou R$ 1.161.242,85 em bens. Em 2008, a declaração foi de R$ 483 mil. Ele foi eleito prefeito de Terenos pela primeira vez em 2004, mas não há registro dos bens nesta eleição, sendo o primeiro em 2008.

Neste ano, Beto declarou quatro veículos, dois consórcio não contemplados, uma aeronave, um terreno, uma casa, depósito bancário e outros bens, totalizando R$ 2.711.315,47. Confira:

  • Caminhonete Chevrolet S10 LT, ano 2019/2020 - R$ 185.000,00
  • Volkswagen GOL 1.6 - R$ 25.000,00
  • Cota de consórcio Bradesco ADM de consórcios LTDA - R$ 21.476,54
  • Caminhonete Toyota Hilux SW4 ano 2015 - R$ 140.000,00
  • 50% de terreno M30511 Q09 - R$ 52.500,00
  • Saldo em conta corrente no país - R$ 36.042,33
  • 16,67% de Aeronave, Neiva, EMB-810D 1993 - R$ 73.333,36
  • 50.000 quotas da empresa Agropecuária Cachoeirão LTDA - R$ 500.000,00
  • Casa residencial Inscrição n. 6010270268 - R$ 1.276.144,11
  • 50% da Fazenda Cachoeirão com área de 409,6737 Ha - R$ 225.000,00
  • Cota de consórcio GMAC ADM. de consórcios LTDA - R$ 141.819,13
  • Caminhonete Ford F4000 ano 1989 - R$ 35.000,00

Beto Pereira é candidato pela coligação Juntos pela Mudança, composta pela federação PSDB, Cidadania (PSDB/Cidadania), PSD, PSB, PODE, MDB, Solidariedade,  Republicanos e  PL.

A candidatura de Beto Pereira consta como aguardando julgamento, que é quando o pedido ainda não foi apreciado pela Justiça Eleitoral.

Com o registro, foi definido que o limite legal de gasto para o primeiro turno será de R$ 9.883.449,19. Se houver um segundo turno com a participação do candidato, o valor será de R$ 3.953.379,68.

Candidata a vice 

A candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por Beto Pereira, Coronel Neidy (PL), teve um ligeiro aumento no patrimônio. 

Neste ano, ela declatou R$ 69.919,94, enquanto em 2022, quando concorreu a deputada federal pelo PSDB, o valor era de R$ 54.828,31Depósito bancário em conta corrente no País.

Na declaração da coronel, o veículo Crossfox 2009, avaliado em R$ 25 mil, permanece o mesmo. A diferença está no depósito em conta corrente, que era de R$ 29.828,31 e passou para R$ 44.919,94.

DivulgaCand

O DivulgaCand é um Sistema de Divulgação de Candidaturas e de Prestação de Contas Eleitorais, onde são feitas prestações de contas tanto dos candidatos quanto dos partidos políticos.

O sistema fornece as seguintes informações:
Quantidade de candidaturas;
Situação do candidato;
Dados como nome/gênero/estado civil, entre outros;
A plataforma também destaca o recurso financeiro que o candidato terá para o financiamento de sua campanha eleitoral. Caso receba doações, os dados de quem enviou são discriminados com todos os detalhes.

Conforme os relatórios financeiros são enviados o sistema passa por atualizações. O objetivo é que a população tenha acesso aos dados com total transparência para acompanhar gastos e uso de recursos. 

CRISE POLÍTICA

Permanência do PT na administração do governador Riedel divide o partido

Provável presidente da sigla, o deputado federal Vander Loubet defende que legenda mantenha os cargos no governo estadual

08/04/2025 08h00

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto Foto: Giovanni Colett/Divulgação

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A publicação feita pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) nas suas redes sociais, defendendo a anistia irrestrita aos presos do 8 de janeiro de 2023, que provocaram um quebra-quebra na sede do Superior Tribunal Federal (STF), no Congresso e no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), causou uma divisão dentro da executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul.

Uma ala do partido defende a imediata saída da legenda da administração estadual, entregando os vários cargos que ocupa e até o comando da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), enquanto outro grupo atende que o PT deve continuar na gestão de Riedel como uma forma de marcar presença até, pelo menos, que ele decida para qual partido vai migrar ou se vai continuar no ninho tucano.

Entre os que defendem a permanência no governo Riedel, está o deputado federal Vander Loubet (PT), que informou sobre a reunião da executiva estadual do partido na manhã de ontem, em Campo Grande.

“Na reunião, não houve nenhum tipo de decisão no sentido de que o PT vá deixar a base ou vai abandonar de vez o governo Riedel”, revelou ao Correio do Estado.

O parlamentar explicou que tanto ele quanto outras lideranças do partido, como o deputado estadual Zeca do PT, já se manifestaram contra a posição do governador sobre a questão da anistia aos presos que depredaram os prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

“No entanto, o fato de haver divergência a respeito desse tema não significa que o PT tenha que abandonar o governo Riedel, ou ainda pior, cortar relações. Muito pelo contrário, entendemos que o governo estadual continua sendo um governo em disputa, ou seja, que o PT precisa ocupar os espaços dentro dele para conseguir colocar em prática as políticas públicas”, argumentou. 

Para ele, o partido entende que a implantação de políticas públicas é importante, principalmente as voltadas para a questão da agricultura familiar, que envolve os assentados da reforma agrária, bem como a questão dos povos indígenas e dos quilombolas, que é uma pauta importante para o PT.

Ainda em relação à permanência ou não do PT na base de apoio do governo Riedel, ocupando cargos e espaços na gestão estadual, Loubet entende que ainda há muitos outros fatores, sendo necessário o partido aguardar para tomar qualquer tipo de decisão.

“É necessário aguardar para ver para que partido o governador Eduardo Riedel vai migrar, se vai continuar no PSDB, se vai para alguma outra legenda. Isso é um elemento que pode pesar em uma decisão dessas, portanto, ainda temos muitas questões para se aguardar e, só depois, analisar uma decisão como essa”, explicou ao Correio do Estado.

CONTRÁRIOS

Entre os que são favoráveis à debandada do PT do governo Riedel está o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que defendeu que o partido precisa deixar a base aliada da gestão estadual.

“Acredito que chegou a hora do PT desembarcar desse governo. Não é possível conviver com um governo que apoia golpistas e não tem apreço pela democracia”, declarou.

O parlamentar defendeu que o compromisso do PT em Mato Grosso do Sul é com a reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições gerais do ano que vem.

“O atual governo lidera um projeto de combate às desigualdades sociais, defesa da democracia e crescimento sustentável. Precisamos apresentar uma proposta coerente com essa visão. Sem anistia para golpistas. Golpe nunca mais. Democracia sempre”, reforçou.

Além de criticar a fala de Riedel, a deputada estadual Gleice Jane (PT) também defendeu que o partido se retire da base de apoio ao governo estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). De acordo com ela, a posição do governador gera preocupação, indignação e questionamentos, tendo em vista que, após os atos de vandalismo, Riedel foi até Brasília e caminhou com o presidente Lula ao pedir justiça pelos atos.

“Permitir que os responsáveis por atos de violência, destruição e ameaças à democracia sejam isentos de punição representa um retrocesso perigoso para o povo brasileiro, e a postura adotada pelo chefe do Executivo sul-mato-grossense coloca em risco a segurança do povo. Por isso, reafirmo minha posição de que o PT não pode mais compor este governo”, finalizou.

Saiba - Executiva critica Riedel e prioriza reeleger Lula

A executiva estadual do PT considerou inaceitável a manifestação do governador Eduardo Riedel em favor da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. A direção cobrou coerência dele, tendo em vista que o PT apoiou a candidatura dele no segundo turno das eleições de 2022.

As consequentes medidas políticas decorrentes dessa posição serão tomadas em consonância com a base, levando em conta a prioridade de reeleger o presidente Lula, com ampliação das bancadas e a conquista de uma das vagas ao Senado.

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Política

Trump diz que EUA estão em 'conversas diretas' com Irã e confirma reunião bilateral

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca

07/04/2025 20h00

Deputados de MS acompanham posse de Trump

Deputados de MS acompanham posse de Trump Reprodução redes sociais

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda, 7, que seu governo está em "conversas diretas com o Irã" e classificou como "muito importante" uma reunião bilateral prevista para o próximo sábado "Prefiro que cheguemos a um acordo com o Irã", disse, sem revelar o local do encontro. "Não posso falar mais desse encontro, nem onde será", acrescentou.

O tom, no entanto, foi ambíguo. Apesar de demonstrar otimismo ao afirmar que espera que as "conversas com o Irã sejam muito positivas", Trump foi rígido ao dizer que, se não houver avanços, "será um péssimo dia para eles". Ele também reiterou uma das principais exigências dos EUA na questão nuclear: "Posso falar que o Irã não pode ter armas nucleares."

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. "Eles não podem ter armas nucleares", concordou o premiê, que afirmou ter conversado com Trump sobre tarifas, reféns e Gaza. Segundo ele, os dois países trabalham em "outro acordo sobre Gaza para derrotar o Hamas" e em uma nova troca de reféns. Trump também comentou a situação no território: "Seria ótimo ter uma força americana controlando parte da Faixa de Gaza", disse. "Gaza é um ótimo local, mas que ninguém quer viver ali agora."

Em meio ao alinhamento diplomático, Netanyahu sinalizou disposição para avançar em questões comerciais com Washington. "Reconheço que precisamos ter relações comerciais justas com os EUA. Vamos eliminar o déficit comercial e barreiras comerciais", afirmou. Mesmo com a promessa de Netanyahu, Trump destacou que não deve eliminar as tarifas aplicadas sobre importações de Israel aos EUA.

Em paralelo, o governo dos EUA intensificou a retórica contra os Houthis. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que "foram três péssimas semanas para os Houthis e isso vai piorar". Segundo ele, Washington foi "muito claro ao Irã para que não apoiem os Houthis ainda mais" e prometeu aumentar a pressão. Trump reforçou a mensagem: "Nosso exército está muito poderoso e continuará assim."

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