Política

Novo nome

Policial federal é anunciado como secretário de Segurança do DF

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (25), uma semana antes do fim da intervenção, para que Avelar possa se inteirar do plano de segurança do DF para o dia 1 de fevereiro

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O delegado da Polícia Federal Sandro Avelar será o novo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele assumirá o cargo após o fim da intervenção federal na área de segurança, prevista para 31 de janeiro.

Avelar já ocupou o cargo durante o governo de Agnelo Queiroz (PT), entre 2011 e 2014. Ele deixou o posto no fim da gestão petista no DF para concorrer a deputado federal pelo MDB, mas não se elegeu.
Em 2021, Avelar foi nomeado diretor-executivo da Polícia Federal, o segundo cargo na hierarquia da corporação.

A governadora em exercício, Celina Leão (PP), buscou o aval do governo federal para a escolha.
Na segunda-feira (23), Dino teve uma reunião com Celina, em que ela apresentou nomes como possíveis futuros secretários. Além de Avelar, foi mencionado o nome de Julio Danilo, que também já chefiou a pasta no DF e foi responsável pelo plano de segurança distrital para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com interlocutores, na reunião Celina pediu ao ministro da Justiça que indicasse seu preferido. Dino, ainda de acordo com relatos, afirmou que a decisão cabia à governadora.
Celina pretendia nomear alguém escolhido pelo próprio governo Lula, para evitar se indispor com o Executivo Federal.

A governadora em exercício assumiu o cargo interinamente após o afastamento do governador eleito no pleito de 2022, Ibaneis Rocha (MDB). Ele foi retirado do cargo por 90 dias após decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, na sequência dos atos golpistas de 8 de janeiro.

A harmonia com o governo federal foi a tônica do curto discurso de Celina para anunciar a escolha Avelar. "O momento exige espírito de colaboração do governo distrital com o federal. Desde o primeiro dia há um espírito de colaboração. [O interventor federal Ricardo] Capelli tem sido de elegância e gentileza com nós o tempo todo", disse.

O interventor federal foi na mesma linha. "O governo desde o primeiro momento da intervenção teve postura colaborativa", apontou.

Segundo Celina, o anúncio foi feito nesta quarta-feira (25), uma semana antes do fim da intervenção, para que Avelar possa se inteirar do plano de segurança do DF para o dia 1 de fevereiro --dia da posse das novas legislaturas no Congresso e a abertura do ano no Judiciário.

De acordo com Capelli, tanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como a presidente do STF, ministra Rosa Weber, pediram uma atenção especial da segurança pública do DF para a ocasião.
"Não há nada alarmante apontado [para o dia 1 de fevereiro], mas a gente já está com plano pronto e marcou para o dia 30, às 17h, repassar e bater informações de inteligência", acrescentou.

O interventor explicou ainda que a ideia é repetir o que foi feito no dia 11 de janeiro, quando houve ameaça de novos protestos em Brasília.

Além do plano de segurança para o início de fevereiro, Capelli trabalha no relatório da intervenção que será apresentado ao ministro da Justiça e a Moraes.

A ideia é tentar entregar o relatório ainda nesta quarta, mas ele pode ser finalizado só quinta-feira (26) de manhã.

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Política

STF forma maioria de votos contra marco temporal de terras indígenas

Os seis votos foram dos ministros Gilmar Mendes, relator, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli

17/12/2025 18h15

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quarta-feira (17) maioria de votos pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. 

Até o momento, a Corte tem placar de 6 votos a favor e nenhum contra a restrição às demarcações. A maioria foi formada pelos votos dos ministros Gilmar Mendes, relator, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Ainda faltam quatro votos.

A votação virtual começou na segunda-feira (15) e fica aberta até quinta-feira (18), às 23h59.

Luta contra o marco temporal

Em 2023, o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo voltou a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

Mato Grosso do Sul

A decisão interessa, principalmente, o Estado de Mato Grosso do Sul, que possui a terceira maior população de indígenas do país. De acordo com último Censo, divulgado pelo IBGE em 2022, Mato Grosso do Sul saiu de 77.025 originários em 2010 para 116.346 mil. A população de MS fica atrás apenas do Amazonas (490,8 mil) e da Bahia (229,1 mil).

Os cinco maiores municípios de MS em população indígena são: Campo Grande (18.439), Dourados (12.054), Amambai (9.988), Aquidauana (9.428) e Miranda (8.866).

Do total de indígenas em MS, 68.534 mil pessoas moram em terras indígenas, e outros 47.812 residem fora.

A Terra Indígena Dourados tem a 6ª maior população residente indígena do País, com um total de 13.473 mil. 

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FAMÍLIA RAZUK

Um dia após ser condenado a perda do mandato, deputado Neno vota à distância na Assembleia

Com isso, não comparecendo à assembleia, Razuk não correu o risco de ser notificado da condenação ou da perda do mandato

17/12/2025 15h00

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira Marcelo Victor/Correio do Estado

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL) foi condenado ontem (16) pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande a 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por ser indicado como chefe de uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho. 

No entanto, a condenação não impedia o deputado de comparecer à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (17) para a última plenária do ano. Mesmo assim, o parlamentar não compareceu à Casa e participou da votação das cinco propostas aprovadas na ALEMS. 

Mesmo com a sentença, Razuk terá o direito de recorrer à decisão em liberdade. Ao Correio do Estado, o advogado André Borges, da defesa do parlamentar, afirmou que vai recorrer da sentença e que o "processo está longe de encerrar". 

Com o não comparecimento na Assembleia, o deputado não correu risco de ser notificado da condenação e nem prestar esclarecimentos à imprensa. 

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira O voto do deputado apareceu durante as deliberações das propostas na última sessão plenária da ALEMS de 2025 nesta quarta-feira (17) / Fonte: Reprodução

Sentença

A investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apontou que Neno Razuk seria o líder de uma organização criminosa que estaria praticando, de forma intensa, as práticas em Campo Grande após as prisões de Jamil Name e Jamil Name Filho durante a Operação Omertà, deflagradas em 2019 pelo MPMS contra as milícias armadas. 

Segundo as investigações, após as prisões, a família Name teria vendido seus pontos "na marra" e com uso de violência para um grupo de São Paulo, em uma tentativa de roubo a um malote do jogo do bicho que chamou a atenção das autoridades para investigar a situação. 

No documento que decretou 20 prisões preventivas de alvos da quarta fase da Operação Successione e 27 mandados de busca e apreensão, no mês passado, a família Razuk é "conhecida há décadas pela exploração ilegal do jogo do bicho e com expertise nas negociatas relacionadas ao ilícito". 

Além do crime da jogatina ilegal, também foram citados os de "assalto à mão armada e lavagem de dinheiro", especialmente na região de Dourados. 

Nas investigações da Gaeco, o clã da família Razuk tinha o plano de expandir a organização criminosa para o estado de Goiás. 

Segundo a averiguação dos fatos, o grupo realizava estudos com o apoio de organizações do estado goiano, como investidores e figuras influentes, para derrubar a liderança local da jogatina, que era comandado por Carlinhos Cachoeira, um bicheiro local.  

Com um financiamento de R$ 30 milhões de um investidor ainda não identificado, a missão era levar a uma "guerra pelo controle do jogo do bicho que atingiria ambos os Estados", como consta na investigação. 

As penas aplicadas pelo Judiciário somam mais de 100 anos de reclusão e multas que ultrapassam R$ 900.000,00 (novecentos mil reais), além da perda de mandato do deputado estadual Neno Razuk.

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