Política

Lei de Acesso

Políticos buscam rival,
diz ministro

Políticos buscam rival,
diz ministro

G1

04/01/2014 - 07h32
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O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou que possíveis candidatos na eleição de 2014 já estão usando a Lei de Acesso à Informação como forma de obter informações sobre adversários políticos. De acordo com o ministro, "inúmeros pedidos" têm sido feitos com "clara intenção política".

O objetivo da Lei de Acesso à Informação é facilitar o acesso da população a informações do poder público em todas as esferas de governo (federal, estadual e municipal). A legislação foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 18 de novembro de 2011. Depois disso, os órgãos públicos tiveram seis meses para se adaptar, antes da entrada em vigor da lei, em 16 de maio de 2012.

O ministro não quis revelar quais políticos fizeram solicitação nem quais são os assuntos, mas disse que os pedidos serão atendidos.

"Já recebi inúmeros pedidos de informação de parlamentares via requerimento, que têm claramente intenção política, alguns feitos por candidatos", disse.

Para o ministro, essas informações deverão ser usadas por candidatos como trunfos nas campanhas eleitorais. "Evidente que eles vão usar, não tenho a menor dúvida. Mas não é por isso que posso deixar de atender. Vão chegar pedidos claramente com a intenção de serem usados em campanha, e nós vamos ter que atender."

Jorge Hage afirmou que o uso das informações obtidas pelos solicitantes não pode ser controlado pela CGU, mas, segundo ele, "isso é parte da democracia, para o bem ou para o mal".

Na avaliação de Hage, a Lei de Acesso se tornou "altamente positiva" porque ajudou a dar maior transparência às informações públicas, embora, segundo ele, a impressão inicial era de que a lei "não ia pegar".

"Víamos que há apenas dez anos atrás nem sequer o conceito de transparência era um tema da agenda pública nacional", declarou.

Apesar de considerar a implementação da lei como um "sucesso total" no âmbito do Executivo federal, o ministro Jorge Hage afirmou que o mesmo não pode ser dito de outras esferas porque, segundo ele, a política de abertura de informações não foi acompanhada pelas administrações locais.

"É preciso avançar muito mais na implementação em estados e municípios. [...] Quantos criaram um órgão para isso? Muito poucos", disse. Hage explicou que não tem meios para obrigar estados e municípios a regulamentar a lei.

Segundo Hage, de 5.570 municípios, somente 1.295 aderiram à lei voluntariamente e, das 27 unidades da federação, 17 estados e o Distrito Federal regulamentaram a lei.
Para tentar estimular a regulamentação, Hage contou que foi aberto um programa de assessoramento a governos estaduais e municipais chamado Brasil Transparente.

“Estamos fazendo um grande esforço transferindo a eles o nosso sistema eletrônico, distribuindo manuais e guias de implementação, oferecendo treinamento e capacitação”, afirmou.

Atendimento
De acordo com a CGU, as informações mais solicitadas com base na Lei de Acesso são sobre finanças (13,21%), administração pública (11,16%) e previdência social (8,47%).

A lei estabelece que as informações podem ser obtidas por meio eletrônico (internet) ou presencialmente, em postos de atendimento nos órgãos públicos, os chamados Serviços de Informação ao Cidadão (SIC). Segundo a CGU, a grande maioria dos pedidos é feita pela internet.

No último dia 17, o G1 testou o atendimento presencial nos SICs do Ministério da Fazenda e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ambos em Brasília, e constatou que, se o cidadão quiser protocolar a solicitação pessoalmente, encontrará dificuldades.

No prédio principal do Ministério da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios, a recepcionista não sabia dar orientações nem do que se tratava a Lei de Acesso à Informação, embora houvesse um cartaz no local avisando que solicitações presenciais deveriam ser feitas em outro prédio.

Ao chegar no SIC do ministério no endereço indicado, o G1 foi prontamente atendido por um servidor. Mas, devido à "baixa demanda", ele teve de procurar o formulário de requisição de informações. Com o documento em mãos, o processo foi rapidamente concluído.

Na entrada da sede do INSS, ao lado do prédio da CGU, há um posto dedicado à Lei de Acesso à Informação com um computador e duas cadeiras. Mas, naquele dia, não havia funcionário exclusivo disponível no local. As indicações sobre o posto são de visualização e acesso fáceis.

Na recepção, ao perguntar sobre o atendimento, o G1 foi informado de que não há funcionários fixos no posto desde fevereiro. Assim, não foi possível protocolar o pedido de informação.

A assessoria do INSS informou que os serviços do SIC são de responsabilidade de dois funcionários, que ficam no 10º andar do prédio, onde trabalham nas demandas online da Lei de Acesso e na prestação de contas do órgão. De acordo com a assessoria, o instituto não tem condições de destinar um servidor exclusivo para o posto "dado o número reduzido da força de trabalho, em contrapartida à demanda esporádica presencial do SIC".

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Política

Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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