Flávio Veras
30/01/2021 10:00
O titular da Secretaria de Estado Governo e Gestão Estratégicas (Segov), Eduardo Riedel, alcançou nos últimos meses a figura de “supersecretário” do governo Reinaldo Azambuja (PSDB). Em dezembro do ano passado, o governador sancionou um decreto de lei que estipula uma readequação da estrutura governamental.
Segundo o governo do Estado, a medida foi adotada com a intenção de reduzir as despesas, mas a medida acabou destinando ainda mais poder ao titular da Segov.
Com esse novo cronograma, oito subsecretarias passaram a pertencer à Pasta comandada por Riedel, sendo elas: Políticas Públicas para Mulheres, para a Promoção da Igualdade Racial, para a População Indígena, para a Juventude, para a População LGBT, para as Pessoas com Deficiência, para as Pessoas Idosas e a de Assuntos Comunitários.
Esse processo de destinar mais atribuições ao “supersecretário” pode ser interpretado com uma intenção de colocar ele ainda mais em destaque, já que o PSDB já trabalha Riedel como o principal nome para disputar o governo do Estado em 2022.
Um dos caciques e presidente dos tucanos no Estado, Sérgio de Paula, já falou que ele reúne todas as prerrogativas para se lançar na disputa, já que “conhece como ninguém toda a estrutura da máquina pública estadual’’.
“Riedel conhece como ninguém todo o andamento da estrutura governamental do Estado. Além disso, percorreu a maioria dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e, por esse motivo, sabe a necessidade específica de cada um deles, bem como as macro e microrregiões do Estado. Portanto, nossa ideia é prepará-lo para a disputa ao governo em 2022”, projetou de Paula em entrevista ao Correio do Estado.
Em contrapartida, o vice-governador, Murilo Zauith (DEM), vem diminuindo sua participação e perdendo força no governo Azambuja. No início de janeiro deste ano, ele foi exonerado do cargo de secretário estadual de Infraestrutura (Seinfra), que ocupava desde 2019.
Questionado pelo Correio do Estado se ele estaria preparado para concorrer às eleições em 2022 e, em caso de vitória, assumir a cadeira do posto mais alto do Executivo estadual, Riedel afirmou que em relação a estar pronto nos dois casos se deve a consequência direta ao trabalho dedicado à esfera pública.