Política

DANÇA DAS CADEIRAS

Prefeita Adriane Lopes inicia reforma administrativa para o seu 2º mandato

O primeiro a ser exonerado foi o controlador-geral, mas lista poderá incluir outros titulares, como os da Semadur e da Sesau

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Passado o segundo turno das eleições municipais, quando conseguiu ser reeleita por mais quatro anos, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), já iniciou a reforma administrativa para o seu segundo mandato, exonerando o titular da Controladoria-Geral do Município (CGM), João Batista Pereira Júnior. Conforme apuração do Correio do Estado, as próximas exonerações poderão ser as das titulares da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), Kátia Silene Sarturi, e da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Rosana Leite de Melo.

No entanto, outras secretarias, institutos, agências, fundações e subsecretarias também deverão passar por mudanças de comando nos próximos meses. As exceções, por enquanto, são as secretarias municipais de Finanças e Planejamento (Sefin), Márcia Helena Hokama, de Governo e Relações Institucionais (Segov), Marco Aurélio Santullo, de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), Ademar Silva Júnior, de Educação (Semed), Lucas Henrique Bitencourt de Souza, e de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Ednei Marcelo Miglioli.

De acordo com fontes ouvidas pelo Correio do Estado, as mudanças são para refrigerar a administração municipal e também para acelerar processos de interesse da população campo-grandense, bem como acomodar os partidos aliados do PP no segundo turno das eleições municipais, como o PSDB, o PL, o PSB, o MDB, entre outras legendas, porém, sempre focando em que os indicados tenham conhecimento técnico.

COMPOSIÇÃO ATUAL

Atualmente, o primeiro escalão do Executivo municipal tem 13 secretarias municipais, além do Gabinete da Prefeita (Gapre), da Procuradoria-Geral do Município (PGM), da Controladoria Geral do Município (CGM), da Superintendência de Comunicação Social (CG Notícias), do Instituto Municipal de Previdência (IMPCG) e das Agências de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), de Transporte e Trânsito (Agetran) e de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha).

O segundo escalão é formado pelas Fundações Municipais de Esportes (Funesp) e Social do Trabalho (Funsat), bem como as Subsecretarias de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), de Políticas para as Mulheres (Semu), do Bem-Estar Animal (Subea), de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU) e de Articulação Social e Assuntos Comunitários (Sugepe).

SEM PRESSA

O Correio do Estado conversou com a prefeita Adriane Lopes sobre a reforma administrativa na prefeitura municipal, mas ela disse que será um processo que acontecerá sem pressa e que deverá se estender até os primeiros meses do próximo ano. 

“Para agora não tem nenhuma mudança de secretariado prevista, a exceção foi na Controladoria-Geral do Município”, explicou.

Ela ressaltou que as principais secretarias municipais estão trabalhando dentro do planejamento já estabelecido pela administração municipal e obtendo os resultados esperados. 

“As atuais equipes estão trabalhando bem, portanto, segue o fluxo”, ressaltou a gestora municipal, assegurando que a “dança das cadeiras” deverá ficar para o próximo ano, quando começará seu segundo mandato.
Entretanto, até os secretários que não deverão ser substituídos nesta reforma administrativa podem deixar a gestão de Adriane Lopes até 2026. 

Nomes como os de Marco Aurélio Santullo, Ademar Silva Júnior e Ednei Marcelo Miglioli são considerados como certos para disputar cargos de deputado estadual ou federal pelo PP, portanto, terão de deixar os atuais cargos. 
 

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Golpe militar

Entenda o que é a lei marcial declarada na Coreia do Sul

É a primeira vez desde 1980 que a democracia do país entra em crise

03/12/2024 15h30

Yoon Suk-yeol, presidente sul-coreano de extrema-direita

Yoon Suk-yeol, presidente sul-coreano de extrema-direita Reprodução

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O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol surpreendeu o mundo ao decretar lei marcial em todo o país nesta terça-feira (3). A medida, anunciada em um pronunciamento televisivo, representa uma drástica mudança no cenário político da nação considerada uma das democracias mais robustas da Ásia.

Contexto político

O presidente Yoon Suk Yeol, eleito em 2022 pelo conservador Partido do Poder Popular (PPP), enfrenta significativos desafios para implementar sua agenda devido à maioria parlamentar da oposição. O Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, controla a Assembleia Nacional, criando um impasse legislativo.

Os posicionamentos divergentes geram diversos pontos de tensão no país. Dentre os principais, pode-se listar:

  • Impasse orçamentário: O governo e a oposição estão em conflito sobre o orçamento do próximo ano.
  • Escândalos políticos: Yoon tem rejeitado pedidos de investigações independentes sobre escândalos envolvendo sua esposa e altos funcionários.
  • Acusações mútuas: O presidente acusa a oposição de simpatizar com a Coreia do Norte e realizar atividades antiestado, enquanto a oposição critica a postura autoritária do governo.

O que é a lei marcial?

A lei marcial é um instrumento legal que suspende temporariamente o governo civil, transferindo a autoridade para as forças armadas. Na prática, isso significa:

  • Suspensão de direitos civis e liberdades fundamentais
  • Substituição da legislação normal por leis militares
  • Controle militar sobre instituições governamentais e mídia
  • Proibição de atividades políticas, incluindo as do Parlamento
  • Possibilidade de prisões e buscas sem mandado judicial

Justificativas e reações

Yoon justificou a medida como necessária para "proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas" e "erradicar as forças antiestado". No entanto, a decisão enfrentou forte oposição:

  • Partidos de oposição classificaram a ação como "inconstitucional" e um "golpe contra a democracia"
  • Membros do próprio governo criticaram a medida
  • O chefe da Polícia convocou uma reunião de emergência para discutir a situação
  • Protestos eclodiram em várias cidades, com o Parlamento sendo fechado e bloqueado
  • O Parlamento votou unanimemente para rejeitar a lei marcial, criando um impasse constitucional

Impactos

A imposição da lei marcial levanta sérias preocupações sobre o futuro da democracia sul-coreana:

  • É a primeira vez que o país adota tal medida desde o fim da ditadura militar nos anos 1980
  • Há temores de possíveis violações de direitos humanos e repressão política
  • A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, está monitorando de perto a situação
  • Analistas alertam para possíveis impactos econômicos negativos, incluindo queda na moeda local e fuga de investimentos

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Rota da Celulose

"Iniciativa privada não investe por caridade", diz Gerson Claro após fracasso em leilão

Presidente da Assembleia Legislativa disse que projeto será remodelado por questões de mercado

03/12/2024 15h00

Encontro fechado aconteceu na manhã desta terça-feira (3)

Encontro fechado aconteceu na manhã desta terça-feira (3) Foto: Marcelo Victor

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Após fracasso no leilão da Rota da Celulose, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro (PP), destacou que a “iniciativa privada não investe por caridade” e que o projeto que visa à concessão de 870 quilômetros de rodovias das BRs 262, 267 e MS-040, na região leste do Estado deve ser remodelado pelo Governo do Estado em 2025.

“Ela (iniciativa privada) vai pôr dinheiro onde há viabilidade econômica do projeto. O governo vai fazer essa modelagem e certamente vai trazer um projeto que seja viável”, falou Gerson Claro, em reunião com o governador Eduardo Riedel (PSDB) além de outros parlamentares, encontro fechado.

A declaração acontece após nenhuma empresa do setor de logística apresentar propostas ao projeto, em voga nesta segunda-feira (2) na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo. O prazo para recebimento dos envelopes encerrou-se ao meio-dia, sem que houvesse qualquer manifestação de interesse.

O concessionário que vencesse o leilão teria de investir cerca de R$ 9 bilhões nos próximos 10 anos, sendo R$ 6 bilhões destinados a melhorias em infraestrutura e ampliação de capacidade (Capex) e R$ 3 bilhões a investimentos operacionais. A concessão seria válida por 30 anos.

“Fracasso se tivesse feito uma modelagem mal feita, um contrato mal feito e não tivesse acontecido.Nós chamamos de fracasso, por exemplo, o contrato feito em 2013 com a CCR. Só vamos duplicar se tiver financeiro, se o mercado aceitar por aquele valor (R$ 9 bilhões), fazer a rodovia e cobrar pedágio.”, disse o deputado, que espera novas propostas para o ano que vem. 

Trechos das rodovias previstos no edital:

  • BR-262: de Campo Grande a Três Lagoas
  • BR-267: de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul
  • MS-040: de Campo Grande a Santa Rita do Pardo
  • MS-338: de Santa Rita do Pardo a Bataguassu
  • MS-395: de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267

Os trechos incluem Campo Grande à divisa com o Estado de São Paulo, em Três Lagoas, e Nova Alvorada do Sul até a divisa paulista, em Nova Porto XV, distrito de Bataguassu.

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