A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), nomeou, na noite desta segunda-feira (24), o ex-vereador Marcos Tabosa (PP) para comandar o Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) no lugar da servidora concursada Elza Pereira, que assumiu o cargo depois que a vice-prefeita Camilla Nascimento (Avante) deixou o cargo para disputar as eleições municipais do ano passado.
Marcos Tabosa é o oitavo ex-vereador nomeada pela prefeita para ocupar um cargo no Executivo municipal de Campo Grande, sendo que o sétimo foi Roberto Santana dos Santos (Republicanos), o “Betinho”, que passou a ocupar o cargo de assessor especial na Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SAS).
Já o sexto foi Eduardo Miranda (Avante), que assumiu um cargo idêntico na SAS, enquanto o quinto foi Francisco Teles (PP), o “Chiquinho Teles”, que era ex-titular da Subsecretaria de Articulação Social e Assuntos Comunitários (Suac) e voltou à administração municipal no cargo de assessor executivo II na Secretaria Especial de Articulação Regional.
O quarto foi Marcos Alex Azevedo de Melo (Avante), ex-vereador e ex-secretário de Governo, enquanto o terceiro foi ex-vereador nomeado neste ano foi Tiago Vargas (PP), em 14 de janeiro. Ele chegou a ser indicado para o cargo de assessor especial na Secretaria Especial de Articulação Regional, mas teve sua nomeação cancelada duas semanas depois.
O motivo foi uma incompatibilidade legal: Vargas perdeu o cargo de policial civil, o que o tornou inelegível para assumir um posto na administração pública, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa e a Lei Orgânica do Município (LOM). O segundo e o primeiro foram Sandro Benites (PP), que foi indicado para Fundação Municipal de Esportes, e Valdir Gomes (PP), que foi nomeado para a Fundação de Cultura.
O NOVO NOMEADO
Marcos Tabosa era presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Campo Grande, antes de assumir o primeiro mandato na eleição de 2020. Ele disputou a reeleição no ano passado, mas terminou como quarto suplente do PP, com 2.484 votos.
Marcos Tabosa era oposição à gestão de Marquinhos Trad, mas se aproximou da gestão quando Adriane Lopes (PP) assumiu o comando da Prefeitura. Segundo ele, por ganhos conquistados para a categoria que ele representava.
As nomeações revelam um padrão comum na política, ou seja, acomodar os ex-vereadores que não conseguiram se reeleger. Com salários superiores a R$ 15 mil, esses cargos garantem uma posição estratégica para políticos sem mandato, que continuam atuando nos bastidores da administração municipal.


