Política

RECONHECIMENTO

Prefeitura de Costa Rica alcança excelência na gestão pública nacional

Com 100% de asfalto, transporte gratuito e infraestrutura escolar, município conquistou o Prêmio Band Cidades Excelentes pela quarta vez

Continue lendo...

Localizada no extremo norte de Mato Grosso do Sul, o município de Costa Rica, que tem pouco mais de 30 mil habitantes, desafia a lógica tradicional da administração pública brasileira e, além de participar, domina o cenário de reconhecimento governamental: foi contemplada com o Prêmio Band Cidades Excelentes nas edições de 2021, 2022, 2023 e 2025.

Considerado o "Oscar da Gestão Pública", a premiação validou o modelo implementado pelo prefeito Delegado Cleverson Alves dos Santos (PP) e fundamentado em três pilares estratégicos: infraestrutura urbana universal, revolução educacional e investimento social.

Segundo o gestor, o reconhecimento não é obra do acaso, mas resultado de um planejamento técnico que trata serviços públicos essenciais como direitos inegociáveis. "A política não é profissão, é missão", afirmou, resumindo a filosofia que transformou a cidade em um canteiro de obras e programas sociais.

Pioneirismo no Transporte

Enquanto muitas cidades brasileiras ainda lutam para pavimentar vias centrais, Costa Rica atingiu uma meta ambiciosa: 100% de asfalto na zona urbana. A universalização da pavimentação veio acompanhada de uma modernização estética e funcional, com a substituição da iluminação pública por tecnologia LED, garantindo mais segurança e economia aos cofres públicos.

Contudo, o maior divisor de águas na mobilidade urbana foi a implementação do transporte coletivo gratuito. Inaugurado em dezembro de 2021, o sistema "Tarifa Zero" posicionou Costa Rica como pioneira no estado de Mato Grosso do Sul.

“O transporte público percorre cerca de 300 quilômetros por dia, passando por 50 pontos, garantindo que o trabalhador e o estudante cheguem ao seu destino sem custo", destacou o Delegado Cleverson.

Recentemente, o programa foi expandido para atender comunidades rurais, como a da Lage, integrando o campo à cidade e fomentando o comércio local.

Educação

O pilar da educação foi o grande responsável por garantir a Costa Rica o 1º lugar na premiação estadual. A receita do sucesso combina infraestrutura de ponta com valorização humana.

Quem visita as escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme) depara-se com uma estrutura raramente vista em escolas públicas: piscinas semiolímpicas, cobertas e aquecidas em todas as unidades de ensino fundamental. O esporte é tratado como política de saúde e inclusão, com festivais de natação integrados ao currículo escolar.

Paralelamente às obras, a prefeitura investiu pesado nas pessoas. A gestão implementou uma política de melhoria salarial para os professores, buscando colocar a remuneração da categoria entre as melhores do estado. Além disso, a equidade é garantida na ponta do lápis: todos os mais de 5 mil alunos recebem kits escolares completos, mochilas e uniformes, um investimento que ultrapassa a cifra de R$ 900 mil anuais, aliviando o orçamento das famílias.

Habitação

No setor social, a gestão atacou duas frentes cruciais: o déficit habitacional e a produtividade rural. O município ostenta o título de realizar a "maior entrega de habitação de MS" proporcionalmente ao seu porte. Através de parcerias com o Governo do Estado e a Caixa Econômica Federal (programa Minha Casa, Minha Vida), centenas de moradias foram entregues em loteamentos como o Residencial Flor do Cerrado.

"Cada chave entregue representa a dignidade de uma família que deixa o aluguel para trás", afirmou o prefeito, completando que, no campo, o programa AgroRica revolucionou a agricultura familiar.

Fugindo do assistencialismo básico, a prefeitura criou um sistema de microcrédito subsidiado onde o pequeno produtor pode acessar até R$ 20 mil para investir, com o município pagando 50% da conta e o produtor quitando o restante em parcelas facilitadas. 

O programa ainda inclui o "Cinturão Verde", cedendo terras e máquinas da Patrulha Mecanizada para garantir que o alimento chegue da terra à mesa da merenda escolar.

“A conquista dos três prêmios neste ano no Band Cidades Excelentes valida que o modelo de Costa Rica funciona. Ao integrar asfalto na porta, ônibus de graça, escola de tempo integral com natação e casa própria, o município não apenas melhora seus índices, mas reescreve o que o cidadão pode esperar do poder público", comentou.
 

FÉRIAS

Assembleia autoriza Riedel a tirar recesso de 18 dias no fim do ano

Governador de MS vai se ausentar das atividades de 29 de dezembro de 2025 a 16 de janeiro de 2026

04/12/2025 12h12

Riedel, na PréCOP30

Riedel, na PréCOP30 MARCELO VICTOR

Continue Lendo...

Assembleia Legislativa (ALEMS) autorizou o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), a se ausentar das atividades de 29 de dezembro de 2025 a 16 de janeiro de 2026.

Com isso, o chefe do executivo estadual terá "férias" de 18 dias neste fim de ano. Quem deve assumir o comando é o vice-governador, José Carlos Barbosa, mais conhecido como Barbosinha.

Em 18 de novembro, Riedel encaminhou mensagem aos deputados da Assembleia Legislativa pedindo autorização para se licenciar do cargo por 18 dias, entre dezembro e janeiro.

Na manhã desta quinta-feira (4), os deputados estaduais votaram a favor e autorizaram as "miniférias" do governador. 

OUTRAS LICENÇAS

Entre o fim do ano passado e ano, o governador já pediu três autorizações para se licenciar das funções.

A primeira licença foi de 23 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro de 2025. Na ocasião, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro (PP), exerceu a função de governador interino de 23 de dezembro de 2024 a 1º de janeiro de 2025. Em seguida, Barbosinha assumiu o governo de 1º a 14 de janeiro de 2025.

A segunda licença de Riedel foi de 13 a 20 de abril de 2025, quando deputados estaduais o autorizaram a se ausentar do Estado e do País. Barbosinha também ficou a frente do governo neste período. Na ocasião, Riedel viajou, junto com a esposa Mônica Riedel, para a Alemanha, para visitar o filho.

A última licença foi de 9 a 12 de outubro, quando o governador acompanhou a primeira-dama, Mônica Riedel, que participou da Maratona de Chicago, nos Estados Unidos.

Câmara

Em MS, deputados de oposição ficaram com mais da metade das "emendas Pix"

Deputados federais de MS que votam contra o governo federal dominam liberação das transferências especiais no Orçamento

04/12/2025 09h30

Deputados federais de MS da esquerda para a direita: Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Luiz Ovando (PP)

Deputados federais de MS da esquerda para a direita: Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Luiz Ovando (PP) MONTAGEM

Continue Lendo...

Os deputados federais de oposição foram os que mais receberam as emendas parlamentares de transferência especial, também conhecidas como "emendas Pix", este ano.

Levantamento feito pelo Correio do Estado, com dados da plataforma Siga Brasil, divulgada pelo Senado, mostra que 60,45% dos R$ 59.478.181,29 em emendas parlamentares, pagos de janeiro até o início deste mês, foram indicados pelos deputados federais Rodolfo Nogueira (PL), Marcos Pollon (PL) e Dr. Luiz Ovando (PP), declaradamente de oposição e que têm votado sistematicamente contra os projetos do governo federal na Câmara dos Deputados.

O "rei" das emendas parlamentares em Mato Grosso do Sul é justamente Rodolfo Nogueira, o parlamentar que mais votou contra o governo de Lula na Câmara dos Deputados. Essa liberação de verbas é possibilitada pelo mecanismo das emendas impositivas, que garantem o repasse de recursos no Orçamento federal, sem depender do chefe do Poder Executivo.

Sozinho, Nogueira mandou "emendas Pix" no valor de R$ 13,5 milhões, o que equivale a 22% de todas as "emendas Pix" enviadas para Mato Grosso do Sul este ano.

Os parlamentares de centro, notadamente os três deputados federais do PSDB, são responsáveis pelo segundo maior naco de "emendas Pix": R$ 18,7 milhões, ou 31,5% do total. Um detalhe: Geraldo Resende não teve nenhuma "emenda Pix" liberada este ano, e os R$ 12 milhões pagos sob indicação de Dagoberto Nogueira (20% do total) e os R$ 6,7 milhões destinados a Beto Pereira (11,3%) respondem pelo bloco do centro.
Voltando ao bloco da direita, Luiz Ovando conseguiu liberar R$ 11,3 milhões em "emendas Pix", o que equivale a 19,01% do total, e Marcos Pollon, R$ 11,01 milhões (18,67%).

Os parlamentares abertamente de situação, os petistas Camila Jara e Vander Loubet, são os que menos recebem "emendas Pix" depois, claro, de Geraldo Resende. Juntos, a situação abocanhou 7,99% de todas as emendas desta modalidade: R$ 4,7 milhões. O valor transferido aos petistas, somado, é inferior ao total transferido a Beto Pereira, que aparece imediatamente à frente deles.

Camila Jara transferiu R$ 3,6 milhões (6,16% do total), enquanto Vander Loubet transferiu R$ 1,08 milhão (1,83%). O maior destinatário das "emendas Pix" é o estado de Mato Grosso do Sul, que recebeu quase R$ 30 milhões em emendas. O restante foi dividido entre vários municípios, com Dourados e Campo Grande sendo os mais beneficiados.

As "emendas Pix"

As "emendas Pix" são transferências diretas feitas por deputados e senadores para Estados e prefeituras, sem necessidade de convênios ou etapas prévias de análise. O dinheiro cai na conta do ente beneficiado praticamente na hora daí o apelido "emenda Pix" e pode ser usado com relativa liberdade, desde que a aplicação esteja vinculada à área indicada pelo parlamentar no momento da destinação.

A simplicidade do modelo, no entanto, é justamente o que dificulta o rastreamento. Como o recurso entra direto no caixa do município ou do estado, sem projeto detalhado e sem etapa prévia de aprovação técnica, o controle sobre a execução real da verba depende quase inteiramente da política local. Isso abre espaço para pulverização de recursos, uso ineficiente e até irregularidades, especialmente quando os valores são destinados a localidades pequenas e com baixa estrutura administrativa.

A prestação de contas, quando ocorre, é feita depois da execução, e não antes. Ou seja, primeiro se gasta, depois se justifica o gasto um processo que fragiliza a fiscalização, já que muitos órgãos de controle só conseguem agir após os valores terem sido utilizados. Além disso, como o dinheiro não exige a assinatura de convênios formais, há menos documentos e etapas para verificar, o que reduz a rastreabilidade.

Nos últimos anos, passou a ser exigido ao menos um plano de trabalho básico, após determinação do Supremo Tribunal Federal, identificando a finalidade geral do recurso. Ainda assim, o documento costuma ser genérico e não impede que estados e prefeituras executem despesas de forma ampla, sem detalhamento suficiente.

Deputados federais de MS da esquerda para a direita: Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Luiz Ovando (PP)
@@NOTICIAS_RELACIONADAS@

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).