Política

"Motim"

Presidente da Câmara quer afastar Camila Jara e Marcos Pollon por 6 meses

Possível punição precisa passará pelo crivo do Conselho de Ética

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O presidente Câmara dos deputados Hugo Motta (Republicanos) decidiu pelo afastamento dos deputados sul-mato-grossenses Camila Jara (PT) e Marcos Pollon (PL), além de outros três parlamentares por seis meses, punição tomadas em razão do tumulto nesta semana, quando bolsonaristas resolveram impedir o início da sessão da Câmara ocupada a Mesa Diretora do plenário.

Além de Camila e Pollon, Motta pede o afastamento de Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS). Cabe destacar que a decisão precisa passar pelo crivo do Conselho de Ética, o que deve acontecer nos próximos dias.

Segundo comunicado da Secretaria-Geral da Mesa, todas as denúncias sobre condutas praticadas durante o motim foram encaminhadas à Corregedoria Parlamentar. Caso o afastamento se sustente, os parlamentares possivelmente devem deixar suas cadeiras no Plenário.

Camila Jara deve dar lugar a Elias Ishy, que ocupa cargo de vereador em Dourados, enquanto Pollon abriria espaço para Luana Ruiz, ex-secretária adjunta da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, na gestão da então ministra e atual senadora Tereza Cristina. 

O fato

A deputada foi acusada por Nikolas Ferreira (PL-MG) de empurrá-lo durante a confusão para reestabelecer o controle do plenário na noite desta quarta-feira (6). Ela petista nega que tenha agredido. Em nota, a assessoria da parlamentar afirmou que havia um "empura-empurra" na Casa e que ela afastou Nikolas, que pode ter se desequilibrado.

No documento, a sul-mato-grossense afirma que um grupo de parlamentares se apoderou da mesa da presidência da Casa, exigindo que o projeto de anistia fosse pautado e, mesmo com a chegada de Hugo Motta, se recusaram a ocupar seus lugares no plenário, o que gerou a confusão.

"Ao final da sessão, enquanto o presidente se levantava, a deputada federal Camila Jara se aproximava da cadeira da presidência quando acabou esbarrando no deputado federal Nikolas Ferreira, que foi ao chão", diz a nota.

"A deputada, com 1,60 metro de altura, 49 quilos e em tratamento contra um câncer foi injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco", acrescenta.

Por fim, ela afirma que reagiu ao empurra-empurra "da mesma forma que qualquer mulher reagiria em um tumulto, quando um homem a pressiona contra a multidão".

"Não houve soco ou qualquer outro ato de violência deliberada, como alardeado nas redes sociais por publicações direcionadas", esclareceu a deputada.

Devido ao episódio, com repercussão nas redes sociais, Camila Jara diz que passou a sofrer perseguição e acionou, nesta quinta-feira (7), a Polícia Legislativa para garantir sua segurança.

A escolta policial foi solicitada também em Mato Grosso do Sul durante atividades parlamentares da deputada no Estado.

Insultos

Por sua vez, Pollon foi o último a resistir a ocupação da Câmara, foi ele quem teve que ceder a cadeira da presidência da Câmara para Motta retomar os trabalhos. Dias antes, chamou o presidente da Câmara de "bosta" e "baixinho de um metro e 60".

Na representação encaminhada à Casa de Leis, partidos de esquerda dizem que Zé Trovão tentou impedir fisicamente Motta de conseguir voltar à Mesa Diretora.

"A liberdade de expressão parlamentar não abrange o direito de impedir fisicamente o exercício legítimo de função pública", diz o documento.

Além de todas as representações sobre a confusão que paralisou os trabalhos da Câmara nesta semana, devem enfim chegar ao colegiado outras representações já apresentadas à Mesa Diretora sobre outros parlamentares como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos. Também foram protocolados um pedido de suspensão e um de cassação de Eduardo.

Pessoas familiarizadas com a movimentação na Câmara estimam que mais de 20 representações devem chegar ao Conselho.

A obstrução da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso teve fim após mais de 30 horas, no final da noite desta quarta-feira. Os congressistas, que impediram fisicamente que os trabalhos legislativos iniciassem nesta terça-feira, 5, após o recesso parlamentar, tinha como exigência que três projetos fossem pautados pelos presidentes da Câmara e do Senado Federal.

Com Estadão Conteúdo
 

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Política

Confusão na Câmara com ato de deputado fecha plenário, interrompe sessão e imprensa é barrada

Braga protesta contra o processo do qual é alvo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

09/12/2025 17h50

Deputado Federal Glauber Braga (PSOL-RJ)

Deputado Federal Glauber Braga (PSOL-RJ) Foto: Divulgação

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 A Câmara dos Deputados suspendeu a sessão deliberativa que estava em curso no período da tarde desta terça-feira, 9, depois da confusão que se formou no plenário da Casa devido ao protesto do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Ele se sentou na cadeira do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e disse que de lá não iria sair.

Braga protesta contra o processo do qual é alvo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Motta disse mais cedo que vai levar o caso ao plenário nos próximos dias. "Eu vou me manter aqui, firme, até o final dessa história", disse.

Diante da situação, Motta determinou à Polícia Legislativa que fechasse o acesso ao plenário, impedindo inclusive a atuação da imprensa no local. A TV Câmara também interrompeu a transmissão

Até o fechamento deste texto, a imprensa não havia sido autorizada a entrar no plenário. Não havia informações ao jornalistas da situação.

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VOTAÇÃO

Veja como votaram os vereadores para empréstimo de R$ 156 milhões em obras na Capital

Ao todo, 24 parlamentares foram a favor da autorização, enquanto Marquinhos Trad e Luiza Ribeiro foram contra

09/12/2025 17h45

Sessão na manhã desta terça-feira (9) na Câmara Municipal de Campo Grande

Sessão na manhã desta terça-feira (9) na Câmara Municipal de Campo Grande Divulgação: Câmara Municipal

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Em sessão ordinária, na manhã desta terça-feira (9), os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande votaram duas propostas para autorizar o Executivo a contratar operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal no valor total de R$ 156 milhões, destinados a investimentos em infraestrutura de obras e serviços públicos, principalmente asfalto e drenagem. 

A expectativa dos vereadores que aprovaram os dois projetos é que as obras ajudem a solucionar antigos problemas de infraestrutura e atendam moradores que aguardam melhorias há anos. Ao todo, 26 parlamentares participaram da votação, sendo 24 a favor e dois contrários. 

A favor

André Salineiro (PL)
Ana Portela (PL)
Beto Avelar (PP)
Carlão (PSB)
Clodoilson Pires (Podemos)
Dr. Jamal (MDB)
Dr. Lívio (União)
Dr. Victor Rocha (PSDB)
Fábio Rocha (União)
Flavio Cabo Almi (PSDB)
Herculano Borges (Republicanos)
Jean Ferreira (PT)
Junior Coringa (MDB)
Landmark (PT)
Leinha (Avante)
Maicon Nogueira (PP)
Neto Santos (Republicanos)
Otávio Trad (PSD)
Prof. Juari (PSDB)
Prof. Riverton (PP)
Ronilço Guerreiro (Podemos)
Silvio Pitu (PSDB)
Veterinário Francisco (União)
Wilson Lands (Avante)

Contrários

Luiza Ribeiro (PT)
Marquinhos Trad (PDT)

Não votaram

Delei Pinheiro (PP)
Rafael Tavares (PL)

Projetos aprovados

O Projeto de Lei 12.185/25, do Executivo, prevê R$ 136 milhões destinados a investimentos em infraestrutura de qualificação de vias enquadradas no Programa Avançar Cidades – Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades. Os recursos serão destinados ao financiamento de qualificação de vias envolvendo obras de pavimentação asfáltica, de drenagem de águas pluviais, de obras e serviços complementares visando implantação de calçadas com acessibilidade universal, sinalização viária e moderação do tráfego, incluindo corredores de ônibus.

Já o Projeto de Lei 12.184/25, do Executivo, prevê R$ 20 milhões destinados a investimentos em infraestrutura de obras e serviços públicos, voltados ao financiamento de obras de pavimentação, de drenagem e de requalificação de vias, de obras e serviços públicos da educação, saúde, cultura, esporte e lazer, assistência social e para atender programas finalísticos da administração pública.

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