Política

CÂMARA VAZIA

Reconhecimento de "grau" e manobras como esporte seria votado hoje

Nesta quinta-feira (24) aconteceria a 64ª sessão ordinária, mas devido à ausência de 18 vereadores, o presidente da Câmara decidiu por encerrá-la antes mesmo de começar

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A Câmara Municipal de Campo Grande amanheceu, nesta quinta-feira (24) sem seus rotineiros vereadores e, com isso, dois projetos que passariam por votação não puderam ser votados, um deles previa transformar wheeling, “grau” e manobras com moto em esporte no âmbito municipal.

De autoria do vereador Betinho (Republicanos), o projeto visa reconhecer as manobras radicais e os famosos “graus” de moto como esporte. Recentemente, em junho deste ano, Nicholas Yann dos Santos de Jesus, de apenas 20 anos, morreu após se envolver em um acidente durante o Motor Sound Brasil, evento de som automotivo e manobras de moto, no Autódromo Internacional de Campo Grande.

Além de Nicholas, um casal que estava em outra motocicleta ficou ferido após também se envolver no mesmo acidente, mas ambos foram encaminhados à Santa Casa de Campo Grande, onde permaneceram em observação e foram liberados dias depois.

Segundo informações da Polícia Civil, o evento estava sendo realizado de forma ilegal. Posteriormente, a Prefeitura de Campo Grande informou que o local não tinha alvará para realizar este tipo de evento.

Há dez dias, quatro meses após o acidente, os mesmos organizadores deste evento voltaram e pediram, novamente, autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) para realizar evento similar ao que gerou a morte do jovem no mesmo local, o Autódromo.

Também em junho, um casal, identificados como Peterson Bueno Machado, de 23 anos, e Milena Honorato Cosmo Gomes, de 25 anos, fugiam da Polícia Militar quando bateram em um carro, no Jardim Aeroporto. Com o impacto, ambos foram arremessados por metros e a moça não resistiu.

Segundo informações policiais, o capacete dos dois soltaram-se durante a queda e as consequências foram maiores. Peterson teve fraturas na perna, no punho e cortes nos braços, e foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande em quadro estável, acompanhado de escolta policial. Foi confirmado que o motoqueiro não tinha CNH.

Nas suas redes sociais, Peterson compartilhava fotos e vídeos exibindo "habilidades" com motos, muitas delas "dando grau", prática que é considerada infração de trânsito gravíssima, conforme previsto no artigo 244, inciso III, do Código de Trânsito Brasileiro.

O outro, o Projeto de Lei N. 11.318/24, de autoria do vereador Dr. Victor Rocha (PP), tratava dispões sobre o programa de naveção de pacientes na capital. Devido ao encerramento, os projetos serão votados na próxima terça-feira (29).

Ausência

Na primeira chamada da Sessão Ordinária desta quinta, apenas três vereadores estavam presentes, sendo eles: Ayrton Araújo (PT), Ronilço Guerreiro (Podemos) e o Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), presidente da Casa de Leis.

Durante os 15 minutos de espera para realizar a segunda chamada, outros seis chegaram: Coringa (MDB), Coronel Villasanti (UNIÃO), Professor André (PRD), Giancarlo Sandim (PSDB), Zé da Farmácia (PSDB) e Dr. Loester (MDB). Com isso, havia menos presentes do que o exigido para começar, já que regimento interno estabelece que no mínimo 10 vereadores estejam presentes para o início da sessão.

Para o presidente, a ausência atípica seria fruto da proximidade do período eleitoral, que faz com que muitos vereadores saem em campanhas nos bairros. Além disso, para o presidente, não existiam projetos de interesse grave para a cidade. 

"Com certeza vai ter uma reunião para organizar isso aí. Mas, devido a esse período inteiro de eleição, muitos vereadores estão correndo nos bairros aí. E como não tinha um projeto de interesse grave pra cidade, encerramos a sessão", comentou o presidente da Câmara.

*Colaborou Alexandra Cavalcanti, Alanis Netto e João Gabriel Vilalba

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Candidatos à reeleição vencem 16 das 19 disputas em capitais pelo país

Dez destes haviam conquistado a vitória no primeiro turno e outros seis conseguir se reeleger neste domingo (27)

28/10/2024 07h17

Adriane Lopes e sua vice, Camila, logo após a divulgação oficial do resultado da disputa pela prefeitura de Campo Grande neste domingo (27)

Adriane Lopes e sua vice, Camila, logo após a divulgação oficial do resultado da disputa pela prefeitura de Campo Grande neste domingo (27) Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Os prefeitos de seis capitais brasileiras se reelegeram no segundo turno das eleições municipais realizado neste domingo (27). Somado aos resultados do primeiro turno, quando dez já haviam garantido um novo mandato, são 16 os que seguirão no comando dessas 26 capitais brasileiras.

Ao todo, 19 prefeitos concorreram a um novo mandato, sendo que 3 já haviam sido derrotados ainda no primeiro turno.

O resultado representa uma manutenção na taxa de reeleições nas capitais comparado ao pleito de 2020, realizado em meio à pandemia da Covid-19 e marcado pela prevalência dos prefeitos com mandato. Naquela eleição, 13 prefeitos de capitais concorreram a um novo mandato e 10 foram reeleitos.

Três dos prefeitos reeleitos em segundo turno se elegeram em 2020 como vices e assumiram o mandato por renúncia ou morte dos titulares. Foi o caso de Ricardo Nunes (MDB), que assumiu em 2021 após da morte de Bruno Covas (PSDB) e se reelegeu neste domingo em São Paulo.

Também foram reeleitos Adriane Lopes (PP), eleita em 2020 como vice de Marquinhos Trad (PDT, no PSD à época) em Campo Grande, e Fuad Noman (PSD), que era vice de Alexandre Kalil (PSD) em Belo Horizonte. Trad e Kalil deixaram seus cargos em 2022, para disputar o governo do estado, mas perderam.

Foi também o caso de Topázio Neto (PSD), reeleito em primeiro turno no último dia 6. Ele era vice de Gean Loureiro (União Brasil), que deixou o cargo para concorrer ao governo de Santa Catarina há dois anos e também não venceu.

Atualmente, ele e Topázio estão em grupos adversários, com o atual prefeito alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao governador Jorginho Mello (PL).

CAMPEÃO DE VOTOS

A vitória mais expressiva entre os reeleitos nas capitais no segundo turno foi a de Cícero Lucena (PP), em João Pessoa. Ele recebeu 63,9% dos votos válidos neste domingo e derrotou o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro Marcelo Queiroga (PL).

Na capital da Paraíba, a reta final da campanha teve trocas de acusações mútuas, pedidos de cassação e o temor de um "terceiro turno" judicial.

Entre as vitórias mais esperadas, além de Nunes, também está a de Sebastião Melo (MDB), que se manteve com ampla vantagem nas pesquisas de intenção de votos para o segundo turno em Porto Alegre.

Melo derrotou a deputada federal petista Maria do Rosário. O prefeito deixou de vencer já no primeiro turno por causa de uma diferença de pouco mais de 2.000 votos. Neste domingo, ele recebeu 61,53% dos votos válidos, e ela, 38,47%.

O prefeito terá pela frente a reconstrução da capital gaúcha, que acumula bilhões em prejuízos com as enchentes que atingiram todo o estado em maio deste ano. O Aeroporto Internacional Salgado Filho ficou 171 dias fechado e só voltou a receber voos comerciais no último dia 21.

Em Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSD) derrotou o deputado estadual bolsonarista Bruno Engler (PL).
Noman, 77, se manteve à frente nas pesquisas de intenções de votos durante todo o segundo turno. Engler, 27, reuniu apoio de importantes nomes do campo da direita.

No fim de semana que antecedeu a votação, o ex-presidente Bolsonaro e sua esposa Michelle participaram de comício com Engler na capital mineira. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL), importante cabo eleitoral da direita, também esteve lá, junto do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos).

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), também declarou apoio a Engler, assim como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo.

Em São Paulo, Nunes foi reeleito no segundo turno em disputa com Guilherme Boulos (PSOL), o candidato apoiado pelo presidente Lula.

O emedebista foi o candidato do campo conservador, mas no primeiro turno dividiu a preferência desse eleitorado com o novato Pablo Marçal (PRTB).

Em Manaus, o prefeito David Almeida (Avante) foi reeleito com 54,59% dos votos válidos. A disputa na maior cidade amazônica também foi de racha no campo ideológico da direita.

O prefeito reeleito enfrentou o deputado federal Alberto Neto (PL), policial militar e candidato do ex-presidente Bolsonaro. Ele teve 45,41% dos votos.

Na capital sul-mato-grossense, a prefeita Adriane Lopes (PP) foi reeleita neste domingo com 51,45% dos votos. As duas fizeram campanha defendendo temas conversadores e com acenos à direita.

BOLSONARO AJUDA ADRIANE

No segundo turno, Adriane teve o apoio de Bolsonaro, enquanto Rose Modesto (União Brasil) preferiu manter distância dos cabos eleitorais nacionais, evitando polarização. No segundo turno, ela recebeu 48,55% dos votos válidos.

Outros dez prefeitos já haviam garantido novo mandato no primeiro turno em 6 de outubro. O Nordeste concentrou a maioria das reeleições, com as vitórias dos prefeitos João Campos (PSB), no Recife, Bruno Reis (União Brasil), em Salvador, JHC (PL), em Maceió e Eduardo Braide (PSD), em São Luís.

Nas demais regiões, foram reeleitos Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro, Topázio Neto, em Florianópolis, Lorenzo Pazolini (Republicanos), em Vitória, Tião Bocalom (PL), em Rio Branco (AC), e Arthur Henrique (MDB), em Boa Vista (RR).

O prefeito de Macapá (AP), Dr Furlan (MDB), foi reeleito com a maior vitória dentre as capitais brasileiras, chegando a 85% dos votos válidos.

Entre os prefeitos que não chegaram ao segundo turno, as derrotas em Belém, Teresina e Goiânia eram previstas.
 

Edmilson Rodrigues (PSOL), de Belém, ficou em terceiro lugar, com 9,8% dos votos. O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), ficou em sexto lugar com apenas 3,4% dos votos. Ele foi eleito vice-prefeito em 2020 e havia assumido com a morte do prefeito Maguito Vilela (MDB).

Em Teresina, o atual prefeito José Pessoa Leal, conhecido como Dr. Pessoa (PRD), terminou a disputa do primeiro turno em terceiro lugar, com apenas 2,2% dos votos válidos. Na capital do Piauí, a decisão saiu já no primeiro turno, com a vitória de Silvio Mendes (União Brasil).

(Informações da Folhapress)

 

Política

Presidente do TSE diz que eleição tem "clima de muita tranquilidade"

"Estamos tendo um domingo democrático", afirma ministra Cármen Lúcia

27/10/2024 21h00

Presidente do TSE diz que eleição tem

Presidente do TSE diz que eleição tem "clima de muita tranquilidade" Agência Brasil

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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, assegurou, neste domingo (27), em Brasília, que o clima do segundo turno das eleições municipais é de absoluta tranquilidade nas 51 cidades em que o pleito é realizado.

“Realmente, estamos tendo um domingo democrático. Um domingo de eleições sem nenhum tipo de dificuldade”, disse a jornalistas a também ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo que, até às 13 horas, nenhuma ocorrência grave tinha sido registrada.

“A eleição segue com muita tranquilidade. Não houve nenhuma intercorrência e nenhum tipo de dificuldade quanto ao número de urnas devidamente distribuídas e em andamento no trabalho”, acrescentou, após manter contato com presidentes de tribunais regionais eleitorais.

Segundo a presidente do TSE, as autoridades eleitorais temiam por eventuais impactos de adversidades climáticas, como as recentes chuvas que, nos últimos dias, deixaram cidades às escuras em diferentes partes do país, como nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Os contratempos, contudo, não causaram grandes transtornos, de acordo com Cármen Lúcia.

Condições climáticas

“Temíamos pelas condições climáticas em alguns locais mas até agora [a votação] continua [ocorrendo] também sem nenhum tipo de problema”, assegurou a ministra, conclamando os eleitores a exercerem seu direito a eleger os futuros prefeitos e vice-prefeitos até às 17 horas.  Pouco mais de 33,99 milhões de eleitores estão aptos a votar nos 51 municípios em que há segundo turno.  

“O que queremos é que este domingo termine com o mesmo clima de tranquilidade; de direito exercido sem qualquer tipo de obstáculo. Queremos muito que os eleitores compareçam [às seções eleitorais]”, disse a ministra.

Mais cedo, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrey Rodrigues, divulgou um primeiro balanço da ação dos mais de 23 mil agentes da segurança pública e do Poder Judiciário que estão atuando neste segundo turno. Segundo ele, até o fim da manhã, 11 pessoas tinham sido conduzidas para averiguação; duas foram presas em flagrante e um veículo foi apreendido. “Ainda estão sendo apurados os detalhes. É um procedimento de polícia judiciária que está transcorrendo neste exato momento”, finalizou Rodrigues.

Após visitar a sala de situações do TSE no início da tarde, Cármen Lúcia deixou o prédio por volta das 16h para ir ao Centro Integrado de Controle e Comando da Polícia Federal. A presidenta do tribunal informou que fará um novo pronunciamento após o encerramento da votação, prevista para acabar às 17h (horário de Brasília), em todo o país.

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